Segunda, 06 De Janeiro De 2025
       
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Hospitais admitem dificuldade em resolver superlotação


Publicado em 02 de julho de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Os hospitais da rede 
privada de Aracaju 
admitiram ontem, em audiência virtual com os ministérios públicos Estadual e Federal, que estão enfrentando dificuldades para ampliar as suas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), voltadas para o tratamento de casos graves de coronavírus. A reunião foi convocada por iniciativa dos MPs e da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que está preocupada com a possibilidade de que os pacientes de planos de saúde ou clientes da rede privada tenham que buscar atendimento nos hospitais públicos, o que representaria sobrecarga para um Sistema único de Saúde que já está perto do limite. 
O diagnóstico foi dado pelos representantes dos hospitais particulares, que já enfrentam superlotação de suas alas exclusivas para covid-19 há cerca de um mês. Em alguns, como o São Lucas, o Renascença, o Primavera e o da Unimed, a taxa de ocupação está acima dos 100%, porque o excedente de pacientes está sendo alocado em leitos de UTI e de enfermaria destinados a pacientes de cirurgias eletivas que deixaram de ser marcadas. O caso mais grave é o do São Lucas, que tem hoje 41 pacientes internados com coronavírus na UTI, mas 26 reservados para esse fim. "A maioria já está realmente com a capacidades esgotada dos leitos reservados de Covid, muitos já entraram em seus planos de contingencia e estão sem condição de ampliação, pela sua própria capacidade instalada", diz a promotora de Defesa do Consumidor do MPSE, Euza Missano
Os dirigentes foram taxativos ao relatar que esta demanda está evitando a migração de pacientes para o SUS, mas um dia terá que ser requisitada para não agravar as doenças preexistentes desses pacientes. Outra reclamação é quanto à falta de estrutura física dos hospitais e também a dificuldade para adquirir respiradores e medicamentos específicos para tratamento intensivo, cujos estoques estão no limite.
Esta preocupação também foi externada pelos promotores e procuradores, que destacaram a falta de medicamentos e de profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, que reclamam da intensa demanda de trabalho e já tiveram alguns contaminados com coronavirus e afastados do serviço. "Estamos recebendo informações que muitos médicos estão ficando doentes com a sobrecarrega de trabalho e outros foram diagnosticados com a doença. Essa situação nos preocupa porque pode chegar o momento que falte médicos e leitos para receber as pessoas", alerta Euza.
Até o momento, nenhum paciente dos planos foi regulado para atendimento no SUS, mas a preocupação das autoridades é que uma eventual migração superlote ainda mais os hospitais públicos, cujas UTIs somam até o momento 71,6% de ocupação. Os hospitais particulares informaram que estão negociando um apoio maior das operadoras de planos de saúde, no sentido de que elas recrutem médicos de outros estados para suprir a demanda. Foi sugerido ainda que a SES informe, em seu boletim diário, a quantidade exata de leitos ocupados de acordo com a capacidade aplicada de cada hospital privado, evitando que sejam divulgadas taxas de ocupação que excedam o limite de 100%, como vinha ocorrendo há alguns dias.
A procuradora Martha Figueiredo, do MPF, afirmou após a reunião que nenhum paciente da rede privada deixará de ser atendido pelo SUS, pois o sistema tem caráter universal, mas os custos desse atendimento terão que ser devolvidos pelas operadoras ao SUS."Muitos hospitais privados informaram que não possuem espaço físico para ampliar sua capacidade de atendimento caso esses pacientes precisem serão atendidos na rede pública. No entanto, as operadas precisam fazer um plano emergencial como a construção de Hospital de Campanha para receber todos os pacientes que precisarem de atendimento e futuramente fazer o ressarcimento desse custo para o SUS", concluiu ela.

Os hospitais da rede  privada de Aracaju  admitiram ontem, em audiência virtual com os ministérios públicos Estadual e Federal, que estão enfrentando dificuldades para ampliar as suas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), voltadas para o tratamento de casos graves de coronavírus. A reunião foi convocada por iniciativa dos MPs e da Secretaria Estadual de Saúde (SES), que está preocupada com a possibilidade de que os pacientes de planos de saúde ou clientes da rede privada tenham que buscar atendimento nos hospitais públicos, o que representaria sobrecarga para um Sistema único de Saúde que já está perto do limite. 
O diagnóstico foi dado pelos representantes dos hospitais particulares, que já enfrentam superlotação de suas alas exclusivas para covid-19 há cerca de um mês. Em alguns, como o São Lucas, o Renascença, o Primavera e o da Unimed, a taxa de ocupação está acima dos 100%, porque o excedente de pacientes está sendo alocado em leitos de UTI e de enfermaria destinados a pacientes de cirurgias eletivas que deixaram de ser marcadas. O caso mais grave é o do São Lucas, que tem hoje 41 pacientes internados com coronavírus na UTI, mas 26 reservados para esse fim. "A maioria já está realmente com a capacidades esgotada dos leitos reservados de Covid, muitos já entraram em seus planos de contingencia e estão sem condição de ampliação, pela sua própria capacidade instalada", diz a promotora de Defesa do Consumidor do MPSE, Euza Missano
Os dirigentes foram taxativos ao relatar que esta demanda está evitando a migração de pacientes para o SUS, mas um dia terá que ser requisitada para não agravar as doenças preexistentes desses pacientes. Outra reclamação é quanto à falta de estrutura física dos hospitais e também a dificuldade para adquirir respiradores e medicamentos específicos para tratamento intensivo, cujos estoques estão no limite.
Esta preocupação também foi externada pelos promotores e procuradores, que destacaram a falta de medicamentos e de profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, que reclamam da intensa demanda de trabalho e já tiveram alguns contaminados com coronavirus e afastados do serviço. "Estamos recebendo informações que muitos médicos estão ficando doentes com a sobrecarrega de trabalho e outros foram diagnosticados com a doença. Essa situação nos preocupa porque pode chegar o momento que falte médicos e leitos para receber as pessoas", alerta Euza.
Até o momento, nenhum paciente dos planos foi regulado para atendimento no SUS, mas a preocupação das autoridades é que uma eventual migração superlote ainda mais os hospitais públicos, cujas UTIs somam até o momento 71,6% de ocupação. Os hospitais particulares informaram que estão negociando um apoio maior das operadoras de planos de saúde, no sentido de que elas recrutem médicos de outros estados para suprir a demanda. Foi sugerido ainda que a SES informe, em seu boletim diário, a quantidade exata de leitos ocupados de acordo com a capacidade aplicada de cada hospital privado, evitando que sejam divulgadas taxas de ocupação que excedam o limite de 100%, como vinha ocorrendo há alguns dias.
A procuradora Martha Figueiredo, do MPF, afirmou após a reunião que nenhum paciente da rede privada deixará de ser atendido pelo SUS, pois o sistema tem caráter universal, mas os custos desse atendimento terão que ser devolvidos pelas operadoras ao SUS."Muitos hospitais privados informaram que não possuem espaço físico para ampliar sua capacidade de atendimento caso esses pacientes precisem serão atendidos na rede pública. No entanto, as operadas precisam fazer um plano emergencial como a construção de Hospital de Campanha para receber todos os pacientes que precisarem de atendimento e futuramente fazer o ressarcimento desse custo para o SUS", concluiu ela.

 

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