Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE


Golpe baixo


Publicado em 04 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia


Mesmo após as eleições do segundo turno para presidente da República continua nas redes sociais, em Sergipe e no Brasil, a campanha contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Os tucanos inconformados com a derrota do candidato Aécio Neves (PSDB) pregam até o impeachment da candidata vencedora nas urnas.

Alegam fraude no processo eleitoral. Dizem que Aécio estava à frente na apuração dos votos e na reta final perdeu a eleição e que teve candidato que foi votar e quando chegou na sessão eleitoral já constava que tinha votado. Não falta quem questione que a urna eletrônica não é confiável, pois nenhum país adotou o sistema, inclusive os Estados Unidos.
Esses derrotados inconformados com a vontade soberana do povo preferem não enxergar que a maioria do povo brasileiro, inclusive os mineiros, não quis eleger Aécio Neves presidente. Que ele liderava a apuração porque os primeiros votos apurados foram das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste.

Com 93% dos votos apurados, às 20h de Brasília, a vitória de Dilma já era prevista porque já haviam sido computados 98% dos votos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, contra somente 89% dos votos do Nordeste, onde a candidata do PT foi muito bem votada, ganhando, inclusive, nos nove Estados da região. Sem falar que a petista ganhou bem em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Não querem enxergar ainda os derrotados inconformados que um mesário pode ter cometido o grave equívoco de trocar o nome do eleitor na hora de conceder o comprovante de votação e pedir para assinar no lugar de outra pessoa com o nome parecido com o seu. Isso aconteceu em Sergipe, em uma das sessões, mas já é colocado que é uma fraude.

Dizer que as urnas podem ser fraudadas pela própria Justiça Eleitoral, ai já é demais. É dizer que o melhor sistema de votação é o do papel, quando qualquer um podia pegar o voto branco do eleitor e marcar um "x" no do seu candidato ou até mesmo errar na contagem manual.
Quem não lembra das urnas queimadas em Canindé do São Francisco para evitar recontagem de votos? O então prefeito vitorioso em uma eleição fraudulenta, Genivaldo Galindo, mancomunado com o comparsa Floro Calheiros, contratou pistoleiros para invadir o Fórum local, roubar as urnas e incinerar. Sem os votos para serem recontados, Galindo foi diplomado prefeito e o povo de Canindé sofreu com a bandidagem e a roubalheira.

Em Sergipe teve até pessoas defendendo pelas redes sociais e pela imprensa a volta da ditadura militar, por não aceitar que a maioria do povo, democraticamente, tenha escolhido Dilma Rousseff para governar por mais quatro anos o país. Nunca vi tanta insanidade.  
Mobilizadas pelas redes sociais, no último sábado várias pessoas foram às ruas em algumas capitais do país defender o impeachment de Dilma, reeleita no último dia 26.  Em São Paulo foram mais de mil pessoas. Já em Manaus aproximadamente 20 pessoas. Em Sergipe não houve ato pró-impeachment.
Ir às ruas pedir o impeachment de uma presidente eleita democraticamente, alegando até que os beneficiários do bolsa família sejam impedidos de votar, é uma forçação de barra, uma tentativa de golpe baixo.
Esses burgueses tucanos deviam ir para as ruas protestar contra o auxilio moradia para juiz, no valor de R$ 4,3 mil, livre de qualquer tributação. Um auxílio moradia nesse valor para quem ganha muito bem e tem casa própria, isso sim, é uma indignidade ….

Desabafo
O deputado federal reeleito Mendonça Prado (DEM) surpreendeu ontem ao conceder entrevista no programa de George Magalhães criticando o seu sogro, o prefeito João Alves Filho (DEM). O parlamentar o acusou de ter destruído o partido em Sergipe, de tê-lo enganado, de ter lhe prejudicado, de não fazer uma boa gestão e até o desafiou a enfrentá-lo em convenção partidária nas eleições de 2016.

Numerando as mágoas
Mendonça disse que João Alves não o apoiou para deputado federal, mas candidatos de outros partidos (Laércio Oliveira/SDD e André Moura/PSC); não permitiu que usasse o tempo eleitoral do DEM na campanha eleitoral, tendo que entrar na Justiça para isso. Contou que a Justiça fixou multa de R$ 5 mil, depois de R$ 50 mil e só conseguiu aparecer no horário eleitoral quando a multa foi fixada em R$ 200 mil. "A intenção do meu partido foi acabar comigo, me destruir, me tirar da vida pública. Isso foi uma trairagem, sacanagem, molecagem", disse.

Enganado
Segundo Mendonça, o presidente do DEM o enganou ao ter dito que nunca faria aliança com os Amorim. "A verdade é que Dr. João fez acordo com Amorim desde 2010. Fez acordo para prefeito e governo. Depois foi dizer que o nome de Sergipe é Amorim e que eu sou o traidor, que faço política com o fígado. Fiz muito para defender ele dos ataques dos Amorim", afirmou, enfatizando que o sogro devia se lembrar que quem defendia seu filho quando estava preso na Operação Navalha era ele e não os Amorim.  

