Forro do Instituto de Identificação desaba

Contribuintes e funcionários do Instituto de Identificação da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE) tomaram o maior susto na manhã de ontem. Por volta das 9h30 os ocupantes do prédio ouviram estalos seguidos de desabamento de parte do forro de pvc. Diante do receio de colapso da estrutura, as pessoas seguiram para a área externa e acionaram os órgãos de prevenção de acidentes. Passado o impacto emocional, os servidores lamentaram que o Estado possua uma divida de seis meses com o aluguel do espaço, e que, apesar dos sucessivos pedidos de qualificação do prédio, a manutenção da estrutura não tenha sido proporcionada nos últimos oito meses.
Sobre o teor das denúncias, a direção administrativa do Instituto de Identificação confirmou que existem pendências decorrentes dos altos valores de um contrato de locação firmado no ano de 2015, os quais se tornaram inviáveis para o atual cenário financeiro enfrentado pela administração pública estadual. Para tentar reparar os débitos, uma negociação entre o Departamento Administrativo e Financeiro da SSP e o proprietário do imóvel tem sido realizada diante da perspectiva de quitação da dívida de forma parcelada. De forma paralela o Estado tem trabalhado na perspectiva de encontrar outro imóvel o qual possa abrigar as dependências da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp), Instituto de Identificação e Instituto de Criminalística.
A Secretaria de Segurança Pública busca espaços com valores mais baixos em comparação com os atuais, e que oferte mais conforto e acessibilidade aos servidores públicos e contribuintes. Enquanto esse processo não é finalizado, os funcionários e usuários do serviço temem que novos desabamentos possam ocorrer no local. Em contraponto o órgão público informou que engenheiros já estiveram no local e na tarde de ontem parte do serviço de reparo já havia sido realizado. O atendimento no instituto localizado na rua São Cristóvão, Siqueira Campos, em Aracaju, necessitou ser suspenso, mas já voltou a funcionar.
Testemunha do desespero de algumas pessoas, Alisson Fernandes, comerciante da região, informou que as pessoas deixaram o local às pressas alegando receio de desabamento integral do imóvel. Apesar de apenas parte do forro ter desprendido na estrutura que o sustentava, o barulho provocado teria contribuído para que a sensação de colapso se fizesse presente. Mesmo com a garantia que ninguém ficou ferido e precisou ser encaminhado para uma unidade hospitalar, Alisson afirma que muitos lamentaram a precariedade física do local e temem novos sinistros. (Milton Alves Júnior)