PF prende dois suspeitos de envolvimento com furtos em bancos

A Polícia Federal realizou ontem a segunda fase da operação Pesca Urbana, que investiga uma organização criminosa especializada em furtos em Terminais de Autoatendimento de agências da Caixa Econômica Federal e de outras instituições financeiras. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva, 34 mandados de busca e apreensão e medidas assecuratórias para bloqueio de bens. Em Aracaju, duas pessoas foram presas, em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul (JFRS). Os detalhes das prisões não foram divulgados, mas segundo informações, elas dizem respeito a alguns crimes do tipo que já aconteceram em agências bancárias da capital sergipana.

Além de Sergipe, os mandados foram cumpridos nos estados de São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Espírito Santo. As apurações iniciaram em janeiro de 2021, a partir do ataque da organização criminosa a nove agências da Caixa Econômica Federal na Serra Gaúcha, resultando na deflagração da primeira fase da Operação Pesca Urbana (23/4/21).Após a deflagração da primeira fase da Operação, a organização criminosa prosseguiu com ataques a agências da Caixa nas regiões da Grande Porto Alegre, do litoral do Rio Grande do Sul e em outros estados da Federação.

Somente em 2021, 545 ocorrências vinculadas à organização criminosa foram registradas em unidades da Polícia Federal em todo o Brasil.Além de prender integrantes da organização criminosa, o objetivo da PF foi apreender novos elementos de provas e de bens adquiridos com o produto dos crimes para ressarcir os prejuízos causados. Até a deflagração de hoje, 49 pessoas envolvidas com a organização criminosa já haviam sido presas em flagrante por furto a agências bancárias em diversos estados brasileiros.Os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, organização criminosa e outras práticas criminosas que venham a ser identificadas na sequência das investigações.

O grupo é investigado pelas unidades da Polícia Federal em Caxias do Sul (RS), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Palmas (TO), Maringá (PR) e Aracaju (SE). As investigações contaram ainda com o apoio da Força-tarefa de Segurança Pública da Polícia Federal em Uberlândia (MG) e com a colaboração da Superintendência Regional de São Paulo. A operação foi denominada Pesca Urbana em razão do sistema utilizado pelo grupo criminoso para “fisgar” envelopes com valores depositados em terminais de autoatendimento de agências bancárias.