Iran sai em defesa dos professores do Estado que permanecem em greve
Publicado em 20 de maio de 2015
Por Jornal Do Dia
O vereador Iran Barbosa (PT) defendeu ontem, na Câmara Municipal de Aracaju, o direito de greve dos educadores da rede pública estadual, que paralisaram as suas atividades na segunda (18), por tempo indeterminado. A categoria decidiu pela greve em assembleia realizada no último dia 13. Os professores pedem o reajuste de 13,01% para todos na carreira, conforme determina a Lei 11.738/2008, e melhorias nas escolas do estado.
"A greve se estabelece como um direito legítimo e constitucional da categoria diante do desrespeito a um direito conquistado desde 2008. E Sergipe não está só", afirmou o petista, apontando outros cinco estados onde os professores também estão em luta pela garantia dos seus direitos: Pará, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Goiás.
Para Iran Barbosa, que também é professor da rede pública estadual, o reajuste de 13,01% com repercussão em toda a carreira é um direito nacionalmente assegurado aos educadores e precisa ser respeitado pelos governos. Para ele, as vozes que têm se levantado contra os professores e suas ações precisam compreender que essa luta é parte de uma mobilização nacional.
"Nós aprendemos que a luta é o instrumento para fazer valer um direito que é desrespeitado pela autoridade constituída. Ainda há alguns poucos que aplaudem autoridades que desrespeitam os direitos dos educadores, mas a maioria da sociedade compreende que quando os professores param é porque, além de não terem o seu direito garantido, não há sinalização de que ele será garantido", destacou.
De acordo com Iran Barbosa, a categoria não vai se calar diante do autoritarismo de alguns. Ele lembrou que mesmo no período da ditadura militar, o magistério sempre lutou por seus direitos. "Não será agora, que conquistamos a democracia, que iremos nos calar. Não nos intimidamos com as análises de truculência que defende o silêncio dos lutadores para favorecer a vitória dos algozes", defendeu.
Iran Barbosa concluiu lembrando que não é a primeira vez que o magistério enfrenta ataques à sua forma de organização. "Vivemos muitos outros momentos como este e continuamos, de forma digna, cumprindo o nosso papel de educador", disse.