Representantes da Vigilância Sanitária e MPE durante inspeção na Ceasa
A PROMOTORA EUZA MISSANO E TÉCNICOS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E DEFESA CIVIL DURANTE NOVA INSPEÇÃO NA CEASA
Publicado em 21 de maio de 2015
Por Jornal Do Dia
Representantes da Vigilância Sanitária e MPE durante inspeção na Ceasa
A PROMOTORA EUZA MISSANO E TÉCNICOS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E DEFESA CIVIL DURANTE NOVA INSPEÇÃO NA CEASA
Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br
As dependências estruturais da Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa) voltaram a ser alvo de fiscalização realizada por técnicos do Ministério Público Estadual (MPE), Vigilância Sanitária, Defesa Civil Estadual, e Corpo de Bombeiros Militar (CBM). A vistoria surpresa foi promovida nas primeiras horas da manhã de ontem a fim de analisar possíveis progressos exigidos justamente há um ano quando inúmeros registros de precariedade foram diagnosticados pelos órgãos de fiscalização, e apontaram o espaço público como inviável para o comércio de produtos alimentícios. Desta vez, conforme avaliação da Promotoria de Direitos do Consumidor, a realidade apresenta leve melhoria, mas ainda necessita realizar outros progressos que possam satisfazer as análises dos peritos.
Presente na visita, o coordenador da Vigilância Sanitária, Avio Brito, lamentou que instalações referentes aos banheiros públicos e bares ainda apresentem problemas constatados também em fiscalização realizada no mês de setembro do ano passado. Paralelo à integral falta de higiene, em especial nas cozinhas e dependências internas dos banheiros, infiltrações, problemas hidráulicos e manutenção geral têm gerado insatisfações para o órgão fiscalizatório. O coordenador destacou também a precariedade no armazenamento e revenda de carnes e frangos nos açougues. "Houve avanço devido à mudança na administração, mas ainda não é nada do que realmente esperamos para alcançar o ideal. Muita coisa ainda precisa ser feita nestes três ambientes", destacou.
Quanto à situação vivenciada pelos vendedores de carnes, durante a vistoria o grupo dialogou com a equipe que administra o espaço e com feirantes. Avio Brito alega que os comerciantes disseram deixar as peças de carnes à mostra por desejo dos próprios consumidores que frequentam o local. Caso essa prática permaneça, a vigilância não descarta a possibilidade de punições. "Alguns deles disseram que era importante deixar a carne no balcão porque as pessoas gostam de tocar na carne. Está claro que essa é uma prática irregular e que não tem nada de higiênico. Precisamos qualificar esses açougues para evitar possíveis interdições. Os próprios feirantes devem nos ajudar nessa missão", pontuou o coordenador.
Atualmente a Ceasa conta com 500 barracas credenciadas pela administração. Preocupado com o cenário em que se deparou, o coronel Reginaldo Dória, coordenador da Defesa Civil Estadual, disse não ter avaliado reais melhorias. Para o técnico, apenas a mudança no comando da associação dos vendedores da Ceasa é que foi registrado. "Na nossa opinião não houve nenhum avanço de setembro pra cá, mas meus colegas de outros órgãos acham o contrário. O fato é que precisamos ampliar essas vistorias para que possamos garantir mais segurança e conforto para os consumidores. Se os próprios feirantes nos ajudar, quem sabe, na próxima vez que viermos aqui a situação seja bem melhor", afirmou.
Providências – Mostrando-se preocupado com os futuros rumos a serem adotados, Edson Silva, coordenador da associação administrativa do Ceasa garantiu que medidas emergenciais serão adotadas a fim de atender as demandas dos fiscais. "Discordo em partes. Avanços foram conquistados, mas também acho que devemos continuar trabalhando para evoluir. A Defesa Civil ficou de nos apresentar um relatório quanto aos problemas a serem solucionados e vamos segui-lo. Vamos trabalhar em equipe para que lá na frente a situação seja ainda mais positiva", garantiu. Esse relatório operacional será encaminhado oficialmente em até 20 dias úteis.