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Judicialização da eleição


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Publicado em 22 de setembro de 2018
Por Jornal Do Dia


 

Deputados
do PSC
protestam
Através do seu site de notícias, o deputado estadual Gilmar Carvalho não esconde o arrependimento de ter aceitado o convite do deputado federal André Moura para ingressar no PSC: "É TRAIÇÃO o que o PSC vem fazendo com seus próprios candidatos a deputado estadual. Estamos na reta final. Para começo de conversa, o tal Fundo de Campanha nunca devia existir, mas já que foi criado pelos mangangões de Brasília, com o reconhecimento da Justiça, que seja dividido de acordo com o peso de cada partido".
"Nas eleições deste ano em Sergipe, o PSC trai seus próprios candidatos a deputado estadual, impondo a todos eles a participação em um jogo completamente desigual dos sem-tostão contra os cheios de milhões. Dos 17 deputados estaduais que disputam a reeleição os quatro do PSC (Capitão Samuel, Gilmar Carvalho, Venâncio Fonseca e Dr. Vanderbal) ficaram sem um tostão".
André Moura, que é presidente estadual do partido, destinou R$ 2 milhões para a sua campanha ao Senado.

O senador Valadares, que disputa a reeleição, e o deputado federal Valadares Filho, candidato do PSB ao governo do Estado, decidiram judicializar as eleições. Os dois protagonizam sucessivas ações judiciais contra o governador Belivaldo Chagas (PSD), candidato à reeleição, o publicitário Carlos Cauê, responsável pela propaganda eleitoral do PSD, e até blogueiros e jornalistas que comentem o que eles não gostam de ver em pauta.

Na semana passada, Valadares Filho e o vereador Élber Batalha, candidato a deputado federal do grupo, foram à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para denunciar supostos fake news e vídeos apócrifos que estariam sendo distribuídos por adversários através das redes sociais. "Esses distribuidores de crimes e de notícias falsas começarão a ser intimados pela PF para prestarem seus depoimentos. O chamado ‘marketing do mal’ entra na zona do desespero e começa a agir com as mesmas práticas de desmerecer a imagem dos concorrentes e criando factoides e confundindo a população", disse Élber, representando os Valadares.

Na TV, o próprio Valadares Filho chora porque está sendo atacado pelos adversários. E ele queria ser elogiado? O pai vai pelo mesmo caminho e além do horário eleitoral usa também as redes sociais para dizer, em outras palavras, que apenas ele e o filho são políticos honestos em Sergipe. Para quem não lembra, até 2016, antes de ser descartado pelo então governador Jackson Barreto como candidato do bloco a Prefeitura de Aracaju, todo mundo vivia feliz no âmbito governista e Élber era secretário de Estado da Cultura, empregando nos cargos em comissão todos os apaniguados da família Valadares.

Após a realização do primeiro turno da eleição para a PMA, Valadares Filho contratou um instituto de pesquisa que apresenta sempre resultados convenientes a quem paga, e inflou a sua vantagem em relação ao adversário do segundo turno, o atual prefeito Edvaldo Nogueira. Surfaram nesses números, cantaram vitória antes do tempo, fizeram festa na véspera e foram surpreendidos com a derrota por 12 mil votos. O mesmo instituto foi quem divulgou a primeira pesquisa apresentando números não alcançados por nenhum outro grupo de pesquisa.

Valadares Filho e o seu pai não gostam de críticas e muitos menos da apresentação de suas inúmeras contradições políticas. Hoje, não aceitam qualquer ligação com o governo Temer – de fato, não mais possuem porque foram derrotados na disputa interna por cargos e vantagens pelo deputado federal André Moura (PSC), líder do presidente Temer no Congresso e candidato ao Senado Federal. Mas votaram a favor do impeachment da presidente Dilma, indicaram a presidência da Codevasf – órgão mais importante do que muitos ministérios – e transferiram uma emenda de bancada de R$ 100 milhões que seriam para o Estado de Sergipe para alavancar os projetos da companhia no baixo São Francisco sergipano. Na campanha de 2016, Valadares Filho se vangloriava na TV de que os partidos que integravam a sua coligação possuíam oito ministérios, "que seriam muito úteis para Aracaju, enquanto meu adversário – Edvaldo – considera o governo federal como golpista".

Além desses processos, Valadares Filho tenta também impedir que Belivaldo Chagas siga governando enquanto disputa a reeleição. Entrou na Justiça para que evitar nomeações de pessoas para o preenchimento de cargos vagos na administração ou que autorize a execução de obras e serviços. A legislação que estabeleceu a reeleição permite a gestão simultânea.

Na última quinta-feira, em sessão plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, que também compõe o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os partidos políticos agem de modo antidemocrático ao sobrecarregarem a Justiça com pedidos de resposta e de retirada do ar de conteúdos críticos a seus candidatos nas eleições. Se referia a disputa presidencial, mas o discurso cabe como uma luva para os candidatos Valadares pai e Valadares Filho.

Moraes fez a advertência no decorrer do julgamento de três pedidos de direitos de resposta ou de retirada de conteúdos feitos por candidatos e partidos na disputa presidencial. "A reiteração desses julgados de hoje me preocupa", disse Moraes. O ministro ressaltou que os mesmos partidos que há 30 anos lutaram para incluir na Constituição garantias à liberdade de expressão e de imprensa, "hoje não admitem a mínima crítica, da imprensa, dos meios de comunicação, dos programas humorísticos, aos seus candidatos… Isso é a negativa total da democracia".

Se continuarem com esse discurso de "marketing do mal" e com a eterna pose de vítimas, os Valadares poderão ser surpreendidos mais uma vez com os resultados das urnas em sete de outubro.

Números do Ibope

A TV Sergipe divulgou na quinta-feira, os novos números da pesquisa Ibope: Valadares Filho (PSB): 21%; Belivaldo Chagas (PSD): 20%; Eduardo Amorim (PSDB): 17%; Dr. Emerson (Rede): 3%; Mendonça Prado (DEM): 2%; João Tarantella (PSL): 2%; Márcio Souza (PSOL): 1%; Milton Andrade (PMN): 1%; Gilvani Santos (PSTU): 1%; Branco/nulo: 23%; Não sabe: 9%. Levando em consideração a margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, os três principais candidatos poderiam estar no limite do empate técnico.

No levantamento anterior, feito de 14 a 16 de agosto, os percentuais de intenção de votos eram os seguintes: Valadares Filho (PSB): 23%; Eduardo Amorim (PSDB): 17%; Belivaldo Chagas (PSD): 12 %; Dr. Emerson (Rede): 5%; Mendonça Prado (DEM): 3%;João Tarantella (PSL): 1%; Márcio Souza (PSOL): 1%; Milton Andrade (PMN): 1%; Gilvani Santos (PSTU): 0%; Branco/nulo: 28% e Não sabe: 9%.

A pesquisa foi realizada entre 17 e 19 de setembro, com registros no TRE SE-09362/2018 e no TSE BR-05157/2018.

Canais diretos com os candidatos

Na hora de se informar para escolher o novo presidente do país, os brasileiros preferem os meios tradicionais. Em pesquisa realizada pela Ipsos, 48% dos entrevistados consideram que os debates na TV trazem informações mais importantes do que os demais meios. Proporção parecida dos entrevistados (47%) escolheu a propaganda eleitoral na TV como meio mais importante na hora de decidir em quem votar para presidente. A opinião de amigos e familiares ficou em terceiro lugar com 23% da preferência.

 Grande aposta dos candidatos com pouco tempo de propaganda gratuita, os meios digitais apareceram depois da TV. Notícias de portais e comentários nas redes sociais tiveram a preferência de 14% dos entrevistados seguidos por propaganda eleitoral no rádio (9%), comentários nos aplicativos de mensagens instantâneas (5%) e vídeos no Youtube (4%). Os entrevistados puderam escolher até três opções.

Os canais diretos com os candidatos não são uma escolha da maioria dos eleitores. "A proporção dos que seguem algum candidato nas redes sociais é pequena (12%). Entre os que não seguiam na ocasião da pesquisa (82%), apenas 5% pretendiam passar a seguir algum candidato até as eleições, um indicativo de baixo engajamento, considerando a proximidade do pleito", afirma Danilo Cersosimo, diretor de Opinião Pública na Ipsos.

Os debates e a propaganda eleitoral que são exibidos na TV são, declaradamente, os meios de maior influência com 52% e 36% das menções, respectivamente.

A Ipsos entrevistou 1.200 pessoas em 72 cidades das cinco regiões do país e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Traidores

Do ex-governador Jackson Barreto, candidato ao Senado, alfinetando os ex-aliados do PRB: "Quero saber dos candidatos Heleno Silva [senador] e Jony Marcos [deputado federal] os compromissos deles com o país, com as políticas implantadas no governo de Lula. Eu estive com Heleno e com Jony antes da votação do golpe. Pedi a Heleno, que tinha cargo no meu governo, que não fizesse de seu cargo um instrumento contra Dilma e contra Lula. Agora, Heleno vem dar uma de bonzinho, dizer que ajudou as políticas de Lula. O sergipano não esquece".

Deputadosdo PSCprotestam
Através do seu site de notícias, o deputado estadual Gilmar Carvalho não esconde o arrependimento de ter aceitado o convite do deputado federal André Moura para ingressar no PSC: "É TRAIÇÃO o que o PSC vem fazendo com seus próprios candidatos a deputado estadual. Estamos na reta final. Para começo de conversa, o tal Fundo de Campanha nunca devia existir, mas já que foi criado pelos mangangões de Brasília, com o reconhecimento da Justiça, que seja dividido de acordo com o peso de cada partido".
"Nas eleições deste ano em Sergipe, o PSC trai seus próprios candidatos a deputado estadual, impondo a todos eles a participação em um jogo completamente desigual dos sem-tostão contra os cheios de milhões. Dos 17 deputados estaduais que disputam a reeleição os quatro do PSC (Capitão Samuel, Gilmar Carvalho, Venâncio Fonseca e Dr. Vanderbal) ficaram sem um tostão".
André Moura, que é presidente estadual do partido, destinou R$ 2 milhões para a sua campanha ao Senado.

 

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