Segundo o Sindicato dos Bancários, todas as agências do Banese estão fechadas na capital
Greve chega a 100% das agências do Banese na capital e 77% no interior
Publicado em 28 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia
No Banco do Estado de Sergipe (Banese), a onda grevista se propagou ontem, dia 27, em mais três agências no interior sergipano (Frei Paulo, Nossa Senhora das Dores e Ribeirópolis). Com as novas adesões, subiu para 189 o número de agências e postos de atendimentos fechados em todo o estado.
No interior, a greve no Banese atingiu um total de 33 agências, o que representa 77% de adesão ao movimento. Dos 75 municípios, ao todo o banco estadual está instalado em 43 cidades. Na capital, a greve já atingiu 100% das 18 agências existentes e ainda em 12 postos de atendimento. Ontem, dia 26, os baneseanos das cidades de Areia Branca e Campo do Brito demostraram força e também cruzaram os braços.
Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e a direção do Banese se encontrarão na próxima segunda-feira, dia 30, para a quarta rodada de negociação específica. "A vitoriosa adesão da greve no Banese é mais uma demonstração de maturidade e de unidade dos funcionários. Estamos diante de uma campanha salarial que tem em sua minuta específica a manutenção das conquistas já acordadas e novas reivindicações como, isonomia do pagamento de moedas; gratificações para funções correlatas; reconhecimento e reembolso das certificações, dentre outros. Enquanto isso, a direção do Banese se comporta como se nada estivesse acontecendo", destaca o presidente do SEEB/SE, José Souza.
Balanço – Na capital, no nono dia, a greve se mantém. Todas as agências do setor privado estão fechadas. No interior, estão fechadas 97% das agências dos bancos federais (BB, Caixa e BNB), ou seja, das 71 agências desse setor 69 aderiram à greve.
O Estado de Sergipe tem 213 agências de nove bancos: 177 (agências e postos) são do setor público (BB, Caixa, BNB, Banese) e 36 do setor privado (Itaú/Unibanco, Mercantil do Brasil, Bradesco, HSBC e Santander).
José Souza reafirma que a greve dos bancários não é apenas por reajuste salarial, é mais ampla. "A categoria tem denunciado as exigências por metas que estão adoecendo os trabalhadores dos bancos, as longas filas e a ausência de seguranças nas agências. As reivindicações são justas e os banqueiros tiveram lucros estratosféricos. Os patrões estão em plena condição de atender os itens da campanha salarial de 2013/2014", afirma José Souza.