Sábado, 05 De Outubro De 2024
       
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Joubert, carne e osso


Publicado em 10 de setembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Faz muito tempo… (Divulgação)

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
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Quando Ilma Fontes partiu desta para melhor, o jornalista Antonio Passos abriu o próprio baú de memórias e sacou do escuro a mais pura verdade: Lu Spinelli, Amaral Cavalcante, Ilma e Joubert sustentaram sobre os ombros magros, sozinhos, como quatro pilares, uma tal contracultura Serigy.
Faz muito tempo. De tanta beleza e rebeldia, restam apenas versos, traços, histórias, fotografias…
Tudo mudou. A aldeia, aliás, mudou muito, encaretou, mais reaça do que nunca. Joubert é o único dos quatro entre nós, carne e osso, ainda lúcido.
Penso nos quatro, mais Fernando Sávio, mais o poeta Mario Jorge, cuja existência durou a eternidade de um clarão, certo de reafirmar comigo mesmo um compromisso irrevogável com a vida.
Aos quarenta e quatro, carrego o peso de alguma bagagem, o fardo de algumas perdas irremediáveis, tristezas e decepções. Domingo, no entanto, eu empurrava o carrinho de minha filha recém nascida na tarde luminosa da Atalaia, quando me deparei com a Rural do Forró, sob a direção afetuosa de Bob Lélis. O volume da farra não era adequado para os ouvidos ainda muito sensíveis de minha menina. De longe, no entanto, percebi a irradiação de alegria e fiquei também feliz.
Joubert é vivo, muito vivo. Vai celebrar 60 anos de trabalho com oportuna exposição no Museu da Gente Sergipana e tudo o mais a que tem direito. Prestigiar o evento, o artista de tantos feitos e feitios, é também festejar a brevidade de tudo, os melhores dias do lugar Aracaju, como fizeram os nossos maiores poetas – numa boa farra, furiosamente.
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