Hospital detalha como será a normalização de cirurgias
Publicado em 31 de agosto de 2018
Por Jornal Do Dia
A direção da Funda ção de Beneficência Hospital de Cirurgia garantiu na manhã de ontem durante entrevista coletiva que todos os esforços estão sendo adotados na perspectiva de regularizar em curto prazo a fila de espera por uma cirurgia cardiológica. Conforme contabilidade levantada pela diretoria administrativa/financeira ao longo dos últimos dois dias foi possível identificar que depois de dois meses e dez dias de suspensão do serviço, hoje, 288 pacientes sergipanos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) seguem aguardando pelo procedimento cirúrgico.
Esses números foram apresentados justamente após o Governo do Estado de Sergipe e a unidade hospitalar terem firmado acordo de cogestão funcional. Apesar da união operacional e do repasse financeiro protocolado através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o diretor presidente da unidade hospitalar, Milton Santana, promete diminuir a fila, mas destaca que zerar, trata-se de uma promessa ‘irresponsável’. Essa concepção ocorre em virtude do amplo fluxo assistencial destinado aos contribuintes dependentes do sistema público de saúde. A cada nova semana cresce o número de usuários em busca das cirurgias cardiológicas.
"No que se diz a respeito nessa cogestão em prol do SUS, aproveito esta oportunidade para enaltecer que ao contrário do que alguns cogitaram, nós estamos bastante felizes com essa adesão de Márcia Guimarães como nossa diretora. Uma profissional exemplar que tem nos ajudado a reorganizar as ações. Conseguimos reiniciar as cirurgias no setor de cardiologia e em breve baixaremos a fila de espera. O que não dá é para garantir zerar já que frequentemente recebemos novos pacientes em busca da assistência", disse Milton Santana. Com 90% de melhoria nas condições de trabalho, reajustamento de escala profissional e ajuste programático das demandas reivindicadas pelos servidores, a esperança por parte do HC é que em até um ano as pendências sejam solucionadas.
Isso inclui, por exemplo, a quitação de débitos ainda em aberto com fornecedores. Durante a coletiva não foi divulgado o montante financeiro detalhado para cada empresa fornecedora de materiais ou serviços "No ano de 1926 a proposta do Hospital de Cirurgia era justamente atender ao cidadão usuário do sistema com o máximo de segurança, conforto e qualidade. Sabemos perfeitamente que essa missão não estava sendo respeitada, compreendemos as reclamações dos pacientes e familiares, mas estamos juntos nessa coletiva para garantir qualificação progressiva dos serviços", afirmou Márcia Guimarães, diretora administrativa.
Capitalização – No que se refere a investimento e repasse de verbas, o secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, garantiu que este trabalho demandou maior tempo e esforço administrativo. Segundo o gestor, a fase apontada por ele como de ‘estresse’ e ‘complicações unificadas’, já passou. "Foi uma luta gigantesca para que pudéssemos arrecadar fundos e começar a quitar algumas pendências apontadas como essenciais para o reinício das cirurgias. Essas dores de cabeça já passaram, daqui para frente não teremos mais estresses", afirmou o secretário que concluiu destacando: "o HC possui capacidade para realizar 40 cirurgias por mês; aos poucos iremos minimizar os problemas enfrentados tanto pelos servidores, como pelos pacientes".
Nos próximos dias serão investidos um montante orçado na casa dos R$ 2 milhões. O Governo do Estado aproveitou a coletiva para destacar ainda que no último mês de abril R$ 5,7 milhões foram repassado para a unidade. Para os próximos 12 meses – período apontado como necessário para regularizar o sistema de forma integral, a Secretaria de Estado da Saúde informou que dispõe de outros R$ 14 milhões para o Hospital de Cirurgia. Conforme destacado por Valberto de Oliveira estes recursos só serão repassados se o HC ofertar os serviços de forma efetiva.
Triagem – Durante a coletiva a direção da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia informou que um serviço minucioso de triagem está sendo realizado a fim de permitir que pacientes com quadro clínico mais agravantes tenham prioridade.
"Possuímos pacientes já cadastrados para as próximas duas semanas, integralmente aptos para se dirigirem à sala de cirurgia. Outros passarão por novas avaliações e em seguida serão convidados. Precisamos garantir a segurança de todos e para isso precisamos atualizar os exames", disse Márcia Guimarães.