Domingo, 26 De Janeiro De 2025
       
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Foguetório na Atalaia


Publicado em 27 de dezembro de 2019
Por Jornal Do Dia


 

Rian Santos
riancalangodoido@yahoo.com.br
Em anos de triste me-
mória, quando João 
Alves Filho esteve prefeito da capital sergipana, Aracaju não teve festa de réveillon. A passagem de um ano para outro ocorria sob as trevas de um céu escuro, sem testemunhas de cabeça erguida na praia, sem esperança de futuro melhor.
O foguetório na Atalaia, uma tradição resgatada por Edvaldo Nogueira, não tem o condão de resolver os problema enfrentados todos os dias pela população aracajuana. Mas acende no horizonte o brilho efêmero de uma alegria besta, eterna em sua duração breve. Sim, o leitor mais esperto deve ter notado, eu falo dos fogos de artifício que saúdam o ano novo do mesmo modo como o poeta cantou o amor.
Com Edvaldo prefeito, o réveillon é celebrado com papoco e pracatum. Cá para nós, o consolo de um arrocha rasgado, ainda mais se bancado com verba pública, não tem efeito de remédio para ninguém. No entanto, enquanto educação for privilégio de poucos, a banda tocará sempre no ritmo rasteiro ditado pela indústria. Eu torço o bico para a programação anunciada pelo alcaide, cheio de razão e de privilégios. Mas o povo gosta.
Hoje, ao apagar das luzes do ano da graça de 2019, eu me declaro vencido. De pouco adiantou apontar o desserviço dos entes públicos, à esquerda e à direita, patrocinadores do mal gosto popularizado pelas rádios FM. Água mole em pedra dura. Ao menos, haverá explosão de luz na noite do dia 31.

Rian Santos

Em anos de triste me- mória, quando João  Alves Filho esteve prefeito da capital sergipana, Aracaju não teve festa de réveillon. A passagem de um ano para outro ocorria sob as trevas de um céu escuro, sem testemunhas de cabeça erguida na praia, sem esperança de futuro melhor.
O foguetório na Atalaia, uma tradição resgatada por Edvaldo Nogueira, não tem o condão de resolver os problema enfrentados todos os dias pela população aracajuana. Mas acende no horizonte o brilho efêmero de uma alegria besta, eterna em sua duração breve. Sim, o leitor mais esperto deve ter notado, eu falo dos fogos de artifício que saúdam o ano novo do mesmo modo como o poeta cantou o amor.
Com Edvaldo prefeito, o réveillon é celebrado com papoco e pracatum. Cá para nós, o consolo de um arrocha rasgado, ainda mais se bancado com verba pública, não tem efeito de remédio para ninguém. No entanto, enquanto educação for privilégio de poucos, a banda tocará sempre no ritmo rasteiro ditado pela indústria. Eu torço o bico para a programação anunciada pelo alcaide, cheio de razão e de privilégios. Mas o povo gosta.
Hoje, ao apagar das luzes do ano da graça de 2019, eu me declaro vencido. De pouco adiantou apontar o desserviço dos entes públicos, à esquerda e à direita, patrocinadores do mal gosto popularizado pelas rádios FM. Água mole em pedra dura. Ao menos, haverá explosão de luz na noite do dia 31.

 

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