Domingo, 12 De Janeiro De 2025
       
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Festa de Nossa Senhora de Guadalupe


Publicado em 10 de dezembro de 2020
Por Jornal Do Dia


 

*J. Cruz
Todo dia 12 de dezembro a comunidade católica de Estância homenageia sua Excelsa Padroeira, a Virgem Maria com o título de Nossa Senhora de Guadalupe. Uma tradição que começou no século XVII com os fundadores da povoação que por aqui chegaram, provavelmente, vindos do México ou até mesmo da Espanha em um período que Portugal por uma crise dinástica passou a fazer parte da União Ibérica entre os anos 1580 e 1640.  Como todo território conquistado pelos espanhóis era dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe, uma devoção que começou com o rei João I de Castela em 1389 e se espalhou por toda América espanhola, chegou até a nossa Estância e continua até os dias atuais e a partir de 1960 com a criação da Diocese, o novo território episcopal foi também dedicado a Virgem Morena como também é conhecida. Convém ressaltar que essa devoção na Espanha começou quando a imagem foi escondida junto ao rio Guadalupe em razão da invasão mulçumana, onde permaneceu até ser encontrada por um devoto. História parecida com a de Aparecida em São Paulo.
Mas quem visitar a Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Guadalupe em Estância, vai observar que no presbitério, precisamente na abóboda, onde se encontram uns quadros que mostram a aparição da Virgem Maria ao índio Juan Diego, tem uma inscrição em latim: "beatam me dicent omnes generationes" que em uma rápida tradução significa "todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Essa frase se encontra em Lucas 1,48 no episódio em que Maria visita sua prima Isabel e depois de uma saudação especial, ela recita um cântico conhecido como o Magnificat.Esse cântico não fala de Maria, entretanto, é Maria mesma que fala de Deus e das maravilhas que realizou nela, no mundo e nos seus antepassados. Para os biblistas essa manifestação de Maria, tem uma relação com o Cântico de Ana, pronunciado por ocasião do nascimento do filho Samuel (1Sm 2,1-10) se tornando o tema central do Magnificat.
A devoção mariana que começou com a Igreja Primitiva, ou seja, com os primeiros cristãos desde o cenáculo em Jerusalém é o reconhecimento de todos aqueles que tem Maria como Mãe intercessora e advogada,conforme o próprio Jesus quando estava na cruz dialogou com o apóstolo João quando disse-lhe: "eis aí a tua Mãe" (Jo 19,27). Diante disso, nós católicos cristãos, reconhecemos que Maria passou por muitos sofrimentos: as dúvidas do seu esposo José, o abandono e pobreza de Belém, a fuga para o Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho. Todo esse sofrimento de Maria também se torna para nós uma alegria em reconhecer que ela é também intercessora como fica demonstrado nas bodas de Caná, "fazei tudo que Ele vos mandar" (João 2:1-11). Com esse ensinamento, Maria se transforma na nova estrela da evangelização (EG).
Nas reflexões finais da "Evangelii Gaudium" (Alegria do Evangelho), o Papa Francisco ensina que a Virgem Maria é uma mulher de fé, que vive e caminha na fé, por isso a sua excepcional peregrinação da fé constitui sempre um ponto de referência para toda a Igreja. A Virgem Maria deixou-se conduzir pelo Espírito Santo, através de um itinerário de fé, numa vocação que se realizou no serviço e na fecundidade. Quando Maria no Magnificat diz que "desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo", esse gesto demonstra que hoje somos convidados pela Virgem Maria a enxergar a imagem e semelhança de Deus na face de cada irmão necessitado e humilde que encontramos diariamente, e a sermos mais solidários com os nossos semelhantes. Portanto, peçamos a Deus a capacidade de reconhecer nossas falhas e que sejamos solidários, zelando pelos nossos irmãos mais necessitados, tendo Maria como modelo para a nossa vida.
Finalmente, nesse momento em que nossa Diocese comemora seu jubileu de diamantes, ou seja,sexagésimo aniversário de criação, se faz necessário um olhar sobre a caminhada diocesana, fixando nosso olhar em Maria, para que ela nos ajude a anunciar a mensagem salvífica proclamada por seu Filho Jesus, nos tornando novos discípulos missionários eficazes.Diante desse contexto vamos então entoar: "Boa Mãe Senhora de Guadalupe, protegei nossa terra, nossa gente. Abençoe este solo de heróis, rogai por nós a Jesus Clemente!" …
*J. Cruz, historiador e teólogo (Estância/SE)

