Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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HU VAI DUPLICAR O NÚMERO DE SERVIDORES


Publicado em 02 de novembro de 2013
Por Jornal Do Dia


HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE

Em protesto contra o projeto de privatização do Hospital Universitário idealizado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), servidores da instituição federal de ensino e professores da Associação dos Docentes da UFS realizaram durante o dia de ontem uma série de atos públicos em Aracaju. A fim de conquistar o apoio da população, os manifestantes estão realizando reuniões semanais com dirigentes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais e pretendem promover outras mobilizações já a partir da próxima semana. Segundo informações apresentadas pela Adufs, recentemente foi realizado um plebiscito informal para saber a opinião dos brasileiros quanto a uma possível privatização dos HUs. O resultado mostra que 95% são contrários a esse idealismo administrativo.

Apesar da porcentagem bastante representativa, no último dia 17 de outubro a UFS, através do reitor Ângelo Roberto Antoniolli, assinou um contrato para adesão da universidade junto à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Insatisfeitos com a atitude, os servidores entraram com uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando inconstitucionalidade do processo. De acordo com Bracilene Santos de Araújo, presidente da Adufs, é necessário que o poder judiciário estude melhor essa adesão, pois existem indícios de irregularidade. "A EBSERH na realidade ainda nem existe concretamente, preto no branco, para que essa privatização seja oficializada. Isso sem falar da falta de diálogo com a comunidade universitária", declarou.

Conforme avaliação dos manifestantes, caso a adesão não seja revogada pelo STF, a democracia nacional, conquistada e muito comemorada pelos brasileiros após o período da ditadura militar, seria ‘jogada no lixo’. Questionada pelo Jornal do Dia sobre os problemas futuramente causados com a permanência do contrato, a presidente garantiu que os pacientes seriam os principais prejudicados. "Nós temos um atendimento muito melhor que muitas unidades de saúde que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se cortar esse vinculo com a UFS, o sistema pode ficar mais precário e nossos pacientes terão que migrar para outras unidades públicas de saúde", lamentou Bracilene Araújo.

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