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O BRASIL PRESTES A DAR O GRANDE SALTO


Publicado em 17 de abril de 2025
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

 

O jornalista, escritor e teatrólogo Nelson Rodrigues, entre suas verdades absolutas um dia profetizou; do jeito que a coisa vai, um dia seremos governados por idiotas. Não que tenham capacidade, mas, por serem muitos. No caso, maioria. Assim previu Nelson; assim provou o Brasil.
Claro que não foi do dia para a noite. Foi uma meticulosa construção das forças reacionárias que, por décadas, tentavam colocar um deles no poder.
Fato é que conseguiram com o pior de todos; Jair Messias Bolsonaro, ungido por um feixe de ideias retrogradas e negacionistas, arquitetadas na antipolítica, pelo fascismo civil, nas forças armadas e por dentro do judiciário.
Mesmo e apesar do clamor despertado pelo filme “Ainda Estou Aqui”, continua visível o sentimento cultural enraizado de deixar para lá crimes hediondos, praticados pelas elites e a mando delas e que está muito nas entranhas de um povo, pacato e ordeiro, de um país chamado Brasil.
É triste ver e escutar tanta gente boa a aceitar Anistia para criminosos pátrios em nome de um falso sentimento dito cristão, de pacificar o país.
É inaceitável que figuras públicas respeitadas e respeitáveis embarquem na canoa furada de perdão para a bandida Débora Rodrigues, condenada a 14 anos e meses de prisão sob a alegação de que todo o crime dela se resume a ter pichado na estátua da justiça a frase “perdeu mané” com seu batom vermelho, no dia 8 de janeiro de 2023. Cretinismo puro ou, inocência útil?
Mesmo que não tivesse praticado os 5 crimes graves tipificados nas denúncias, vejamos um caso de pichação praticado na ditadura militar em 1965, quando a jovem Jacinta Passos, poeta e jornalista ousou pichar o muro de sua casa com a frase “Liberdade à Pátria”.
Pois é, diferente de Débora que praticou crimes inafiançáveis em plena democracia e está sendo julgada ao rigor da lei; Jacinta foi presa pelo exército, passou 6 anos internadas em uma clínica psiquiátrica e morreu sob torturas em plena sessão de tomada de choques elétricos, em 1973, tendo como algoz o coronel Brilhante Ustra, o mesmo que o então deputado federal Jair Bolsonaro exaltou ao dar seu voto pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, reafirmando como sendo o terror dela.
O caso de Débora Rodrigues jamais poderá ser defendido por quaisquer pessoas que se calaram, calam ou minimizam seus crimes, se referindo apenas ao ato de deboche da criminosa.
Por favor, gente; não se rebaixem tanto ante uma crueldade tão desumana praticada contra quem com sua consciência juvenil queria uma pátria livre, pedindo perdão para quem deseja a volta do estado de terror que matará pela tortura tantas jovens quantas ousem lutar por uma pátria sob o império da liberdade.
Jacinta Passos jamais teve direito à defesa, enquanto a pichadora de batom goza do direito da aplicação da lei, após submetida a um justo julgamento para punir criminosos golpista, à luz do mais amplo acompanhamento da imprensa livre.
Débora Rodrigues, pajeada pelos incrédulos como uma santinha do pau oco, não é merecedora de qualquer anistia, por mais reduzida que pensem aplicar, visto que, todos e todas as anistiadas do passado, voltaram a praticar os mesmos crimes contra a democracia e ela praticou 5 crimes graves; 1) Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito; 2) Golpe de Estado; 3) Dano Qualificado; 4) Associação Criminosa; 5) Deterioração do Patrimônio Público.
É preciso que as pessoas realmente de bem desta Nação entendam e divulguem que o Brasil é o país onde se consome mais notícias falsas no mundo, fenômeno que está na origem das crises sucessivas criadas pela burguesia por não admitir que se torne protagonista no mundo globalizado.
Mesmo contra a vontade deles, o grande salto que está prestes a ser dado é o da desdolarização como fator de estabilização mundial, comandado por aquela mulher tirada pela acusação de um crime que não praticou e que dirige um dos maiores bancos do mundo. Ela mesma; Dilma Vânia Rousseff.
Entretanto, as forças progressistas da sociedade civil têm que ficar prevenidas porque há uma ameaça muito clara dos da Faria Lima através do banqueiro Armindo Fraga em uma palestra organizada por estudantes brasileiros de Havard e do MIT, sendo taxativo ao dizer que o salário mínimo tem que ser congelado por 6 anos que segundo ele equivaleria a 3% do PIB na redução dos gastos do governo.

 

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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