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No mundo globalizado em disputa a luta cultural existe e é de classes


Publicado em 13 de março de 2025
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

Assim como nas passarelas da Sapucaí e do Anhembi, só para resumir o que se vê nos territórios de duas palavras indígenas, transformadas em vitrines do capitalismo ao gosto dos da Faria Lima, mesmo lá, no que aparenta predominância de sua ausência, ficou claro que no julgamento da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, ela estava no comando e o carnavalesco global Paulo Barros tinha cantado a pedra filosofal e a Vênus Platinada dona do evento acatou, passou o recado e deu Beija Flor de Nilópolis, seguida de Acadêmicos do Grande Rio.
Só para lembrar que esta gente manda e quer obediência, o carnavalesco do pensamento embranquecido proferiu uma asneira do tamanho da burrice em voga dizendo que os enredos que resgatam as histórias das culturas e ancestralidades religiosas Afrodescendentes, são todas iguais e ninguém entende nada; ou seja, o que o pensamento branco diz não entender, o pensamento preto não pode ser dito.
E o resultado final levantou dúvidas se o sentimento do corpo de jurados era de que; sendo todas as escolas iguais a Beija Flor de Nilópolis, por sua origem e tradição, era mais igual que as outras.
Se no mundo da exuberância cultural dos desfiles há interesses além da garra e dos compromissos de nações que se jogam de corpo e mente nas afirmações de suas raízes culturais e, de estarem tão concentradas e não perceberem as sutilezas; nas moitas, espalhadas pelos camarotes estão analistas que erram, profissionalmente, 95% das previsões econômicas que afetam essa gente humilde para que ela não perceba a própria submissão a um domínio ideológico sofisticado.
Exemplo; os porta-vozes do deus mercado muito bem pagos aplaudem os que orgulhosamente exibem suas culturas em forma de arte e, com certeza, lá dos seus luxuosos camarotes, promovendo o Apartheid social mandam a falsa mensagem: #estamos juntos!
Eles também são artistas e dos bons, e dos bons, na arte de misturar no meio do povo enquanto mantém as bancadas do boi, da bíblia e da bala no congresso nacional votando sempre contra o povo, em um carnaval que não exige sacrifícios dos atores, apenas que saibam fingir fazer o bem, quando se esmeram para fazer o mal, sob os aplausos da mídia hegemônica e sócia nos lucros.
É bom lembrar que são eles que compõem o bloco carnavalesco o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil, uma marchinha que está ficando em desuso; sem perceberem que o país vendido como 1ª maravilha do mundo já apresenta acentuado declínio com alastramento da pobreza no estado mais rico do país mais rico do mundo.
Pois é, lá no estado da Califórnia milhões de pessoas vivem na extrema pobreza, que o Brasil já erradicou uma vez, seus seguidores deram um golpe que causou retrocesso, mas no momento, ela está sendo erradicada outra vez.
Lá na Califórnia moram pior que em muitos lugares pobres do mundo e tem cidades com ruas dominadas por prostitutas, gangs de tráfico de drogas com trabalhadores vivendo precariamente em barracos e até carros velhos que chamam de lar.
Por lá também vivem foragidos brasileiros que tentaram dar um Golpe de Estado no Brasil e se humilham publicamente pedindo intervenção no próprio país a um cara que não está sabendo cuidar do país dele.
As boas notícias que veem de lá são documentos secretos do governo que expõem toda carnificina praticada nos governos dos generais, inclusive na do avô de cúmplice da família Bolsonaro que se esconde por lá, sem levar em conta que na história da humanidade todos os impérios abandonaram os traidores.
Os saudosistas de 1964 não conseguem diferenciar aquele momento com o atual onde a correlação de forças externa mostra aliados fortíssimos colocados ao lado do Brasil e, internamente, um presidente reconhecido como estadista pelos grandes blocos que se movimentam no mundo e uma suprema corte alinhada em defesa da Constituição Federal.
As últimas notícias por aqui dão conta de que o real teve o melhor desempenho frente ao dólar entre 32 países, o BNDES cresceu 20,5% em 2024, com lucro de R$ 26,4 bilhões para financiar o desenvolvimento econômico e que já está sendo preparada uma cela para receber Jair Messias Bolsonaro.

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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