HIDROVIÁRIO SEGUE SEM NENHUMA OBRA

Milton Alves Júnior
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Desativada desde 2006, quando o governo inaugurou a Ponte Aracaju-Barra, a estrutura do antigo Hidroviário Jackson de Figueiredo não recebeu nenhuma reforma e atualmente apresenta precariedade e amplas possibilidades de desabamento. Ciente do problema, o Ministério Público Estadual (MPE), através da promotora de Justiça Adriana Ribeiro Oliveira, promoveu uma audiência pública na manhã de ontem, 9, com o objetivo de cobrar da administração estadual uma maior agilidade no projeto que visa reformar o prédio. 

Após a reunião, a Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e Urbanismo concedeu prazo de 60 dias para que o Estado apresente todos os atos necessários à execução integral do projeto. Num primeiro momento, a expectativa era que fosse construída no local uma delegacia de polícia especializada para evitar atos ilícitos na região central de Aracaju. Mas devido a contratempos burocráticos, o projeto teve o convênio vencido e necessitou ser readequado.

Nessa mudança, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Desenvolvimento Energético Sustentável (Seinfra), decidiu modificar os planos e construir no local o Espaço Cultural Zé Peixe, que até o momento também não teve a obra iniciada. "Devido ao projeto ainda estar em processo de conclusão por parte da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), o Governo não possui perspectiva para o início dessa obra", declarou Flávio Lima, assessor de comunicação da Seinfra.

Antes de ser publicado o edital que possibilita o inicio do processo de licitação, a Cehop ainda irá encaminhar o projeto para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), estudar judicialmente a legalidade da obra. Ainda de acordo com Flávio, a expectativa é que o edital seja publicado até o final deste mês. Por se tratar de um amplo espaço, a expectativa é que no mesmo local sejam construídos outros atrativos turísticos como o Memorial Zé Peixe, um largo em homenagem a Jackson de Figueiredo, e um mirante.

Por parte da população, a esperança é que esse projeto saia do papel o mais rápido possível. "Hoje, aqui só serve para esconder usuários de drogas e alguns jovens que se aproveitam da desatenção dos aracajuanos e efetuam furtos. Também seria bom se fosse destinada uma área para policiais. Imploramos por mais segurança no centro, e acredito que no hidroviário seria um bom lugar para a PM se concentrar", enfatizou o frentista Anderson Santos.