Sábado, 18 De Janeiro De 2025
       
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O BACALHAU AZEDO DE MICHEL TEMER


Publicado em 30 de março de 2018
Por Jornal Do Dia


Azedou, antes mesmo da Páscoa, a ba-calhoada do presidente Temer. A pri-são dos seus amigos e parceiros, um deles há mais de 50 anos, o advogado Jose Iunes, é, com certeza, o resultado de provas já encontradas nos extratos das contas bancárias deles, e do próprio presidente, que foram todas vasculhadas minuciosamente pela Policia Federal.

Essas ligações suspeitíssimas de Temer com negócios suspeitíssimos no porto de Santos, são coisas antigas, muito bem conhecidas, e que circulam tanto nas altas rodas políticas, como nos comentários sestrosos dos botequins frequentados pelo pessoal das docas. A velha estória é bem conhecida, contada e recontada em variadas versões. Chega-se a dizer, até, que a carreira política de Michel Temer, é o resultado dos interesses de empresas que lidam com o negócio rendoso dos armazéns de cargas no maior porto do país. Esses negócios, dizem, estão solidamente na base da carreira política do hoje presidente, antes sempre eleito deputado federal, nunca com votações expressivas. Quando Lula foi buscá-lo, para que Temer se tornasse o vice de Dilma Roussef, ele conhecia mais do que ninguém o exato teor daquelas estórias, sabia, também, que a própria figura de Temer não era atrativa para o eleitor, mas Temer tinha a rara capacidade de juntar as facções do PMDB, o maior partido do Brasil,e de possuir uma das chaves que abrem, para alguns privilegiados, os acessos aos tão disputados dinheiros públicos, e  também às senhas para entrada no labirinto das relações cofres públicos – empresas privadas. Coisas que se configuram como as conversas palacianas noite adentro, ou em banquetes palacianos com empresários como Joesley Batista,  e Marcelo Odebrecht. Se uma mala só, tendo 500 mil reais dentro,  ¨não é prova de nada¨, na frase do ex-diretor da Policia Federal e que lhe assegurou, na desgraça da queda vergonhosa, a compensação de um ¨dolcefarniente ¨ na embaixada romana, o que se enxergaria, claramente, nos extratos bancários pesquisados pela Federal, seria a fotografia sem retoques das ¨liassonsdangereuses ¨, aqui, apenas parafraseando o romance de Duclos, traduzido ao pé da letra para o nosso português, como ligações perigosas. O romance se desenrola em torno de relações amorosas, margeando o crime passional.

No caso das ligações perigosas, estabelecidas em torno dos negócios no porto de Santos, agora, com o coronel Lima preso, o advogado Yunes da mesma forma, e mais ainda do ex-ministro Wagner Rossi e do empresário Celso Grecco, o dono da indigitada empresa portuária Rodrimar, as consequências estarão efetivamente listadas no texto do Código Penal. Quando elas forem reveladas, Temer poderá ter, contra ele, uma terceira investigação, que dessa veznão conseguirá deter na Câmara dos Deputados.
O Fora Temer, agora, não seria apenas um grito de revanchistas, mas, uma ponderação sóbria e sensata a ser transmitida ao Presidente, do qual se espera que tenha ouvidos para ouvir o que dele pensam os brasileiros.

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