O vice-presidente nacional do PT, Márcio Macedo, e o deputado federal João Daniel (PT), participaram ontem das manifestações da greve geral realizadas no centro de Aracaju. Para Márcio, a multidão que tomou as ruas é uma demonstração grande da insatisfaçã
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Indignação só faz aumentar
Publicado em 14 de junho de 2019
Por Jornal Do Dia
Com menos de seis meses de governo, o pre sidente Jair Bolsonaro (PSL) já enfrentou duas grandes manifestações e uma greve geral, que reuniram milhões de brasileiros em todos os Estados. A greve de ontem, em Sergipe, afetou serviços essenciais, como o transporte coletivo, fechou rodovias, escolas, repartições públicos e o comércio funcionou precariamente.< /span>
Se os protestos de maio foram uma resposta aos cortes nos orçamentos das universidades, a greve de ontem teve a pauta ampliada – além das verbas para educação, foi contra a reforma da Previdência.
Balanço da Central Única dos Trabalhadores (CUT) indica que 45 milhões de trabalhadores participaram de atos ou paralisações até o início da tarde de ontem. E que em mais de 300 cidades de todos os estados haviam registrado protestos.
Segundo boletim parcial das centrais sindicais e de movimentos populares, dezenas de cidades amanheceram com o transporte público total ou parcialmente parado – como São Paulo, Maringá (PR), Aracaju (SE), Florianópolis (SC), Brasília (DF), Volta Redonda (RJ), Sorocaba (SP), Feira de Santana (BA), Piracicaba (SP), Campo Grande (MS), Curitiba (PR e Salvador (BA).
Das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de ônibus afetado pela mobilização. Outras oito não tiveram interrupção no transporte coletivo por ônibus, mas registraram bloqueios de ruas ou estradas por manifestantes, ou tiveram paralisação parcial no metrô.
Também paralisaram trabalhadores de portos como o de Pecém no Ceará; refinarias, como Recap em Mauá e Abreu e Lima em Pernambuco; indústria metalúrgica, como Volks e Mercedes em São Bernardo; energia; bancários em São Paulo e no ABC; pessoal da Saúde; Eletricitários; Correios no Rio e São Paulo; e universidades como UFRJ, UFSC, UFAL, UFBA e UFCG; segundo os primeiros balanços.
Além das paralisações, o dia de Greve Geral foi marcado por dezenas de atos em todo país, organizados por movimentos populares como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Atingidos por Barreiras (MAB) e Marcha Mundial das Mulheres, com interdições de rodovias e avenidas.
Houve bloqueios ainda em Santa Catarina (Florianópolis e Chapecó); Alagoas (Maceió); Paraná (Araucária, Francisco Beltrão, Cascavel e Pato Branco); Pará (Belém e Eldorado dos Carajás); Pernambuco (em várias rodovias do entorno de Recife e outros pontos do estado, como Aliança, Jaboatão, Gravatá, Pesqueira e Caruaru); em Minas Gerais ( Ouro Preto, Juiz de Fora, Congonhas e BH); Rio de Janeiro (Capital, Niterói e Campos dos Goytacazes); Rio Grande do Norte (Natal, Extremoz e João Câmara); em vários pontos na Paraíba; na Bahia (Barreiras, Catités, Santo Antonio de Jesus, Salvador); no Maranhão (São Luís), no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Eldorado do Sul), em Rondônia (Jaru), em Goiás (Goiânia) e em muitos outros locais.
Em Sergipe, a partir da meia-noite e pela madrugada de sexta-feira, sindicalistas promoveram protestos na BR-101 e em estradas estaduais nas proximidades de Riachuelo, Monte Alegre e Nossa Senhora do Socorro. O ato de madrugada também aconteceu na porta das principais empresas de ônibus, em apoio à greve do Sintra (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários).
A manifestação na porta das garagens de ônibus foi duramente reprimida pela Polícia Militar na Avenida Marechal Rondon, em frente à empresa Progresso. Segundo manifestantes, a polícia jogou bomba de gás e atirou bala de borracha nos sindicalistas e estudantes chegando a ferir com bala de borracha a militante e a coordenadora estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Najara Santos.
À tarde, milhares de manifestantes de dezenas de categorias participaram de uma grande manifestação no centro de Aracaju, protestando contra o governo Bolsonaro. O presidente obteve das ruas a resposta contra os cortes na educação e a famigerada reforma da Previdência.
A greve nacional atesta a indignação da população com o governo, que só faz aumentar. (Com agências)
Revelação 1
Na entrevista concedida esta semana à TVT o ex-presidente Lula afirmou que indicou o jurista sergipano Carlos Ayres Britto para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido de Celso Mello e Fábio Konder Comparato, que argumentaram que com a nomeação de Britto ele estaria indicando o primeiro ministro de esquerda do Supremo.
Revelação 2
Lula contou que depois foi alertado pelos "finados Marcelo Déda e Zé Eduardo Dutra que tomasse muito cuidado com Carlos Britto por ser muito vaidoso, uma pessoa que se fosse escrever um livro o título seria Eu me Amo".
