Dados alarmantes
Mediante o crescimento da violência no país, no último dia 27 de outubro governadores de todo o país se reuniram para discutir o tema “Segurança e Controle das Fronteiras: Narcotráfico, uma emergência nacional”. O encontro aconteceu em Rio Branco, no Acre, com as presenças ainda dos ministros Raul Jungmann (Defesa), Torquato Jardim (Justiça), general de Exército Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores).
Presente ao encontro, o governador Jackson Barreto (PMDB) pontuou a necessidade de uma política nacional integrada para conter o tráfico de drogas e de armas. “Estou aqui buscando soluções para os maiores problemas do meu estado: o tráfico de drogas e armas. O Brasil não produz armas e drogas e somos, hoje, grandes consumidores”, chegou a afirmar.
Na oportunidade, JB disse que a segurança hoje está enxugando gelo por haver grandes apreensões de drogas, mas não se conseguir conter o tráfico. Ressaltou que esperava do encontro que o governo federal assuma sua responsabilidade com as fronteiras do Brasil e propôs criar um fundo de segurança, com a participação de todos os estados.
Durante o evento, foi proposto a criação do Sistema Nacional de Segurança Pública, como existe no país o Sistema Único de Saúde, o SUS. Também foi feita uma Carta, documento que pactua uma união institucional urgente necessária pela segurança pública no País, que será apresentada ao presidente Michel Temer.
Ontem, três dias após a realização do encontro de governadores para discutir o crescimento da violência no país, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou mais um dado alarmante: em 2016, o Brasil registrou 61.619 mortes violentas, o equivalente a um aumento de 3,8% com relação a 2015. É o maior número de homicídios da história do país, já que os dados revelam que sete pessoas foram assassinadas por hora no ano passado.
O mais lamentável é que Sergipe lidera o ranking de mortes violentas no país: são 64 mortes por 100 mil habitantes. Em segundo lugar está o Rio Grande do Norte, com 56,9 e em terceiro Alagoas, com 55,9, que por muitos anos tinha o título de estado mais violento do país. Aracaju é a capital mais violenta do país, com 66,7 assassinatos por 100 mil habitantes; depois vem Porto Alegre, com 64,1; e em seguida Belém, com 64.
Esses números são mais um desgaste político para o governador Jackson Barreto (PMDB), que avalia que o crescimento da violência é de responsabilidade do governo federal por não fechar as fronteiras do país, possibilitando que drogas e armas entrem de rodo no Brasil.
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Alfinetando o governo 1
O fato de Sergipe e Aracaju aparecerem liderando o ranking de mortes violentas no país, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, levou o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) a voltar a alfinetar o governo nas redes sociais. Disse o parlamentar, hoje maior desafeto político do governador Jackson Barreto (PMDB): “A taça da violência é nossa, infelizmente. Sergipe e Aracaju lideram a lista de mortes violentas no Brasil”.
Alfinetando o governo 2
Valadares também usou a tribuna do Senado para criticar o governo por esses números. “Sergipe já foi considerado o estado que mais crescia no Nordeste. Hoje, o que se vê é o descrédito da população em relação ao governo do estado, devido ao aumento da criminalidade e a atrasos na folha de pagamento, que humilham os sergipanos perante a nação”.
Alfinetando o governo 3
Disse ainda o senador: “Essas cifras tão alarmantes simbolizam, acima de tudo, o descompromisso de um governo que praticamente abandonou as ações prioritárias no campo da educação, da saúde, da segurança pública, e passou a se preocupar única e exclusivamente com as eleições do próximo ano”.
Ponto de vista 1
Do presidente estadual do PT, Rogério Carvalho, ao ser questionado durante reunião com lideranças políticas em Estância, no último sábado, sobre as críticas constantes do senador Valadares ao governador Jackson Barreto: “O futuro de Sergipe não pode ser a fofoca”.
Ponto de vista 2
De Rogério ao ser indagado sobre o rompimento da tendência interna do PT, a Articulação de Esquerda, a ponto de não apoiar o candidato a governador de JB, de lançar o nome do professor Dudu, presidente da CUT, ao governo em 2018: “Essa é uma posição isolada da Articulação de Esquerda. O PT não rompeu com Jackson e aguarda o Encontro Estadual para definir os rumos do partido nas eleições 2018”.
Sonho de alguns
Em conversa com a coluna, um aliado do governador Jackson Barreto disse que a chapa majoritária governista para ganhar em 2018 seria: Belivaldo Chagas (PMDB) – governador, Eliane Aquino (PT) – vice-governadora, e para senador Jackson Barreto (PMDB) e Heleno Silva (PRB). Disse saber ser difícil essa chapa ser acatada pelo fato de já ser consenso no PT o nome de Rogério Carvalho na majoritária e que Eliane já está contemplada como vice-prefeita de Aracaju
Relato
Quando esteve recentemente em Terezinha, no Piauí, sendo homenageado com a Medalha da Ordem do Mérito Renascença, o governador Jackson Barreto conversou com os governadores Wellington Dias (PI) e Fernando Pimentel (MG) sobre salário dos servidores. Perguntou se eles estavam pagando o salário com atraso e ouviu que não. Ao perguntar em que dia pagavam ouviu que dia 10 ou 12 do mês subsequente sem maiores problemas e respondeu que em Sergipe era “crucificado” por pagar também nesse período. JB vem contando isso a muita gente, inclusive à coluna, como uma forma de mostrar que é muito injustiçado.
