Inteligência artificial aponta Brasil como favorito para Copa; veja ranking
Publicado em 18 de novembro de 2022
Por Rafael Ramos
O Brasil tem 20,9% de probabilidade de conquistar a Copa do Mundo. Parece pouco, mas é o maior índice na comparação com Argentina (14,3%), França (11,4%), Espanha (9%) e Alemanha (3,4%).
Já quanto a conseguir classificação às oitavas de final, o Brasil também possui a maior probabilidade do grupo G, de 97,48%. A Argentina, no grupo C, tem 96,1%. A França possui 93,4% no grupo D. A Espanha, 89,6% e a Alemanha, 69,6%, ambas inseridas no grupo E.
O cálculo dessas probabilidades foi feito com o que há de mais avançado atualmente em termos de Machine Learning e Deep Learning. Em outras palavras, não houve interferência humana. Tudo foi traçado por meio de inteligência artificial. As conclusões foram tomadas com base apenas em dados objetivos das seleções em questão.
A equipe do DataLab, da Serasa Experian, braço brasileiro da britânica Experian, utilizou um conjunto de dados contendo todos os resultados dos últimos três ciclos de Copas: seleções envolvidas em cada partida, datas, tipo de competição (amistoso, eliminatórias, copas regionais e mundiais).
A partir de tais dados, baseado nos resultados históricos das partidas, a consultoria conseguiu programar uma máquina com um modelo capaz de prever a probabilidade de resultado de cada partida disputada no Qatar, considerando o cenário atual, ou seja, antes do início da Copa.
A Experian, como o prenome Serasa indica, trabalha no setor financeiro. O modelo utilizado para a previsão da Copa do Mundo é o mesmo que empresas do setor usam para calcular riscos em concessões de créditos e cálculos de seguros, por exemplo. Mas a tecnologia é similar à utilizada por algo bem mais corriqueiro.
“Por meio de métodos de sistemas de recomendação, muito semelhantes às plataformas de streaming, por exemplo, usa para recomendar um filme a um usuário, montamos um sistema de machine learning que prevê, probabilisticamente, o resultado de cada partida entre dois países”, explicou ao UOL Esporte Olivier Devaux, diretor que comandou o projeto.
É evidente que como tudo que envolve probabilidade, os cálculos são rapidamente derrubados a partir do início da Copa. Derrotas inesperadas das cinco seleções escolhidas — as campeãs nos últimos 40 anos — alteram os cálculos. Afinal, o futebol de fato torna-se cada vez mais científico. Mas está longe de ser uma ciência exata.