João discute com engenheiros problemas da mobilidade urbana em Aracaju

O candidato a prefeito pela coligação "Aracaju não pode esperar", João Alves Filho (DEM), foi recebido em reunião por arquitetos, engenheiros agrônomos, civis e elétricos, realizada no auditório da Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease). Na ocasião, João Alves falou sobre os projetos previstos em seu plano de governo, que visam a resolução de problemas da mobilidade urbana, trânsito, transporte público, áreas verdes, entre outros, nos quais a categoria dos engenheiros está diretamente envolvida.

"Hoje nós temos o desafio de voltar a administrar uma cidade que tive a oportunidade de gerir há 37 anos", afirmou o candidato, ressaltando que naquela época Aracaju já enfrentava problemas e um dos seus desafios foi contratar um projeto que resolvesse os problemas de drenagem da cidade.

"Todo mundo lembra da construção das 14 avenidas de Aracaju como um marco, mas a grande obra feita nessa minha administração foi o sistema de drenagem, no qual foram investidos 60% dos recursos da gestão", disse João Alves, ao lembrar que foi o arquiteto Jaime Lerner quem projetou o sistema de drenagem da capital.

Na gestão municipal de João Alves será o projeto BRT, criado por Jaime Lerner, que irá resolver o problema do transporte público em Aracaju. O projeto foi criado pelo arquiteto especialmente para o Rio de Janeiro, pois uma das condições da FIFA, para que o Estado se tornasse sede das Olimpíadas e da Copa Mundial, era um sistema de transporte eficiente, prático, rápido e que acomodasse uma grande quantidade de pessoas em uma só viagem. "A solução para grandes desafios começa com um projeto perfeito", afirmou o candidato.

O candidato deixou claro que uma cidade como Aracaju precisa de um Projeto Estratégico de Desenvolvimento Urbano. "A cidade que não tem um projeto desses, que trata de forma integrada a questão do trânsito, mobilidade urbana, estacionamentos, grandes vias, áreas verdes, entre outros, quebra a cara", explicou o candidato. Ele lembrou ainda que, quando prefeito da capital sergipana, Aracaju tinha uma média de 200 mil habitantes. Atualmente, a cidade tem cerca de 600 mil pessoas, sem contar com as populações dos municípios de São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro, que fazem parte da Grande Aracaju.

"Contando com esses municípios interligados, somos mais de 800 mil pessoas em Aracaju. Esse pessoal todo usa a nossa malha viária", destacou o candidato, ao acrescentar que tem um planejamento estratégico que visa a criação de um instrumento já conhecido nas grandes cidades: o projeto área metropolitana (cidades ligadas).

"Esse instrumento nos é oferecido por um plano estratégico de desenvolvimento urbano. Não fizeram isso antes e por isso é que Aracaju não cresceu de forma racional, mas inchou. Então o nosso primeiro procedimento será contratar esse planejamento, que traça ações de acordo com as necessidades atuais, pensando no futuro", declarou.

Na oportunidade, João Alves anunciou aos engenheiros e arquitetos que vai contratar ainda um novo projeto de drenagem para Aracaju. "Dizem que obra debaixo do chão custa caro e não dá voto. No entanto, estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluíram que custa caro, mas economiza em saúde", respondeu.

Nos projetos de João Alves, interligado à questão de planejamento estratégico de desenvolvimento urbano também está a solução para problemas de saúde pública. Além de investir em postos de saúde, o candidato trará de volta o Pró-Mulher, Pró-Família. Programa criado pela senadora e esposa de João Alves, Maria do Carmo, que visa detectar de forma precoce o câncer de mama, de colo de útero e o de próstata. O programa de ação da gestão do candidato prevê ainda o tratamento imediato e gratuito para essas doenças, quando detectadas, com toda assistência médica necessária e a doação de medicamentos.