Domingo, 05 De Janeiro De 2025
       
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Médicos questionam disponibilidade de leitos de UTI


Publicado em 19 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia


Leito de UTI em hospital público de Sergipe

 

A disponibilidade de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), exclusivos para a recuperação de pacientes com coronavírus, não está clara para os médicos e para as prefeituras que precisam enviar seus pacientes mais graves aos hospitais de grande porte, ou mesmo definir as suas regras de isolamento social. Esta é a avaliação do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), que enviou na quarta-feira passada um ofício ao governador Belivaldo Chagas com questionamentos sobre a real existência e estrutura das UTIs na rede estadual de saúde. O documento já foi repassado para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que deve entregar uma resposta formal ao sindicato ainda nesta semana. 
No ofício, o Sindimed pede esclarecimento sobre a quantidade de novos leitos de UTI disponíveis para uso imediato da população e quais deles são destinados exclusivamente a pessoas com suspeitas de Covid-19. Pede ainda informações sobre os leitos de retaguarda que estão montados nos hospitais e a previsão para a criação dos novos leitos que já foram anunciados pelo governo, principalmente no Hospital da Polícia Militar (HPM), nos hospitais regionais Jessé Fontes (Estância) e Garcia Moreno (Itabaiana), e na antiga Maternidade Hildete Falcão Baptista, que está em reformas. Outra informação solicitada foi a previsão da construção de hospitais de campanha provisórios mantidos pelo estado, com o total e os tipos de leitos. 
O sindicato pede ainda que o Estado divulgue, em seus boletins diários, os números de pacientes confirmados com Covid-19 que estão internados em UTI, em enfermarias ou sob isolamento, além do número de casos novos diariamente confirmados para COVID-19. Para os médicos, "essa informação sinaliza como está a velocidade da contaminação e sua gravidade". A mesma atualização diária e seu detalhamento foi pedida em relação aos casos de síndrome sgripais, relativas a outros tipos de gripe e influenza, "pois serve como sinalização diante da escassez de exames para testagem de Covid-19".
O presidente do Sindimed, João Augusto de Oliveira, disse ao JORNAL DO DIA que a cobrança sobre esses dados já vem sendo feita desde março deste ano, quando os primeiros casos de coronavírus ainda estavam sendo confirmados em São Paulo e já se havia a previsão de um maior espalhamento da doença pelo país. "Falta uma estrutura organizada para enfrentarmos o aumento da demanda aqui em Sergipe. Pra se ter uma ideia, em marco, não se tinha nenhuma vaga disponível nas UTIs para a Covid-19.Me refiro aos leitos exclusivos, porque as áreas para coronavírus não podem ser misturadas com os pacientes de outras patologias, que vão continuar existindo", disse ele. 
O problema já foi mostrado pelo JORNAL DO DIA em reportagem da edição do dia 22 de março, quando repercutiu um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse estudo citou que Sergipe tinha aproximadamente 330 leitos de UTI, perfazendo uma média de 1,48 leito para cada 10 mil habitantes, que caiu para 1,01 leito no caso dos leitos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em razão desse diagnóstico, o governo estadual prometeu abrir 62 leitos de UTIs, com as reformas da Hildete e do HPM. "Vale ressaltar que o governo não queria fazer isso na época, porque julgava que isso não eram necessário e que ia ter um custo muito alto. Só fez isso porque todas as entidades médicas cobraram e convenceram o governo da necessidade que vamos ter quando o pico da doença chegar", frisou João Augusto. 
Segundo as informações já divulgadas pelo Estado e levantadas pelo Sindimed, a rede pública hospitalar de Sergipe tem hoje 30 leitos de UTI disponíveis para tratamento de pacientes graves com coronavírus, sendo 10 no Hospital de Cirurgia, 10 no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e 10 no Hospital Universitário de Lagarto (HUL). Quanto aos outros hospitais, o presidente do Sindicato diz que ainda não há uma previsão mais clara de quanto esses leitos ficarão prontos e disponíveis. No HU de Aracaju, restam ainda a implantação de insumos e de alguns equipamentos. O HPM chegou a ter sua estrutura divulgada em uma visita do governador, mas ainda não se tem previsão do total de leitos teremos lá. A mesma indefinição persiste quanto aos outros hospitais citados. 
"Falta ao Estado ser mais claro e transparente para a sociedade sobre qual a estrutura que teremos disponíveis para atender aos pacientes com coronavírus. Se o próprio prefeito da capital já nos disse em uma reunião que não sabe quando teremos essas UTIs, que dirá as entidades médicas. E as prefeituras, principalmente as do interior, precisam saber dessas informações, porque são elas que terão que mandar os casos mais graves para os hospitais do estado. É importante até mesmo para a sociedade saber se vai contar com a rede de saúde ou se convencer de vez sobre a importância do isolamento social, porque é o fato de as pessoas ficarem em casa que vai ajudar a diminuir o impacto desses casos nos hospitais", alertou Augusto. 
O próprio ofício do Sindimed ao governador é mais enfático nesse sentido: "Essas informações são altamente importantes para a emissão, com maior ou menor segurança, de recomendações acerca do isolamento/restrição social.Cabe ressaltar que a assistência à saúde à população em nosso Estado, Capital e interior, já era deficitário estruturalmente e com problemas organizacionais antesmesmo desta pandemia. Esperemos e cobraremos que muitos dos investimentos emergenciais sejam destinados a estruturar o sistema de saúde para uso da sociedade pós período de pandemia". 
O governo estadual informou que as respostas ao ofício do Sindimed serão encaminhadas em breve e garantiu que os dados solicitados são públicos e transparentes, estando eles disponíveis diariamente em seus canais de comunicação. 

