Não há táxi adaptados para pessoas com deficiênciaMilton Alves Júnior

Após oito anos de procedimento judicial, o estado de Sergipe permanece dispondo menos de 10% da frota de táxis adaptados para acomodar pessoas com deficiência. O início desta ação foi protagonizado pelo Ministério Público Estadual (MPSE), e amparado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), no ano de 2022. Esta semana, o órgão de fiscalização oficializou que, apesar da exigência direcionada para a prefeitura de Aracaju, por intermédio direto da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), a ordem permanece sem ser respeitada. Até o início da noite de ontem o JORNAL DO DIA não recebeu contraponto por parte da administração municipal.
Paralelo à ausência de monitoramento e cobrança por parte da estrutura municipal, motoristas e proprietários de táxis alegam que o alto investimento necessário para adaptar o veículo contribui para que a existência seja desrespeitada; essa deliberação judicial é amparada ainda pelo poder legislativo da capital sergipana. Em conversa com o JD, Franklin Monteiro dos Santos defende a oferta de condições por parte do poder público para que esta norma seja gradativamente respeitada. Ele destacou ainda a importância do MPSE neste encaminhamento defendido pela classe trabalhadora.
“Essa oferta mínima não está sendo respeitada por um conjunto de fatores, a verdade é essa. O número de passageiros caiu muito, mais de 80% desde que os transportes de pessoas por aplicativo começaram a funcionar em nosso estado, além disso o custo para essa adaptação é muito alto e ainda por cima não tem fiscalização. Se continuar desta forma, sem o apoio da prefeitura, por exemplo, pode ter certeza que a ordem vai atingir dez anos que foi deliberada e não estará sendo cumprida”, disse. Caso a administração municipal deseje apresentar contrapontos sobre esta decisão judicial, o JD se compromete a conceder direito de resposta na edição posterior aos possíveis respectivos esclarecimentos.