Sexta, 24 De Janeiro De 2025
       
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Negão no Senegal


Publicado em 20 de junho de 2018
Por Jornal Do Dia


Senegal dá show, dentro e fora de campo

 

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Se as torcidas nos es-
tádios da Rússia di
zem algo sobre o país dos times em campo, o cantor e compositor Chico César acertou em cheio. No Senegal, ser negão certamente é o maior barato.
A República do Senegal, descubro durante a partida contra a fria Polônia, embate promovido pela Copa do Mundo, é lugar de cores fortes e tambores vibrantes. E a sua alegria, a mesma do Olodum, anima de novo o coração aculturado dos brasileiros.
Verdade seja dita: O Brasil de Pelé e Garrincha não entra em campo há muitos anos. Mesmo agora, quando há esperança razoável de sucesso no torneio, falta à seleção de Tite o toque do gênio. Um cronista esportivo teria a obrigação de lembrar a inteligência redentora de Philippe Coutinho. Eu invejo o salário milionário de Neymar e lamento o seu penteado.
Não bastasse o futebol acanhado, estritamente pragmático, completamente alheio à potência do futebol arte, a brava gente também faz feio fora de campo. O vídeo da buceta rosa (o leitor me desculpe o vocabulário de menino sem pai nem mãe) é o único feito verde e amarelo de repercussão nas vastidões sob o domínio de Putin. O investimento milionário realizado pelo Ministério da Cultura no evento esportivo não deu conta de proclamar a sensibilidade brazuca e a Casa Brasil na Rússia permanece de portas fechadas (nota do MinC nesta página). 
Só a falta de educação tupiniquim falou grosso, até agora. Gilberto Gil levou bolo e o camisa 10 da seleção não dá dois passos dentro de campo, derrubado pelo próprio topete. A essa altura do campeonato, resta à torcida canarinho apelar para os laços da cultura e da história. Senegal dá show, dentro e fora de campo. A pátria de chuteiras tem muito o que aprender com a Mama África.

Se as torcidas nos es- tádios da Rússia di zem algo sobre o país dos times em campo, o cantor e compositor Chico César acertou em cheio. No Senegal, ser negão certamente é o maior barato.
A República do Senegal, descubro durante a partida contra a fria Polônia, embate promovido pela Copa do Mundo, é lugar de cores fortes e tambores vibrantes. E a sua alegria, a mesma do Olodum, anima de novo o coração aculturado dos brasileiros.
Verdade seja dita: O Brasil de Pelé e Garrincha não entra em campo há muitos anos. Mesmo agora, quando há esperança razoável de sucesso no torneio, falta à seleção de Tite o toque do gênio. Um cronista esportivo teria a obrigação de lembrar a inteligência redentora de Philippe Coutinho. Eu invejo o salário milionário de Neymar e lamento o seu penteado.
Não bastasse o futebol acanhado, estritamente pragmático, completamente alheio à potência do futebol arte, a brava gente também faz feio fora de campo. O vídeo da buceta rosa (o leitor me desculpe o vocabulário de menino sem pai nem mãe) é o único feito verde e amarelo de repercussão nas vastidões sob o domínio de Putin. O investimento milionário realizado pelo Ministério da Cultura no evento esportivo não deu conta de proclamar a sensibilidade brazuca e a Casa Brasil na Rússia permanece de portas fechadas (nota do MinC nesta página). 
Só a falta de educação tupiniquim falou grosso, até agora. Gilberto Gil levou bolo e o camisa 10 da seleção não dá dois passos dentro de campo, derrubado pelo próprio topete. A essa altura do campeonato, resta à torcida canarinho apelar para os laços da cultura e da história. Senegal dá show, dentro e fora de campo. A pátria de chuteiras tem muito o que aprender com a Mama África.

 

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