Mais do mesmo

Os 170 anos da capital

sergipana serão cele

brados com um mês inteiro de festa, desde o próximo dia 08 até o dia 30 de março. Depois, os festejos juninos promovidos pelo governo de Sergipe se estendem durante 60 dias de forró.

Superlativos, os números carregam em si mesmos um tanto de enfado. Mais ou menos previsíveis, os pipocos do foguetório já não impressionam, nem alegram, realmente. Não a mim, ao menos. Eu me pergunto, movido por dúvida sincera, se o brilho falso dos chamados grandes eventos ainda enchem os olhos de alguém.

Percorro a extensa programação alusiva aos 170 anos de Aracaju com o rabo do olho. A única novidade digna de menção é a presença da pernambucana Lia de Itamaracá – um espanto! Além disso, o poder público local finalmente concede a altura pouca de um palco para o talento de Lula Ribeiro. Há também a estreia perante o grande público do Mestre Saci, com álbum recé- lançado. E as surpresas param por aí.

Há ali de tudo um pouco e muito mais do mesmo de sempre, raras exceções. A julgar pela preguiça saliente nas entrelinhas da programação, a intenção declarada de fundar um marco sensível com a comemoração dos 170 anos de Aracaju se valerá somente da prolixidade e da redundância. Tudo o mais não passa de blogueiragem e ilusão.