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Mudanças em Política Externa


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Publicado em 25 de novembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Saumíneo Nascimento

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Tive a oportunidade de ser convidado e participar de uma pesquisa do BRICS Policy Center em parceria com a Fundação Körber sobre o papel e a influência de potências médias emergentes.
Pelo que percebi na pesquisa, entendo que os resultados poderão refletir opiniões que direcionam agentes importantes no cenário internacional para adoção de novas medidas que viabilizem um mundo mais justo e melhor. Está claro que a Alemanha é a maior interessada nos resultados da pesquisa, pois a entidade julga que a opinião dos especialistas é importante para eles. Registro que a participação foi voluntária e espero ter contribuído para uma compreensão mais profunda das posições políticas na política internacional e suas causas – especialmente na Alemanha e nas potências médias emergentes.
De acordo com a Fundação Körber, o alargamento dos BRICS, o encontro do G20 na Índia e as diferentes posições sobre a guerra na Ucrânia realçaram a importância das potências médias emergentes, como o Brasil, a Índia e a África do Sul. E na pesquisa para mim ficou evidente que eles necessitam conhecer, de acordo com opinião de especialistas e/ou estudiosos do assunto, como é que estes países encaram as atuais mudanças de poder e como eles prevêem uma reforma do sistema internacional.
A pesquisa faz parte de um projeto da Iniciativa Körber de Potências Médias Emergentes (KEMP), e procura examinar como especialistas e decisores de alto nível na Alemanha, Índia, Brasil e África do Sul vêem o papel destes países no mundo.
Assim que sair os resultados da pesquisa, buscarei fazer uma análise dos resultados e compartilhar a visão da Fundação Körber sobre o assunto.
Assim, aproveitando o tema, abordarei adiante alguns pontos de política externa que entendo serem relevantes para reflexão dos brasileiros sobre a posição do país no mundo, bem como as repercussões existentes, especialmente em um mundo globalizado e interconectado.
Entre os principais temas trabalhados na Organização das Nações Unidas – ONU, abordo a questão da paz e segurança, e como referência descrevo adiante duas manchetes sobre conflitos em várias regiões do mundo:
Ataque em escola da ONU em Gaza causa dezenas de mortes – Bombardeio atingiu instalação no campo de refugiados de Jabalia, localizado no norte da Faixa de Gaza; chefe da Agência da ONU para refugiados palestinos afirma que há “imagens de dezenas de pessoas mortas e feridas”; local serve de abrigo para deslocados. Este é o atual conflito mais evidenciado e divulgado na mídia mundial, mas não podemos esquecer, acompanhar e entender diversos outros conflitos mundiais que continuam diminuindo o número de humanos em nosso planeta.
ONU teme aumento da crise e abusos no Sudão – Organização teve pedido de fechamento da missão política no país; onda de violência em Darfur registra execuções sumárias e milhares de deslocados; situação causada pelos confrontos entre forças do Exército e paramilitares já matou 6 mil pessoas. Infelizmente na África existem diversos conflitos vigentes e mais um exemplo é o que em Moçambique, em que a capacitação de radialistas enfatiza mensagens sobre paz em Cabo Delgado – trata-se de uma iniciativa da Unesco que faz parte de ação promovendo a aptidão de jovens e mulheres vivendo em áreas afetadas por ataques terroristas na província do extremo norte de Moçambique.
O que ocorre de fato é que estamos assistindo a um quebra-cabeça de guerras, é uma posição da ONU que particularmente concordo. A entidade internacional apontou que temos vários exemplos a citar, como: violações impunes no Sudão, instabilidade política no Sahel, violência contra mulheres na República Democrática do Congo, tensões que fizeram mais de 100 mil pessoas fugirem para a Armênia, criminalidade de gangues na América Latina e as 11 milhões de pessoas deslocadas na Ucrânia.
Precisamos ficar atentos e entender a preocupação do alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os refugiados, Filippo Grandi, ressalto que alertou para o fato de que cada nova crise empurra as anteriores para um perigoso esquecimento. Ele também aponta e destaca que conflitos brutais continuam sendo o principal motivo dos deslocamentos forçados e fez um desabafo, lamentando que a voz forte e unida do Conselho de Segurança, carregando a autoridade conferida pela Carta da ONU não está sendo escutada pelo mundo, pois entende que o órgão está em rivalidades e divisões.
Em minha visão vários pontos que possuem conexão com política externa precisam de nossa atenção, cuidar de refugiados, apoiar o caminho da paz entre as nações, lutar contra o terrorismo, proteger o meio ambiente e o clima, buscar um comércio internacional mais justo e equilibrado, reduzir as desigualdades mundiais, ajudaria muito a termos um mundo melhor.
No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores com a sua estrutura tem buscado contribuir com estes e vários outros temas que posicionam o país em um legado importante de transformação do mundo. Ressaltando que de acordo com o Itamaraty, a política externa brasileira para direitos humanos defende uma abordagem universal e não politizada.
E por fim, destaque-se que no Brasil, a Constituição Federal determina a prevalência dos direitos humanos como um dos princípios que devem reger as relações internacionais do país.

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