Karabtchevsky se apresenta com a ORSSE

Rian Santos
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Mais um concerto marcante e digno das grandes orquestras do país será oferecido pela Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) ao público sergipano na noite da próxima quinta-feira, 13, à partir das 20h30. Trata-se do concerto número seis da série Cajueiros da ORSSE, que trará à Aracaju um dos mais importantes regentes brasileiros e com de sólida carreira internacional, o maestro Isaac Karabtchevsky.

O concerto dedica o repertório ao compositor russo Piotr I. Tchaikovsky, com a apresentação de sua Sinfonia nº 5 em mi menor, e o Concerto para Violino em ré maior. Os solos estarão a cargo do violinista Luíz Filíp, o primeiro brasileiro a integrar, no ano de 2012, a prestigiosa Orquestra Filarmônica de Berlim. O concerto é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura, que conta com o patrocínio do Banese e Instituto Banese.

Para o maestro e diretor artístico da ORSSE, Guilherme Mannis, receber Karabtchevsky é uma grande honra para Sergipe. "Isaac é um ícone. Rege as melhores orquestras por todo o mundo, e é o símbolo da competência do músico brasileiro, pois ele alia o talento, ao conhecimento e ao enorme carisma que possui.

Trata-se de uma figura emblemática, que muito nos honra com sua presença nesta temporada. Uma grande experiência para os músicos e principalmente para nosso público", enfatiza Mannis.

Sobre o maestro – Karabtchevsky foi indicado pelo jornal inglês ‘The Guardian’ como um dos ícones vivos do Brasil. A expressão do jornal tem sua razão de ser: desde os anos 70, Karabtchevsky tem desenvolvido uma das carreiras mais brilhantes no cenário musical brasileiro, atuando por 26 anos como maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira e comandando o projeto mais ousado de comunicação popular da América Latina, o Aquarius, que reuniu durante anos, milhares de pessoas ao ar livre e favoreceu, dessa forma, a formação de um público sensível à música de concerto.

Esse período de intensa atividade coincide com sua permanência na Europa, atuando como diretor artístico de diferentes orquestras e teatros: como a Tonkünstlerorchester de Viena (1988 a 1994), o Teatro La Fenice, de Veneza ( 1995 a 2001 ) e, finalmente, como diretor da Orchestre National des Pays de la Loire (França – 2004 a 2010).

Dentre os teatros e orquestras de prestígio dessa fase estão a Salle Pleyel, de Paris; o Konzertgebouw, de Amsterdã; o Musikverein, de Viena; o Royal Festival Hall, de Londres;  a Accademia di Santa Cecilia, de Roma; o Teatro Real, de Madrid; a Staatsoper, de Viena; o Carnegie Hall, em Nova York; o Teatro Comunale, de Bologna; a Rai, de Torino; o Teatro Colon, em Buenos Aires; a Deutsche Oper am Rhein, de Düsseldorf; a Orquestra Gurzenich, de Colônia;  a Orquestra Filarmônica de Tóquio e muitas outras. Atualmente Karabtchevsky é diretor artístico da Petrobras Sinfônica e da Orquestra Heliópolis.

Solista – Luíz Filíp é natural de São Paulo, mas reside na Alemanha desde 2001 apresentando-se regularmente em cidades como Berlim, Roma, Tóquio, Tel Aviv e Paris, onde teve o seu debut na série de concertos do Auditorium do Museu do Louvre. É membro da Orquestra Filarmônica de Berlin e integrante do Ensemble Berlim. Toca em um violino Lorenzo Storioni de 1774, pertencente ao Governo Alemão e oferecido pela Deutsche Stiftung Musikleben de Hamburgo.