VIATURAS DA POLÍCIA EM FRENTE À CASA DA MULHER QUE FOI AGREDIDA PELO EX-MARIDO; ELE TENTOU RESISTIR, MAS SE ENTREGOU (Redes sociais)
Homem invade casa, agride ex-mulher, resiste à ação policial, depois se entrega
Publicado em 12 de março de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Profissionais da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE) foram encaminhados no início da tarde de ontem para o Bairro Farolândia, região Sul de Aracaju, para atender a uma mulher suspeita de sofrer violência doméstica aplicada pelo ex-companheiro. Ao sofrer com a reação agressiva do opressor, a vítima conseguiu entrar em contato com o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP 190) e solicitar apoio policial. Já com duas viaturas em frente à residência, além de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a denunciante conseguiu sair e ser atendida.
Em posse de uma faca e promovendo automutilação, durante diálogo com os negociadores o homem – que não teve a respectiva identidade revelada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), reconheceu que não era de acordo com o fim do relacionamento imposto pela mulher. A manutenção das negociações permaneceu até o final da tarde em virtude de o suspeito ter anunciado que estaria disposto a tirar a própria vida. O princípio de sequestro foi atrelado a uma ocorrência enquadrada na Lei Maria da Penha. Devido a vulnerabilidade da vítima, uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros Militar (CBM/SE), também foi encaminhada para o local.
Pela Polícia Militar foi constatado ainda que na cena da violência doméstica uma criança presenciou os momentos de violência, e, de igual modo, deixou a casa sem gravidade; por respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a identidade e a idade não serão reveladas pelos órgãos públicos envolvidos na ação. Ao menos 30 profissionais, entre agentes da Segurança Pública e Saúde, foram mobilizados para atender a ocorrência. Presente no Código Penal Brasileiro, o Art. 148 indica que a pena para o crime de sequestro e cárcere privado varia de 1 a 3 anos de reclusão. No entanto, a pena pode aumentar dependendo das circunstâncias do crime.
Ao longo dos últimos anos o Jornal do Dia busca chamar a atenção dos leitores para o alto índice de violências sofridas pelas mulheres. Em caso de flagrante envolvendo pessoas terceiras, ou a si própria, a SSP orienta que apresente informações capazes de colaborar com as apurações e evitar crimes de feminicídio por intermédio do Disque Denúncia 181. A ligação é gratuita, e o sigilo integral da denúncia é garantido. Além do número a ser discado, o aplicativo ‘Disque Denúncia 181’ também segue disponível e facilita para que denúncias sejam feitas pela população via internet. A tecnologia possibilita que as pessoas façam as denúncias de crimes de maneira rápida, interativa e discreta garantindo o anonimato e absoluto sigilo do informante.