Greve continua na UFS e no IFS

Milton Alves Júnior

Sem negociação com o Governo Federal, professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) decidiram na manhã de ontem, em assembléia, que irão seguir em greve por tempo indeterminado.

Previstas para ontem e hoje, as matrículas dos 240 estudantes aprovados no vestibular do IFS foi cancelada na noite da última terça-feira, 04, e até o momento segue sem previsão para início. Esse cancelamento vale para todos os campi, Aracaju, Lagarto e São Cristóvão.

José Adelmo Menezes de Oliveira, pró-reitor do IFS, garantiu que as matrículas só poderão ser realizadas após o fim da greve dos docentes. "Não sabemos quando de fato essa paralisação vai acabar. É bom deixar claro que nunca imaginávamos que a greve poderia nos prejudicar tanto, mas nos atingiu e não possuímos outra alternativa a não ser esperar", informou.

Questionado quando e como serão convocados os estudantes aprovados, o pró-reitor garantiu que os alunos devem ficar atentos às informações publicadas no site oficial do instituto.
 "Assim que estiver tudo pronto, iremos publicar uma convocação no site do IFS. Pedimos desculpas aos aprovados, mas a greve nos impossibilitou de proceder como havíamos projetado", concluiu Adelmo.

Protesto – Participando da assembléia, Bruener Carvalho, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFS), se mostrou contrário à paralisação que está próxima de completar quatro meses. "Essa deve ser a primeira vez que os estudantes do IFS estão sentindo as conseqüências da greve. Nós da UFS já estamos avaliando esses problemas a mais tempo. Apoiamos, e até concordamos com o pleito dos nossos educadores, mas os alunos é que estão sofrendo com essa mobilização", pontuou.