*J. Cruz

Todo dia 12 de dezembro a comunidade católica de Estância homenageia sua Excelsa Padroeira, a Virgem Maria com o título de Nossa Senhora de Guadalupe. Uma tradição que começou no século XVII com os fundadores da povoação que por aqui chegaram, provavelmente, vindos do México ou até mesmo da Espanha em um período que Portugal por uma crise dinástica passou a fazer parte da União Ibérica entre os anos 1580 e 1640.  Como todo território conquistado pelos espanhóis era dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe, uma devoção que começou com o rei João I de Castela em 1389 e se espalhou por toda América espanhola, chegou até a nossa Estância e continua até os dias atuais e a partir de 1960 com a criação da Diocese, o novo território episcopal foi também dedicado a Virgem Morena como também é conhecida. Convém ressaltar que essa devoção na Espanha começou quando a imagem foi escondida junto ao rio Guadalupe em razão da invasão mulçumana, onde permaneceu até ser encontrada por um devoto. História parecida com a de Aparecida em São Paulo.
Mas quem visitar a Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Guadalupe em Estância, vai observar que no presbitério, precisamente na abóboda, onde se encontram uns quadros que mostram a aparição da Virgem Maria ao índio Juan Diego, tem uma inscrição em latim: "beatam me dicent omnes generationes" que em uma rápida tradução significa "todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Essa frase se encontra em Lucas 1,48 no episódio em que Maria visita sua prima Isabel e depois de uma saudação especial, ela recita um cântico conhecido como o Magnificat.Esse cântico não fala de Maria, entretanto, é Maria mesma que fala de Deus e das maravilhas que realizou nela, no mundo e nos seus antepassados. Para os biblistas essa manifestação de Maria, tem uma relação com o Cântico de Ana, pronunciado por ocasião do nascimento do filho Samuel (1Sm 2,1-10) se tornando o tema central do Magnificat.
A devoção mariana que começou com a Igreja Primitiva, ou seja, com os primeiros cristãos desde o cenáculo em Jerusalém é o reconhecimento de todos aqueles que tem Maria como Mãe intercessora e advogada,conforme o próprio Jesus quando estava na cruz dialogou com o apóstolo João quando disse-lhe: "eis aí a tua Mãe" (Jo 19,27). Diante disso, nós católicos cristãos, reconhecemos que Maria passou por muitos sofrimentos: as dúvidas do seu esposo José, o abandono e pobreza de Belém, a fuga para o Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho. Todo esse sofrimento de Maria também se torna para nós uma alegria em reconhecer que ela é também intercessora como fica demonstrado nas bodas de Caná, "fazei tudo que Ele vos mandar" (João 2:1-11). Com esse ensinamento, Maria se transforma na nova estrela da evangelização (EG).
Nas reflexões finais da "Evangelii Gaudium" (Alegria do Evangelho), o Papa Francisco ensina que a Virgem Maria é uma mulher de fé, que vive e caminha na fé, por isso a sua excepcional peregrinação da fé constitui sempre um ponto de referência para toda a Igreja. A Virgem Maria deixou-se conduzir pelo Espírito Santo, através de um itinerário de fé, numa vocação que se realizou no serviço e na fecundidade. Quando Maria no Magnificat diz que "desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo", esse gesto demonstra que hoje somos convidados pela Virgem Maria a enxergar a imagem e semelhança de Deus na face de cada irmão necessitado e humilde que encontramos diariamente, e a sermos mais solidários com os nossos semelhantes. Portanto, peçamos a Deus a capacidade de reconhecer nossas falhas e que sejamos solidários, zelando pelos nossos irmãos mais necessitados, tendo Maria como modelo para a nossa vida.
Finalmente, nesse momento em que nossa Diocese comemora seu jubileu de diamantes, ou seja,sexagésimo aniversário de criação, se faz necessário um olhar sobre a caminhada diocesana, fixando nosso olhar em Maria, para que ela nos ajude a anunciar a mensagem salvífica proclamada por seu Filho Jesus, nos tornando novos discípulos missionários eficazes.Diante desse contexto vamos então entoar: "Boa Mãe Senhora de Guadalupe, protegei nossa terra, nossa gente. Abençoe este solo de heróis, rogai por nós a Jesus Clemente!" …

*J. Cruz, historiador e teólogo (Estância/SE)

 

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