Centenas de militantes de movimentos sociais caminham no Centro de Aracaju, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Mulheres camponesas protestam na capital
Publicado em 10 de março de 2015
Por Jornal Do Dia
Juntamente com centenas de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e movimentos sociais, o deputado federal João Daniel (PT) participou da marcha realizada ontem, dia 9, na Jornada Nacional de Lutas da Mulheres em torno do Dia Internacional da Mulher, comemorado no domingo, dia 8. Este ano, o lema escolhido para a jornada foi "Mulheres em Luta: pela soberania alimentar, contra a violência e o agronegócio!".
Segundo o deputado, essa luta tem uma importância significativa porque, primeiro, resgata o dia 8 de março, data histórica de luta das mulheres trabalhadoras, e também porque o ato tem dado, todos os anos, uma perspectiva de força e unidade das mulheres trabalhadoras rurais do Brasil inteiro e, em especial, de Sergipe. "Não são só os direitos da mulher, mas, sim, a importância do papel da mulher na participação de poder da sociedade, seja nas instâncias dos movimentos sociais, dos movimentos de mulheres, no movimento sindical, nas colônias de pescadores e na questão política também", declarou João Daniel.
A Jornada Nacional de Lutas das Mulheres tem como pauta denunciar o capital estrangeiro na agricultura brasileira e as empresas transnacionais, chamando a atenção da sociedade do modelo destrutivo do agronegócio para o meio ambiente, a ameaça à soberania alimentar do país e a vida da população brasileira, afetando de forma direta a realidade das mulheres. Ao mesmo tempo, as camponesas apresentaram como alternativa o projeto de agricultura baseado na agroecologia, propondo a luta em defesa da soberania alimentar.
Em Sergipe, as mulheres seguiram em marcha desde a praça Fausto Cardoso, próximo à Assembleia Legislativa, passando por ruas da capital, encerrando a mobilização na sede da Superintendência Regional do Incra em Sergipe. Na ocasião foram apresentadas a pauta. Nela as mulheres pedem o fim da violência contra a mulher, esta que é a segunda principal causa de morte entre as mulheres; mais creches, com funcionamento em tempo integral e que atenda à demanda existente; mais participação na política.