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São João frustra hoteleiros


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Publicado em 24 de junho de 2012
Por Jornal Do Dia


A presidente da ABIH/SE, Kátia Pimentel

Os hoteleiros sergipanos esperavam receber bem mais turistas para o São João do estado. A informação é da presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira em Sergipe (ABIH/SE), Kátia Pimentel. Segundo ela, as reservas para o São Pedro foram bem melhores. Nesta entrevista a empresária afirma que falta mais divulgação do Destino Sergipe e faz uma indagação: "Quando a ponte Gilberto Amado, ligando Estância a Indiaroba, será inaugurada?".

JORNAL DO DIA – A ocupação dos hotéis de Aracaju neste período de festas juninas está dentro das expectativas dos hoteleiros sergipanos?

KÁTIA PIMENTEL – Não. Os hotéis sergipanos filiados a Associação  Brasileira da Indústria Hoteleira em Sergipe não atingiram a ocupação desejada neste São João. Lamentavelmente, nossa expectativa não foi alcançada, porém a procura aumentou para o período de 29 próximo a 1º de julho. Nós desejamos sempre ver os hotéis com 100% de ocupação.

JD – Depois das festas de junho qual o próximo período em que os hotéis sergipanos são muito procurados?

KP – Nossa hotelaria é coorporativa de segunda à quinta-feira e estamos bem com esse seguimento. De sexta à domingo registra-se o turismo de lazer, que ainda é muito fraco no nosso estado. Precisamos de mais divulgação do destino Sergipe em todo o território nacional. Nos próximos feriados esperamos uma melhor ocupação, porém as pesquisas de mercado indicam que temos que ter estratégias de marketing para competir com Salvador e Maceió em praças como Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Quanto ao mercado regional, precisamos incrementar a divulgação na Bahia e Alagoas, que são responsáveis por mais de 48% da ocupação dos nossos hotéis no seguimento de lazer.

JD – É comum ver turistas reclamando que os preços das diárias de hotéis em Aracaju são maiores do que as praticadas em várias outras capitais do país. Por que isso acontece?

KP – Esta é uma relação de demanda e oferta. Os preços praticados na hotelaria de Sergipe são compatíveis com o mercado. Precisamos é divulgar mais o destino. Divulgar muito mais!

JD – Quais os principais entraves da política de turismo em Sergipe?

KP – Como falei antes, precisamos de divulgação visibilidade do destino Sergipe, em todo território nacional. Não só durante as feiras, mas fazer divulgação constante na  televisão, outdoor, jornais e  revistas de todo o país. Hoje a malha aérea de Sergipe está bem melhor, porém sem divulgação do destino não vamos ocupar os assentos para prática de tarifas aéreas e pacotes competitivos.

JD – Até que ponto o fechamento dos hotéis Parque dos Coqueiros e do Dioro Santa Luzia Resort  & Convention afetaram negativamente a imagem do turismo sergipano?

KP – Acho que isso não afeta o destino, contudo diminuímos o número de leitos e isto preocupa o setor. O que precisamos é de divulgação que diminuiu sensivelmente por parte dos órgãos competentes.

JD – O primeiro semestre deste ano foi bom para a rede hoteleira sergipana?

KP – No corporativo diria que sim, mas no turismo de lazer ficou a desejar. Nos primeiros seis meses do ano,  não atingimos o percentual que gostaríamos, assim como esperavam os empresários hoteleiros voltados para o lazer. Infelizmente isso não aconteceu.

JD – Quais as ações desenvolvidas nos primeiros seis meses deste ano pela seccional sergipana da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe (ABIH/SE)?

KP – Capacitamos em fevereiro passado 100 agentes de viagem em São Paulo. Em março treinamos outros 100 agentes de viagem em Belo Horizonte. Nos meses de abril e maio, capacitamos 500 agentes, no Rio de Janeiro, Brasília, Anápolis e Goiânia. Entendemos que unidos vamos conseguir fazer muito mais pelo setor.

JD – Quais os projetos da ABIH/SE para os próximos seis meses deste ano?

KP – Para o segundo semestre já está pronta a programação de capacitações dos agentes de viagem no destino Sergipe, que será executada pelos hoteleiros associados a ABIH-SE. Estão previstas as seguintes capacitações: Julho – Capacitação do Destino Sergipe nas Cidades de Recife, Caruaru, Maceió e Arapiraca, estimativa de 200 agentes; Agosto – Salvador, Feira de Santana, Campinas ( SP), São Paulo estimativa de 300 agentes; Outubro – Campo Grande e Cuiabá, estimativa de 200 agentes; Novembro – Porto Alegre, Curitiba, 200 agentes. Além disso, também vamos participar das principais feiras de turismo  a exemplo da Avirrp (Ribeirão Preto); Workshop Trend (Atibaia- São Paulo); Workshop Eco Visual (São Paulo); ABAV (Rio de Janeiro); e do Festival de Gramado (Gramado – RS). No próximo segundo semestre também receberemos vários famtours de agentes e operadores de turismo.

JD – O que o Cânion do Xingó representa em termos de atração turística para Sergipe?

KP – Significa o carro chefe do destino Sergipe. Todos querem conhecer esta maravilha que é o canyon. Porém, na região de Xingó existem outros atrativos turísticos que não são divulgados como deveriam, a exemplo da Rota do Cangaço, do Museu de Arqueologia, a própria Hidrelétrica, e tantos outros passeios existentes naquele município.

JD – Até que ponto a ponte Gilberto Amado, que está sendo construída ligando Estância a Indiaroba, contribuirá na atração de turistas para Sergipe?

KP – Quando pronta vai facilitar o acesso mais rápido a nossa capital, mas sem divulgação e investimentos de marketing sobre o destino, a ponte não acrescentará nada para o turismo. Temos que trabalhar juntos, governo é trade turístico nesta divulgação. Claro que é um trabalho ardo e constante, pois quem não é visto não é lembrado. Temos que estar sempre nas prateleiras (grade de venda) das principais operadoras e agências de viagem do Brasil. Agora, devolvo a pergunta: Quando a Ponte Gilberto Amado será inaugurada? Os hoteleiros sergipanos precisam dessa reposta para se planejarem.

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