A disponibilidade de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), exclusivos para a recuperação de pacientes com coronavírus, não está clara para os médicos e para as prefeituras que precisam enviar seus pacientes mais graves aos hospitais de grande porte, ou mesmo definir as suas regras de isolamento social. Esta é a avaliação do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), que enviou na quarta-feira passada um ofício ao governador Belivaldo Chagas com questionamentos sobre a real existência e estrutura das UTIs na rede estadual de saúde. O documento já foi repassado para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que deve entregar uma resposta formal ao sindicato ainda nesta semana. 
No ofício, o Sindimed pede esclarecimento sobre a quantidade de novos leitos de UTI disponíveis para uso imediato da população e quais deles são destinados exclusivamente a pessoas com suspeitas de Covid-19. Pede ainda informações sobre os leitos de retaguarda que estão montados nos hospitais e a previsão para a criação dos novos leitos que já foram anunciados pelo governo, principalmente no Hospital da Polícia Militar (HPM), nos hospitais regionais Jessé Fontes (Estância) e Garcia Moreno (Itabaiana), e na antiga Maternidade Hildete Falcão Baptista, que está em reformas. Outra informação solicitada foi a previsão da construção de hospitais de campanha provisórios mantidos pelo estado, com o total e os tipos de leitos. 
O sindicato pede ainda que o Estado divulgue, em seus boletins diários, os números de pacientes confirmados com Covid-19 que estão internados em UTI, em enfermarias ou sob isolamento, além do número de casos novos diariamente confirmados para COVID-19. Para os médicos, "essa informação sinaliza como está a velocidade da contaminação e sua gravidade". A mesma atualização diária e seu detalhamento foi pedida em relação aos casos de síndrome sgripais, relativas a outros tipos de gripe e influenza, "pois serve como sinalização diante da escassez de exames para testagem de Covid-19".
O presidente do Sindimed, João Augusto de Oliveira, disse ao JORNAL DO DIA que a cobrança sobre esses dados já vem sendo feita desde março deste ano, quando os primeiros casos de coronavírus ainda estavam sendo confirmados em São Paulo e já se havia a previsão de um maior espalhamento da doença pelo país. "Falta uma estrutura organizada para enfrentarmos o aumento da demanda aqui em Sergipe. Pra se ter uma ideia, em marco, não se tinha nenhuma vaga disponível nas UTIs para a Covid-19.Me refiro aos leitos exclusivos, porque as áreas para coronavírus não podem ser misturadas com os pacientes de outras patologias, que vão continuar existindo", disse ele. 
O problema já foi mostrado pelo JORNAL DO DIA em reportagem da edição do dia 22 de março, quando repercutiu um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse estudo citou que Sergipe tinha aproximadamente 330 leitos de UTI, perfazendo uma média de 1,48 leito para cada 10 mil habitantes, que caiu para 1,01 leito no caso dos leitos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em razão desse diagnóstico, o governo estadual prometeu abrir 62 leitos de UTIs, com as reformas da Hildete e do HPM. "Vale ressaltar que o governo não queria fazer isso na época, porque julgava que isso não eram necessário e que ia ter um custo muito alto. Só fez isso porque todas as entidades médicas cobraram e convenceram o governo da necessidade que vamos ter quando o pico da doença chegar", frisou João Augusto. 
Segundo as informações já divulgadas pelo Estado e levantadas pelo Sindimed, a rede pública hospitalar de Sergipe tem hoje 30 leitos de UTI disponíveis para tratamento de pacientes graves com coronavírus, sendo 10 no Hospital de Cirurgia, 10 no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e 10 no Hospital Universitário de Lagarto (HUL). Quanto aos outros hospitais, o presidente do Sindicato diz que ainda não há uma previsão mais clara de quanto esses leitos ficarão prontos e disponíveis. No HU de Aracaju, restam ainda a implantação de insumos e de alguns equipamentos. O HPM chegou a ter sua estrutura divulgada em uma visita do governador, mas ainda não se tem previsão do total de leitos teremos lá. A mesma indefinição persiste quanto aos outros hospitais citados. 
"Falta ao Estado ser mais claro e transparente para a sociedade sobre qual a estrutura que teremos disponíveis para atender aos pacientes com coronavírus. Se o próprio prefeito da capital já nos disse em uma reunião que não sabe quando teremos essas UTIs, que dirá as entidades médicas. E as prefeituras, principalmente as do interior, precisam saber dessas informações, porque são elas que terão que mandar os casos mais graves para os hospitais do estado. É importante até mesmo para a sociedade saber se vai contar com a rede de saúde ou se convencer de vez sobre a importância do isolamento social, porque é o fato de as pessoas ficarem em casa que vai ajudar a diminuir o impacto desses casos nos hospitais", alertou Augusto. 
O próprio ofício do Sindimed ao governador é mais enfático nesse sentido: "Essas informações são altamente importantes para a emissão, com maior ou menor segurança, de recomendações acerca do isolamento/restrição social.Cabe ressaltar que a assistência à saúde à população em nosso Estado, Capital e interior, já era deficitário estruturalmente e com problemas organizacionais antesmesmo desta pandemia. Esperemos e cobraremos que muitos dos investimentos emergenciais sejam destinados a estruturar o sistema de saúde para uso da sociedade pós período de pandemia". 
O governo estadual informou que as respostas ao ofício do Sindimed serão encaminhadas em breve e garantiu que os dados solicitados são públicos e transparentes, estando eles disponíveis diariamente em seus canais de comunicação. 

 

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