Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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Foro antecipado


Publicado em 18 de janeiro de 2019
Por Jornal Do Dia


 

Os carros velhos supostamente 
negociados pelo policial militar 
Fabrício Queiroz, homem de confiança da família Bolsonaro, custaram muito caro para a biografia do presidente. Eleito com a promessa de promover um combate sem descanso contra a corrupção, Bolsonaro ainda não apresentou nenhuma explicação para os recursoss movimentados por alguém tão próximo, bem embaixo de seu nariz.
Por enquanto, impera o silêncio. Ninguém responde pela suspeitíssima fortuna de Queiroz. Nem o presidente, nem o próprio Queiroz, nem ninguém. As interrogações levantadas pelo Coaf, no entanto, permanecem. O incômodo é tamanho, a ponto de o senador eleito Flávio Bolsonaro, de quem o suspeito foi motorista, ter ido à barra do Supremo Tribunal Federal com o fim de se opor à intromissão do Ministério Público, munido de um argumento francamente esdrúxulo: O de gozar de foro privilegiado preventivo e antecipado.
O argumento é falho por diversas razões. Em primeiro lugar, Flávio Bolsonaro não é alvo de investigação oficial, nem tomou posse no Senado. Ademais, o STF decidiu endurecer as regras do foro privilegiado, em maio do ano passado. Desde então, a Alta Corte se ocupa exclusivamente dos deputados federais e senadores suspeitos de malfeitos cometidos no exercício do mandato.
O mais estranho de tudo é o ministro plantonista Luiz Fux ignorar o entendimento do próprio STF e determinar a suspensão das investigações, até que o relator natural do processo possa se pronunciar, ao fim do recesso judiciário. Bolsonaro, pai e filho, ganham assim algum tempo. Mas, igual o gato do dito popular, parecem estar escondidos com o rabo de fora.

Os carros velhos supostamente  negociados pelo policial militar  Fabrício Queiroz, homem de confiança da família Bolsonaro, custaram muito caro para a biografia do presidente. Eleito com a promessa de promover um combate sem descanso contra a corrupção, Bolsonaro ainda não apresentou nenhuma explicação para os recursoss movimentados por alguém tão próximo, bem embaixo de seu nariz.
Por enquanto, impera o silêncio. Ninguém responde pela suspeitíssima fortuna de Queiroz. Nem o presidente, nem o próprio Queiroz, nem ninguém. As interrogações levantadas pelo Coaf, no entanto, permanecem. O incômodo é tamanho, a ponto de o senador eleito Flávio Bolsonaro, de quem o suspeito foi motorista, ter ido à barra do Supremo Tribunal Federal com o fim de se opor à intromissão do Ministério Público, munido de um argumento francamente esdrúxulo: O de gozar de foro privilegiado preventivo e antecipado.
O argumento é falho por diversas razões. Em primeiro lugar, Flávio Bolsonaro não é alvo de investigação oficial, nem tomou posse no Senado. Ademais, o STF decidiu endurecer as regras do foro privilegiado, em maio do ano passado. Desde então, a Alta Corte se ocupa exclusivamente dos deputados federais e senadores suspeitos de malfeitos cometidos no exercício do mandato.
O mais estranho de tudo é o ministro plantonista Luiz Fux ignorar o entendimento do próprio STF e determinar a suspensão das investigações, até que o relator natural do processo possa se pronunciar, ao fim do recesso judiciário. Bolsonaro, pai e filho, ganham assim algum tempo. Mas, igual o gato do dito popular, parecem estar escondidos com o rabo de fora.

 

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