Revelação 3
O ex-presidente disse que conhecia Britto, que foi seu motorista quando ele era advogado do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Estatais de Sergipe. E que com a sugestão do seu nome ficou feliz ao ver que o seu currículo o capacitava para ser ministro do Supremo. Deu no que deu.
Habeas corpus 1
Teve até queima de fogos ontem em Carira com a notícia de que o ex-prefeito João Bosco Machado e os filhos Diogo e Diego Machado seriam soltos nessa sexta-feira mediante habeas corpus. Os três foram presos na última terça-feira, durante Operação Xeque-Mate do Sertão, do Deotap, acusados de utilizarem o poder público, por meio de licitações fraudulentas, para desvirar recursos. Com os três foram presos o vereador José Alves de Menezes e mais três empresários suspeitos de serem laranjas.
Habeas corpus 2
A liberdade do ex-prefeito de Carira e dos seus dois filhos, sendo um deles também ex-prefeito do município [Diogo Machado], foi conseguida com a tese da defesa de que são réus primários e, consequentemente, têm o direito de responderem ao processo em liberdade. Até o fechamento da coluna, às 20h, eles continuavam presos na 8ª Delegacia Metropolitana, em Aracaju, aguardando a Justiça encaminhar o habeas corpus.
Organização criminosa
Segundo a delegada geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, o grupo dos ex-prefeitos de Carira atuava em diversas frentes da administração pública há 20 anos com o objetivo de fraudar licitações. "Era um grupo político que se valia do seu poder para desviar dinheiro público da prefeitura. No inquérito policial já apuramos um desvio aproximado de R$ 7 milhões. Nos inquéritos civis, feitos pelo Ministério Público, é apontado desvio de mais de R$ 20 milhões", disse a delegada em entrevista coletiva à imprensa.
Fortalecimento PSC 1
O coordenador do PSC em Aracaju, Clóvis Silveira, revela que já começou a trabalhar para fortalecer o partido nas eleições 2020 na capital e em alguns municípios do interior. Garante que montará uma chapa para vereador que estará entre as que mais vai eleger, fazendo, portanto, com que a legenda tenha uma boa representação na Câmara Municipal de Aracaju.
Fortalecimento PSC 2
Nas eleições 2016, Clóvis, então comandando o PPS na capital, conseguiu montar uma chapa que elegeu dois vereadores. Silveira, que levou seu grupo para o PSC, lembra que na eleição passada o PPS conseguiu mais de 26 mil votos, tendo sido um dos mais bem votados. Acredita que o PSC conseguirá montar, em 2020, uma das melhores chapas proporcionais.
Só conversa
De Clóvis Silveira, à coluna, sobre os vários deputados estaduais que ameaçam deixar seus partidos, inclusive os dois do PSC – Gilmar Carvalho e Capitão Samuel: "É tudo blá-blá-blá. Como só terá janela em 2022 para deputado, deixar a legenda agora só se for para um partido novo que venha a ser criado e que não terá nenhuma estrutura partidária". Disse ainda: "Só Bolsonaro se elegeu sem estrutura partidária. Isso só ocorre de 100 em 100 anos".
Direito a greve
Do senador Rogério Carvalho (PT-SE) com relação às críticas ao movimento grevista: "Quem prejudica o país é uma Reforma da Previdência que destrói os direitos da população. O direito à greve está assegurado na Constituição Federal".
Ponto de vista
Do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) sobre a demissão do terceiro ministro do governo Bolsonaro: "Lamento a demissão do General Santos Cruz, profissional respeitado e com grandes serviços prestados à nação. É uma prerrogativa do Sr. Presidente, que merece respeito. O que se espera é que o interesse público se mantenha sempre acima de questões pessoais ou ideológicas".
Veja essa …
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ontem, durante café da manhã com jornalistas, que vai demitir o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por ele ter se comportado como "sindicalista". Isso porque, durante audiência pública na Câmara, o general tirou foto com parlamentares de esquerda e disse que não haverá privatização dos Correios, como é planejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Só Jesus na causa!
Curtas
O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) afirmou ontem que foi um "descuido" repassar pistas de apuração da Lava Jato contra o ex-presidente Lula por um aplicativo de mensagens ao procurador Deltan Dallagnol.
Do senador Rogério Carvalho sobre as declarações de Moro: "Pára de querer enganar o povo brasileiro! Que conversa é essa de descuido informal? Você cometeu um crime, sucessivamente e intencionalmente. Você, S ergio Moro, é um criminoso!".
Do ator José de Abreu, que se auto-proclamou presidente da República depois que Bolsonaro declarou apoio ao Juan Gaidó – que se declarou presidente da Venezuela – sobre justificativa de Moro: "Crime mudou de nome: virou descuido. Cadeia para o juiz ladrão".
Como faz há alguns anos, o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) promoveu ontem à noite o Forró do 18 do Forte. Entre as atrações Márcia Felipe, Luan Estilizado e Jonas Esticado.