Otimista com pré-candidatura
O ex-deputado federal Mendonça Prado está empolgado com a sua pré-candidatura ao governo do estado em 2018. “A nossa pré-candidatura tem apenas 15 dias, mas já começa a ficar mais robusta que as demais. Isso é a força do povo que exige seriedade”, afirma, enfatizando que o PPS não quer um governo de invencionices ou de promessas inexequíveis, o que se pretende é simplesmente botar o que se tem para funcionar.
Às barras da Justiça
Ontem, na tribuna da Assembleia Legislativa, o líder da oposição, deputado estadual Georgeo Passos (PTC), anunciou que ingressou na Justiça com mandados de segurança contra os secretários Almeida Lima (Saúde) e Zezinho Sobral (Inclusão Social) por não receber respostas para reiterados ofícios solicitando informações das secretarias. “São informações públicas e que deveriam ser disponibilizadas para que o nosso gabinete faça a devida fiscalização”, justificou.
Curso a distância
O deputado federal Valadares Filho (PSB) está negociando com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que é também Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, a possibilidade de sergipanos fazerem alguns cursos à distância, na Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Entre os cursos estão: Engenharia da Computação, Engenharia de Produção, Licenciaturas em Biologia, Física, Matemática, Química e Pedagogia.
A novela Uber 1
O Senado deve votar hoje o polêmico projeto de lei sobre o serviço dos dois principais aplicativos de transporte individual de passageiros: Uber e Cabify. Ele exige que os apps, incluindo 99 e Easy, usem placas vermelhas em seus carros, a exemplo dos táxis, e não trafeguem fora dos municípios onde estejam registrados. O projeto foi aprovado na Câmara e se passar no Senado vai à sanção do presidente Michel Temer.
A novela Uber 2
Ontem, os Uber em Sergipe fizeram protesto na orla de Aracaju contra essa lei, que tramita em regime de urgência no Congresso Nacional. Depois saíram em carreata até o centro da cidade. A categoria já batizou o projeto como a “Lei do retrocesso”. No estado já tem cerca de 3 mil pessoas desempregadas trabalhando como Uber.
Veja essa...
Igrejas e entidades religiosas devem R$ 920 milhões à Receita Federal e à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em impostos e tributos. Quase 60% dos R$ 799 milhões cobrados pela Receita são por contribuições previdenciárias não pagas. No início deste mês, durante a deliberação do texto-base do Refis, os deputados aprovaram uma emenda que perdoava dívidas dessas entidades, mas que foi derrubada quando a proposta chegou ao Senado.
CURTAS
Vários políticos participaram no domingo, em Ribeirópolis, da procissão do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro do município. Entre eles, o governador Jackson Barreto, o vice Belivaldo Chagas, o presidente da Assembleia Luciano Bispo, os deputados federais Fábio Mitidieri e Valadares Filho, e o ex-deputado federal José Carlos Machado.
O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) não conseguiu pagar o salário de outubro de todos os servidores dentro do mês, como vinha fazendo. Paga hoje aos servidores estatutários da administração direta, da Saúde e da Educação; no dia 8 de novembro aos estatutários da administração indireta (empresas e fundações) e dos cargos comissionados; e no dia 13 aos aposentados e pensionistas.
Também hoje governo do Estado inicia o pagamento de servidores, referente ao mês de outubro. Recebem os professores lotados em escolas e servidores do Sergipe Previdência, Segrase e Ipesaúde. Os demais servidores e aposentados devem receber seus salários entre os dias 10 e 12.
A Assembleia Legislativa tem dois deputados estaduais atletas e que correm 5 km nas corridas de rua: Goretti Reis (PMDB) e Moritos Matos (Pros). No último sábado os dois parlamentares participaram da corrida Outubro Rosa, promovida pela AMO.
O presidente Temer teve alta no início da tarde de ontem após ser submetido a uma cirurgia urológica para desobstrução da uretra e retirada de sonda vesical, na sexta-feira (27). O seu médico, Roberto Kalil Filho, é o mesmo que acompanhou o ex-governador Marcelo Déda no Sírio Libanês.
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Vários prefeitos sergipanos participaram ontem, em Aracaju, do III Encontro de Gestores Públicos de Sergipe e da segunda edição do projeto “FNDE em Ação”, promovido pelo deputado federal André Moura (PSC), líder do governo no Congresso.
Segundo André, o evento é estratégico para as prefeituras, pelo fato de muitas vezes os municípios deixarem de obter verbas do Governo Federal em razão de pequenas pendências e até mesmo desconhecimento dos procedimentos burocráticos. “Meu intuito, ao trazer pela segunda vez o ‘FNDE em Ação’ a Sergipe, é contribuir para resolver essas questões e garantir o máximo de recursos possíveis aos nossos municípios”, declarou.
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