Morte na Paraíba: delegado e policiais são ouvidos em audiência
Publicado em 06 de abril de 2021
Por Jornal Do Dia
Gabriel Damásio
Uma audiência de cus- tódia on-line foi reali- zada ontem com os três policiais sergipanos acusados pela morte do empresário paraibano Geffeson de Moura Gomes, 32 anos, que foi baleado durante uma abordagem policial no dia 17 de março deste ano, em Santa Rita (PB). Um delegado, um policial civil e um policial militar estão detidos na sede da Academia de Polícia Civil (Acadepol), em Aracaju, cumprindo uma ordem de prisão temporária expedida pela Justiça da Paraíba. Na capital sergipana, a audiência foi acompanhada pelos policiais suspeitos e seus advogados de defesa. Já em Patos (PB), um juiz plantonista presidiu a sessão, acompanhado por promotores do Ministério Público local.
De acordo com os advogados, a audiência durou cerca de 40 minutos e não discutiu o mérito do caso e a possível culpa dos policiais, mas se ateve apenas na legalidade das prisões e nas condições em que eles estão detidos. A defesa sustentou também que os sergipanos se apresentaram voluntariamente, assim que suas prisões foram decretadas, e têm colaborado com as investigações da Polícia Civil da Paraíba, que deve concluir o inquérito policial daqui a duas semanas.
O delegado e os policiais, que estavam a serviço do departamento de Narcóticos (Denarc) faziam diligências na região e, segundo as investigações, dispararam vários tiros contra o carro de Geffeson, que passava pela estrada a caminho de Cajazeiras, onde visitaria o pai. Na ocasião, os agentes sergipanos alegaram que a vítima estaria armada e teria reagido à abordagem dos policiais. Só que a família do empresário contestou e afirmou que ele não tinha nenhuma arma. A apuração da Polícia Civil paraibana não confirma a versão dos colegas sergipanos e apontou que houve crimes de execução e fraude processual. A defesa fiz que vai aguardar a conclusão do inquérito e ter acesso aos autos.