Alfinetadas
Mendonça criticou a gestão do prefeito. Disse que Aracaju está abandonada, suja e com a saúde em crise. "O prefeito precisa cumprir o que prometeu em campanha", afirmou, enfatizando que a partir de agora sente-se livre para seguir o seu caminho, que o seu projeto é o do governador Jackson Barreto (PMDB) e que "espero que "João Alves fique na lareira abraçadinho com Edvan Amorim aquecendo do frio".

Só o tempo
Ontem, à imprensa, o prefeito João Alves disse que não queria falar sobre as críticas do genro Mendonça Prado. "Sobre Mendonça não quero falar nada. Ele tem falado o que pensa, mas eu não quero falar", disse, enfatizando que gosta do pensamento oriental que diz que o tempo é o senhor da razão, vai corrigir as feridas.

Arranhão
Mesmo dizendo isso, João Alves comentou sobre o comportamento do genro e da filha Ana Alves na campanha eleitoral, quando criticaram a posição do DEM em apoiar Eduardo Amorim (PSC) para o governo e declararam apoio a Jackson Barreto. "Esse assunto não deixa de ter arranhado a minha alma. Não tenho raiva, mas me fez sofrer", afirmou.

Outra versão
João Alves se defendeu da acusação de Mendonça de que impediu que na campanha eleitoral ele participasse do horário político do DEM. Garantiu que ao contrário, brigou para ele aparecer e lutou com todo o empenho para que tivesse esse direito.

Coadjuvante
Lembrou que em todas as coligações que fez nas campanhas eleitorais foi líder, mas nessa última o DEM era apenas um dos partidos que integrava uma coligação de 15 legendas que deu apoio a um candidato a governador de outra legenda.

Nem pensar
Do prefeito ao ter sido questionado novamente ontem se pretende acatar os conselhos do governador reeleito Jackson Barreto de aposentadoria ao final do mandato para dar oportunidade a novas lideranças políticas: "Peço a Deus para morrer trabalhando". É a confirmação de que João Alves disputa a reeleição em 2016.  

Fora de cogitação
Do prefeito Elinho Martins (PSC/Pirambu) sobre um possível desentendimento político entre ele e o cunhado, o deputado federal André Moura (PSC), a ponto de André querer lançar a candidatura da filha Yandra a prefeita do município em 2016: "Não houve, não há e não haverá divergências políticas. Essa discussão não aconteceu e nunca foi debatida no seio da família".
Último dia
Os candidatos que participaram somente do primeiro turno das Eleições 2014, realizado em 5 de outubro, têm até hoje para prestar as contas dos recursos arrecadados e das despesas de campanha. Já os candidatos a presidente da República e a governador que concorreram no segundo turno no dia 26 de outubro devem prestar contas de campanha à Justiça Eleitoral até 25 de novembro. São obrigados a prestar contas: o candidato e os diretórios partidários, nacional e estaduais, em conjunto com seus respectivos comitês financeiros.

Sem exceção 1
Todos os candidatos devem prestar contas, inclusive os que tenham renunciado à candidatura ou desistido dela; os que foram substituídos e aqueles que tiveram o seu registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Esses candidatos devem prestar contas correspondentes ao período em que participaram do processo eleitoral, mesmo que não tenha realizado campanha. No caso de falecimento do candidato, a responsabilidade da prestação de contas é de seu administrador financeiro.

Sem exceção 2
Mesmo que não tenha havido movimentação de recursos de campanha, o candidato, o partido político e o comitê financeiro são obrigados a prestar contas. O candidato que não prestar contas fica impedido de obter certidão de quitação eleitoral e não poderá ser diplomado. A sanção para o partido que deixar de apresentar as contas é a perda do direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário do ano seguinte ao trânsito em julgado da decisão.

Veja essa…
Do deputado federal Mendonça Prado sobre o seu partido: "O DEM em Sergipe se transformou em um partido menor, obediente às ordens de Edvan Amorim, que não ganhou o governo e nem vai governar porque o povo de Sergipe sabe quem são os Amorim. São políticos inadmissíveis, com quantidade enorme de processos por constituir organização criminosa. Esse tipo de coisa ninguém quer".

Curta
e Mendonça Prado: "Essa eleição revelou um lado de João Alves que não conhecia: o da perseguição. Sempre fui um aliado correto".

Aglaé Fontes foi empossada ontem à tarde pelo prefeito João Alves como a nova secretária especial da Cultura. Assume no lugar de Leo Viana.

Depois de descansar no final de semana, o governador Jackson Barreto está hoje de volta a Aracaju. Até a sexta-feira deve se posicionar sobre medidas de contenções de despesas, a exemplo da exoneração de cargos comissionados.

Acontece nesta terça-feira um ato público em defesa da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O ato em Aracaju, que defende a Reforma Política, será a partir das 13h, no Calçadão da João Pessoa.

Servidores públicos do Estado foram ontem a Assembleia Legislativa pedir apoio aos deputados contra o pagamento parcelado dos seus salários referente ao mês de outubro. Quem ganha acima de R$ 1.500,00 receberá o valor correspondente à diferença no dia 11 deste mês.

Deu na coluna de Cláudio Humberto, publicada em vários jornais do país: "Dilma quer indicar um nome do Nordeste para o Supremo Tribunal Federal. Em doze anos de mandato do PT, apenas um nordestino foi escolhido: Carlos Ayres Britto, de Sergipe, nomeado por Lula."

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE