Juiz sergipano é encontrado morto em casa

Milton Alves Júnior

Foi sepultado no final da tarde de ontem, no Cemitério Colina da Saudade – zona Oeste de Aracaju, o corpo do jurista sergipano Edinaldo César Santos Júnior, de 49 anos, juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE). Encontrado sem vida no apartamento em que residia, foi constatado que ele não apresentava nenhum sinal de violência no corpo e no local, a expectativa é que em até 30 dias a causa da morte seja esclarecida devido a exames que serão realizados pelo Instituto de Análise e Pesquisa Forense. A suspeita é que um mal súbito tenha provocado o óbito.
Diante da notícia confirmada por familiares, a presidente do TJSE, desembargadora Iolanda Santos Guimarães, decretou no início da manhã de ontem luto oficial de três dias no âmbito do Poder Judiciário sergipano. Por intermédio de nota pública, a Corte Jurídica destacou que Edinaldo Santos contribuiu intensamente para a construção de importantes projetos e políticas institucionais em prol da eficiência e da modernização do Judiciário, notadamente nas áreas da infância, juventude e direitos humanos. Também houve manifestação de pesar por parte do Governo Federal.
“Agradecimento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) pela contribuição na defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Nossa solidariedade à família e aos amigos. O Brasil perde um grande defensor dos direitos humanos”. Em Sergipe, em suas redes sociais, o governador Fábio Mitidieri escreveu: “com pesar, soube do falecimento do juiz Dr. Edinaldo César Santos Júnior, magistrado cuja trajetória foi marcada por dedicação, integridade e um firme compromisso com a Justiça. Minha solidariedade aos familiares, colegas e amigos.”
De igual modo houve votos de condolências emitidos pela prefeita de Aracaju, Emília Correia. “O domingo termina com uma notícia triste. A partida inesperada de Dr. Edinaldo. Magistrado jovem, firme e combativo diante das injustiças. Seu legado jamais será esquecido. Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos neste momento de dor e saudade”, lamentou. A Associação dos Magistrados de Sergipe (AMASE) também emitiu nota de pesar: “O magistrado foi exemplo de busca pela igualdade e respeito aos direitos humanos e sempre atuou com responsabilidade e dedicação aos projetos de melhoria do Poder Judiciário. No CNJ, dedicou esforços à importante pauta da adoção, trabalhando arduamente para facilitar e agilizar os procedimentos em prol das crianças e adolescentes que buscam um lar”.