Lentidão em obra de drenagem causa revolta entre moradores do Nova Liberdade

Milton Alves Júnior
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Moradores do loteamento Nova Liberdade I, zona Norte de Aracaju, estão reclamando da demora na obra de drenagem e saneamento básico em algumas ruas e avenidas da região. Como se não bastasse, a desordem provocada pela reforma e a chuva que caiu no início dessa semana contribuíram para que o problema se agravasse e prejudicasse os moradores. Alguns deles já contabilizam prejuízos causados pela invasão da água nas residências e falam da falta de apoio por parte dos operários.

Removendo a água desde a manhã de ontem, o morador Ednaldo Supriã dos Santos disse que solicitou uma bomba para retirar o líquido, mas os servidores se negaram. "Fui falar com eles e me disseram que o superior não autorizava a liberação. Infelizmente, para não deixar o problema se alastrar, tive que retirar dessa maneira, na base do improviso", reclamou. Com um custo de 16 milhões, a obra é resultado da parceria entre a Prefeitura de Aracaju e o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Cerca de 140 profissionais atuam diariamente e o trabalho em execução visa ainda a terraplenagem e pavimentação asfáltica. De acordo com a Secretaria de Comunicação da PMA, ao todo, quase 30 ruas, divididas entre os loteamentos I e II, estão com obras em andamento. A estimativa é que a obra seja concluída no mês de agosto do próximo ano.

Já para o morador Eribaldo Cruz Santos, o problema está na falta de organização e cumprimento do projeto apresentado em primeira instância. "Moro aqui há mais de dez anos e essa não é a primeira vez que uma obra desse tipo acaba prejudicando os moradores. Eles começam de um jeito, e do meio pro final acaba de outro", disse. Ainda segundo Eribaldo, desta vez até as crianças estão sofrendo com a lama. "Pra estudar, elas precisam driblar as poças d’água e se arriscar em meio a essa água suja. Sabemos que vai ser um benefício para a população, mas até lá devemos ter suporte para conseguir contornar o problema", protestou.

Apesar dos transtornos, o presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização, Osvaldo Nascimento, ressaltou a importância da obra. "Conseguimos os recursos e estamos executando uma obra que vai mudar a vida das pessoas que vivem na região. Ao ser concluído, esse serviço irá transformar a paisagem urbana e social da comunidade", garantiu o engenheiro.