Os manifestantes cobram casas populares
Moradores de invasão ocupam prédio da Câmara de Vereadores
Publicado em 14 de maio de 2021
Por Jornal Do Dia
Após negociação liderada pelo presidente, vereador Nitinho Vitale (PSD), acompanhado da Comissão de Direitos Humanos, vereadores Pastor Diego (PP) e Pastor Eduardo Lima (Republicanos), manifestantes deixaram o prédio da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) de forma amigável e pacífica.
A ocupação ocorreu, nesta quinta-feira, no prédio sede da CMA, que se encontra interditado por reforma, surpreendendo os 24 vereadores no momento em que participavam de sessão legislativa remota, por força dos decretos de restrições adotados como medidas preventivas ao contágio do Novo Coronavírus.
O grupo, composto por cerca de 30 manifestantes, reivindicavam a intermediação dos vereadores para a aquisição de moradia popular junto à Prefeitura Municipal de Aracaju.
Como solução, os vereadores se comprometeram a apresentar um requerimento em regime de urgência para a realização de Audiência Pública com a participação da secretária Municipal de Ação Social, como forma de fazer chegar à administração a reivindicação dos populares.
O pastor Diego será autor do requerimento, que tramitará, em caráter de urgência, para realização de audiência pública no plenário virtual.
O presidente da Casa, Nitinho, que acredita no diálogo franco e honesto como importante instrumento de cooperação, pontuou que abrirá exceção realizando a audiência pública para que haja a construção desta ponte e vínculos dos manifestantes com o poder executivo.
O parlamentar Pastor Eduardo Lima (Republicanos), que também esteve presente pessoalmente na manifestação, reconheceu que a manifestação é um ato justo e democrático. Enquanto membro da Comissão de direitos humanos, Lima se soma para viabilizar o diálogo. O grupo de manifestantes faz parte do Movimento de Luta nos Bairros (MLB) e reivindica moradia para 200 famílias da Ocupação João Mulungu. Com a manifestação, embora não tenham procurado o parlamento antes, eles pedem que os vereadores apoiem o movimento e assinem uma proposta de Projeto de Lei (PL) que garanta o impedimento da reintegração de posse do prédio ocupado, localizado na Avenida Ivo do Prado, 74, desde novembro do ano passado.