Muriçocas invadem Aracaju e risco de dengue preocupa
Publicado em 25 de maio de 2013
Por Jornal Do Dia
Monique Oliveira
moniqueoliveira@jornaldodiase.com.br
A cidade está infestada de mosquitos, o que aumenta os riscos de dengue. Porém, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Gerência do Núcleo de Endemias/DIVEP/SES, esclareceu que a infestação do mosquito que está ocorrendo em Aracaju é de outra espécie (Culex), comumente conhecida por muriçoca. Portanto, os índices de infestação apresentados na capital sergipana, os quais avaliam a presença do Aedes aegypti, estão sob controle, com algumas exceções quando estratificado por bairro.
De acordo com a coordenadora da Gerência do Núcleo de Endemias, Sidney Lourdes César Souza Sá, com relação à dengue, de janeiro até 20 de maio deste ano, foram 699 casos notificados, 104 casos confirmados e nenhum óbito confirmado pela doença, o que resultou uma diminuição em relação ao ano de 2012.
Para continuar com a redução dos casos, a SES permanece com as ações de intensificação nos municípios que sinalizam risco. "Essas atividades estão sendo realizadas com os agentes da Brigada Estadual de Combate e Controle da Dengue; com trabalhos educativos nas escolas e a aplicação de UBV (Fumacê) sempre que há necessidade", colocou a técnica, ressaltando que o controle do vetor feito pela aplicação espacial de Ultra Baixo Volume (UBV), não deixou de ser feito em nenhum momento.
"Esta é uma ação realizada, dentre outras, para se controlar o vetor em sua fase adulta. É uma ação especifica da eliminação das fêmeas de Aedes aegypti e deve ser utilizada somente para bloqueio de transmissão e para o controle de surtos e epidemias, isso não é o caso do Estado de Sergipe, pois os números mostram a situação atual. Essa ação integra o conjunto de atividades emergenciais adotadas nessas situações e seu uso deve ser concomitante com todas as demais ações de controle, principalmente a diminuição de fontes de mosquito", explicou Sidney Sá.
A coordenadora alertou que a população deve ficar atenta aos sintomas e aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito, principalmente neste período chuvoso. "Os cuidados são sempre os mesmos, ou seja, as medidas preventivas para evitar a presença do aedes são o não acúmulo de água parada em locais onde o mosquito possa se reproduzir, como pneus, vasos de plantas, garrafas, lavanderias, etc. Já com relação aos sintomas, a febre e a dor de cabeça são sintomas iniciais de qualquer virose e a dengue não é diferente das demais, portanto, a população tem que ficar atenta a esses sintomas e procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência para que o médico possa acompanhar no tratamento", salientou.
Apesar da redução no número de casos de dengue em Sergipe (a incidência da dengue no estado é de 18,6 casos para cada 100 mil habitantes, dado que representa uma das menores taxas do país), a Secretaria de Estado da Saúde alerta a população para ter cuidado redobrado, principalmente com a chegada do período chuvoso.