Governo do estado não fará controle de segurança na entrada das escolas

Milton Alves Júnior

“Aqui no estado de Sergipe, enquanto eu estiver assumindo o cargo de governador, não teremos detector de metal, catracas ou revistas – sejam elas quais for -, para submeter as milhares de crianças e adolescentes quando estiverem entrando nas unidades de ensino administradas pelo poder público estadual. O nosso projeto vai muito além deste tipo de intervenção. Precisamos educar e preparar melhor o psicológico desta nova geração”, estas foram as declarações feitas pelo governador Fábio Mitidieri ao JORNAL DO DIA. Hoje completam dez dias do ataque terrorista Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste da capital paulista.
Na manhã de ontem o Brasil voltou a ser impactado com mais uma ação violenta, desta vez provocada por um homem maior de idade, o qual tirou a vida de quatro crianças em uma creche localizada na cidade de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Enquanto a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) se solidariza com todos os estudantes, professores, equipes diretivas e famílias dos estados de São Paulo e Santa Catarina, o poder Executivo Estadual reconhece que fenômeno da violência no ambiente escolar ainda é um desafio para todos. Para que o trabalho de enfrentamento à violência seja efetivo, é preciso uma atuação em rede que se possibilite a garantia dos direitos humanos e da promoção da justiça social.
Videomonitoramento – Compartilhando com as alegações apresentadas pelo governador, a Seduc emitiu uma nota reconhecendo que é preciso multiplicar as ações de segurança escolar para que se exista menos ocorrência, mesmo que sem a necessidade de intervenções operacionais semelhantes às realizadas em unidades socioeducativas ou penitenciárias. “As 318 escolas da Rede Estadual de Ensino possuem um sistema de videomonitoramento, com câmeras que monitoram em tempo real, além de botão de pânico fixo e móvel interligado com o Núcleo de Segurança Escolar, o que resultou na redução do índice de deterioração do patrimônio público e inibiu outras intercorrências”, informou.
Pela pasta foi dito ainda que atualmente a estrutura estadual conta com um sistema completo de 100% escolas videomonitoradas, junto com o trabalho de 1.785 vigilantes efetivos e contratados, 288 vigilantes terceirizados. “A partir de uma central instalada no Núcleo de Segurança Escolar é possível acompanhar o que acontece nas escolas. O monitoramento eletrônico implantado pelo órgão permite ligação direta entre as escolas e o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que organiza e encaminha ações das Polícias Civil, Militar, Técnica e do Corpo de Bombeiros. Toda vez que alguém adentra em local não autorizado, será gerado um alerta com imagens do que causou a violação, e tanto a Polícia quanto o Núcleo são avisados da ocorrência”, completou.