A novena de Santo Antonio é uma das mais tradicionais festas religiosas de Aracaju
Igreja transfere para setembro festejos de Santo Antonio
Publicado em 21 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Em decorrência do número de pessoas contaminadas pela pandemia do novo coronavírus em Aracaju, bem como pelo aumento gradativo e diário da doença em todos os municípios que compõem a região metropolitana da capital sergipana, na manhã de ontem a Arquidiocese de Aracaju oficializou que todas as festividades previstas para ocorrer em alusão a Santo Antônio serão adiadas para o próximo mês de setembro. A medida considerada extrema, porém necessária, tem como único objetivo evitar as tradicionais aglomerações de fiéis e possível multiplicação da doença. Sergipe possui hoje mais de 4.300 casos confirmados da doença, e 67 mortes; Aracaju segue liderando com folga esse ranking negativo, com mais de 2.500 casos e 28 óbitos.
Ao contrário do que ocorre ao longo das últimas décadas, quando a igreja Católica e seus fieis costumam dar início às comemorações na primeira quinzena do mês de junho, este ano a programação do trezenário e festa em homenagem a Santo Antônio foi transferida para o período de 1º a 13 de setembro. Em comunicado oficial a Arquidiocese reconheceu que esta celebração católica é apontada como umas das mais antigas da capital sergipana, e costuma reunir milhares de devotos na colina do Bairro Santo Antônio, na zona Norte de Aracaju. Essa não é a primeira medida de distanciamento social promovido pela religião Católica no estado de Sergipe. Desde o dia 22 de março todas as missas foram suspensas.
Essa inviabilidade de celebração com a presença de público nas igrejas respeita aos decretos estaduais assinados pelo governador Belivaldo Chagas, bem como às orientações apresentadas pela própria Secretaria de Estado da Saúde (SES), e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Adotando medida semelhante, a tradicional festa do padroeiro da cidade de Itabaiana, região serrana de Sergipe, foi adiada para o próximo mês de outubro. A decisão, de igual forma também motivada pela pandemia da COVID-19, foi deliberada em conjunto com o conselho e vigários paroquiais, além do arcebispo metropolitano de Aracaju, Dom João José Costa. A depender do cenário provocado pela pandemia nos próximos 60 dias, a programação deve ser divulgada até o final do mês de julho.