**PUBLICIDADE
Publicidade

Imobilidade social


Publicado em 13 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia


Os indicadores econômicos traduzem os apuros a que todos os brasileiros estão submetidos, em maior ou menor grau. Entre os mais pobres, no entanto, a situação é de alarme.

Novo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada reafirma a impressão corrente na fila do supermercado, há meses. O preço dos alimentos subiu de maneira exorbitante. Os carrinhos de compras dos mais pobres estão praticamente vazios.

O estudo Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado ontem, aponta a aceleração da inflação para todas as faixas de renda. Entre os mais pobres, no entanto, a percepção é ligeiramente mais acentuada. Nas famílias de menor renda, a taxa de 1,35% ficou 0,15 ponto percentual acima da taxa das famílias de maior renda (1,2%). É assim desde o início do ano.

Também pudera. Há meses, as tarifas de energia elétrica, gás de cozinha e até o aluguel não param de subir. O preço dos alimentos segue na mesma toada. Isso, para não mencionar os reajustes constantes da gasolina. Em um país cuja malha viária privilegia os caminhos cobertos de asfalto, em detrimento das ferrovias e portos, qualquer flutuação no preço da gasolina é percebida na mesa dos trabalhadores, de maneira quase imediata.

Nunca foi fácil ser pobre no Brasil. Sob Bolsonaro, um presidente incapaz de demonstrar a mais breve simpatia pelos brasileiros na base da pirâmide social, entretanto, a rede de proteção estendida ao longo dos últimos anos ficou mais curta. O fosso entre ricos e pobres é imenso. A imobilidade social projeta um futuro estanque.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade