O deputado Francisco Gualberto
Gualberto solicita cópia da ata da sessão que reelegeu Angélica na AL
Publicado em 03 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia
A querela causada na Assembleia Legislativa desde a eleição antecipada da Mesa Diretora para o biênio 2013/2014 ainda não acabou. Na sessão de ontem, 2, o deputado Francisco Gualberto (PT), que lidera a bancada de governo, solicitou verbalmente cópia da Ata da sessão especial que elegeu a futura mesa.
A polêmica eleição aconteceu no dia 27 de fevereiro deste ano, mas a referida ata só foi lida e aprovada em plenário no dia 8 de agosto deste mesmo ano. "Gostaria de ser atendido até o final desta sessão", pediu o deputado. Minutos depois, a presidente Angélica Guimarães (PSC) autorizou a entrega do documento.
Na sua justificativa para o pedido, Gualberto disse apenas que deseja ter em seu poder uma cópia da ata para eventuais análises, já que o momento foi marcante na história política de Sergipe. "Isso é regimental, qualquer parlamentar ou cidadão tem o direito de ter acesso a este documento da Casa", explicou o petista.
O deputado Venâncio Fonseca (PP) entrou na discussão aleatoriamente e tentou induzir a presidente
Angélica a retardar a entrega do documento. "Não é assim que a coisa funciona. Quem determina a pauta da Casa é a presidência. Qualquer requerimento tem um prazo de trinta dias para ser entregue", fustigou o opositor.
Já Francisco Gualberto, com a garantia de que o documento seria entregue de imediato, preferiu não alimentar a disputa. "Não aceito tomar esporro de ninguém, nem aceito que o regimento da Casa seja rasgado em minha cara e eu fique calado. Também não aceito ordem nenhuma do líder da oposição. O que a gente faz aqui é por acordo", defende-se Gualberto.
Por fim, o líder governista disse apenas que não seria favor algum fornecer de imediato a cópia solicitada. Pelo contrário. "A senhora (Angélica) tem a obrigação de entregar. Estou pedindo algo do qual tenho direito", afirmou Gualberto.
A eleição antecipada da Mesa foi realizada sob protesto do grupo governista, já que não existia acordo algum para que ela fosse feita naquela ocasião e naquelas circunstâncias. O fato provocou o rompimento político entre o grupo liderado pelo governador Marcelo Déda e o grupo liderado pelos irmãos Amorim. Na sessão, 14 deputados votaram a favor da chapa e outros dez se retiraram do plenário.