De acordo com a Seduc, em nota, que o cardápio do café servido aos alunos da escola foi cuscuz, carne moída ao molho e suco.
Alunos de escola estadual passam mal após infecção provocada por merenda
Publicado em 09 de setembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Gabriel Damásio
Um surto de intoxicação alimentar atingiu estudantes do Centro de Excelência José Rollemberg Leite, no bairro José Conrado de Araújo (zona oeste de Aracaju), ao final da manhã de ontem. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que confirmou a noticia, 70 estudantes da unidade precisaram de atendimento médico, após consumirem o café-da-manhã e apresentarem sinais de mal-estar, náuseas, dores abdominais e dores de cabeça. Desse total, 37 foram levados para os hospitais municipais Nestor Piva e Fernando Franco. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS),todos os pacientes, com idades entre 11 e 22 anos, não tiveram consequências mais sérias e receberam alta até às 17h20 de ontem.
De acordo com a Seduc, em nota, que o cardápio do café servido aos alunos da escola foi cuscuz, carne moída ao molho e suco. Os primeiros alunos começaram a passar mal meia hora depois de o café ser servido, apresentando vontade de vomitar. Em seguida, eles procuraram a equipe de apoio do colégio, que deu o alerta ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Vinte minutos após o acionamento, quatro ambulâncias do Samu e duas motolâncias chegaram ao local e prestaram atendimento. Os pais dos estudantes também foram chamados ao local. Ao todo, 35 estudantes foram atendidos no próprio Centro de Excelência, enquanto os outros 37 foram mandados para os hospitais, com sintomas leves de náuseas, vômitos e diarreia.
Ainda de acordo com a Seduc, equipes das Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal estiveram na unidade de ensino para investigar o agente causador do surto alimentar. Eles colheram amostras dos alimentos e amostras clínicas, encaminhando-as para exames no Laboratório Central do Estado (Lacen). A previsão é de que o resultado esteja pronto em cinco dias. Uma suspeita, no entanto, aponta que o surto pode ter sido causado por uma falha no preparo da carne.
“A equipe de vigilância sanitária escolar detectou que todos os alimentos da escola estavam dentro da validade e armazenados devidamente como determina o programa nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Numa análise preliminar da equipe de nutricionistas da Secretaria identificou que, dadas as circunstancias, há indícios de que pode ter havido uma falha, pontual, no pré-preparo da carne moída”, confirmou a Seduc, enfatizando que será aberto um procedimento administrativo após a conclusão da investigação do surto. A Vigilância Epidemiológica do município também apura as causas do surto. “Vale lembrar que, por conta da retomada das aulas, todas as escolas vêm passando por fiscalizações, e esta escola já tinha sido fiscalizada em agosto, não tendo apresentado nenhum problema. Agora é avaliar como foi o preparo desse alimento e verificar o que foi que aconteceu”, disse a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde da SMS, Taise Cavalcante.