Hotéis dão férias coletivas a 1.200 empregados
Publicado em 26 de março de 2020
Por Jornal Do Dia
Cerca de 1.200 profissi onais das mais diversas áreas de atuação em redes de hotéis e pousadas entraram de férias coletiva no estado de Sergipe. A medida adotada pelo setor empresarial tem como funcionalidade tentar minimizar – ao menos nesse primeiro momento, a necessidade de demissão em larga escala da classe trabalhadora. Essa iniciativa ocorre em virtude da natural baixa procura por leitos, bem como pelo decreto estadual que desde a semana passada inviabiliza – por medidas de segurança e combate ao novo coronavírus, o acolhimento de novas reservas até o dia 17 de abril. Atualmente apenas duas unidades hoteleiras seguem funcionando com menos de 10% da respectiva capacidade; essas acomodações seguem disponíveis apenas para tripulações de empresas aéreas que precisam descansar em Aracaju.
Mesmo com essa medida, a direção da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe acredita que demissões devem ser aplicadas em virtude da já esperada baixa ocupação dos leitos pelos próximos dois meses. Essa constatação foi apresentada no início da manhã de ontem pelo presidente da associação, Antônio Carlos Franco Sobrinho.
Ainda segundo análise realizada por Antônio Carlos, é compreensível e necessário manter a população em isolamento residencial, mas é fundamental que medidas econômicas sejam aplicadas em carater emergencial pelas três esferas administrativas a fim de minimizar os impactos e forçar a aplicação de medidas extremas.
"O momento agora é de cuidar da saúde da população. O governo está certo, mas é preciso lembrar, que após essa crise na saúde, enfrentaremos uma crise econômica brutal. O governo vai precisar adotar medidas para que grandes e pequenas empresas não fechem. Nossos funcionários foram colocados em férias coletivas. Ao final delas, vamos avaliar a situação. Não devemos ter demanda de hóspedes pelos próximos três meses", disse. "Muito se tem discutido sobre os riscos econômicos que esse confinamento residencial diante da crise sanitária tende a atingir todos os setores funcionais do país. Preferimos assim, do que observar centenas, ou milhares de pessoas morrendo por causa do coronavírus. Apesar disso, a situação econômica também nos causa aflição; ou a prefeitura, governo estadual e federal se antecipam para aplicar ações que ajudem a diminuir o impacto no mercado, ou o cenário pós COVID-19 será de alta na taxa de desemprego e muitos outros problemas paralelos", concluiu.