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Homem é preso por atear fogo em mulher grávida na capital


Publicado em 05 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia


A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira o suspeito pela tentativa de feminicídio contra Emilly Rione Fagundes de Lima, a jovem grávida de cinco meses que foi vítima de agressão que resultou em graves queimaduras em seu corpo. José Weverton dos Santos Silva foi preso no bairro Atalaia (zona sul) por policiais do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), após expedição do mandado de prisão pelo Poder Judiciário.

O crime ocorreu em 7 de outubro deste ano, no Bairro Coroa do Meio, e as diligências do caso foram iniciadas a partir do registro do boletim de ocorrência, feito no dia posterior ao DAGV pelos pais da vítima. Após denúncia anônima realizada no dia do crime, policiais se dirigiram até a unidade hospitalar em que Emilly se encontrava, onde a vítima disse que se tratava de um acidente doméstico.

“No outro dia, familiares da vítima compareceram a este departamento dizendo que, posteriormente à saída dos policiais, a vítima conversou com o corpo técnico do hospital e também com uma tia e relatou que mentiu, a princípio, receosa com as ameaças feitas pelo companheiro”, informou Mariana Diniz, delegada e diretora do DAGV.

De acordo com a delegada, no dia do delito, a jovem havia conversado com o companheiro dizendo que tinha interesse em se separar, mas, no momento que estava arrumando as coisas para ir embora para a casa dos pais, o homem, não satisfeito com o término, jogou álcool no corpo dela, acendeu um fósforo e ateou fogo. O próprio suspeito ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e avisou aos pais dela.

A partir das novas informações, o DAGV representou pela prisão preventiva e iniciou as investigações com a celeridade devida, diante da gravidade dos fatos e o risco que a vítima estava exposta.

O Departamento também coletou depoimentos dos pais e de outras testemunhas e realizou os atos periciais do inquérito, que apontava o companheiro da vítima como principal suspeito da tentativa de feminicídio. Como houve a negativa da vítima a princípio, e só no dia seguinte os pais confirmaram que realmente aconteceu uma tentativa de feminicídio, não foi possível a autuação em flagrante, pois o prazo já tinha passado.

“Aproveito a oportunidade para alertar a todas as vítimas que denunciem o agressor o quanto antes e relatem o fato conforme ocorrido. Neste caso específico, se a vítima, no primeiro momento, tivesse confirmado as agressões, possivelmente nós já teríamos lavrado o auto de prisão em flagrante e ele estaria detido desde então”, alertou Mariana Diniz.

O suspeito pelo crime foi detido no trabalho e está à disposição da Justiça. Ele responderá por tentativa de feminicídio, que deve ser acompanhada por um aumento de pena, pois a vítima está gestante. Segundo a mãe da jovem, ela se encontra internada em hospital particular da capital e os médicos informaram que o estado de saúde de Emilly é delicado.

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