Sexta, 08 De Dezembro De 2023
       
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O canto livre de Antônio Teles


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Publicado em 11 de novembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Retrato de uma época (Divulgação)

Rian Santos
 
Henrique Teles, aqui sempre evocado em  função do trabalho autoral realizado com a banda Maria Scombona, é também um filho orgulhoso do seresteiro Antonio Teles. Assim, as lacunas rasgadas na memória da noite sergipana o ferem e o ofendem pessoalmente.
O legado de um artista, no entanto, ultrapassa os laços de sangue. Esta é uma herança compartilhada com uma população inteira.
Os cabarés, as serestas, o beco dos cocos, a boemiaserigy, em suma, tudo isso éHistória, mas carece de registro. Virado em arqueólogo, a sua mais nova faceta, às voltas com jornais do século passado e rolos de fita K7, Henrique Teles está empenhado em resgatar a voz da noite sergipana, a bem da aldeia inteira.
 
A época de ouro da boemia sergipana – A época de ouro da boemia e seresta aracajuana será revivida neste sábado, 11, a partir das 20h, no Café da Gente Gastronomia (anexo ao Museu da Gente Sergipana). Além de apresentar as clássicas e sentimentais canções do gênero, o show marca o lançamento do projeto “Antônio Teles e a  Boemia Aracajuana”, em homenagem ao seresteiro que, com sua voz, marcou as noites, serenatas ao luar, a TV e o rádio sergipano. 
O repertório será apresentado pelo Grupo Brasileiríssimo, com participações especiais nas belas vozes de Paulo Leal, Silvina e Paulo Teles – irmão do homenageado.
Durante o show, será lançada a campanha idealizada por seu filho e também músico Henrique Teles (Maria Scombona, trio Crav&roza). O projeto prevê o tão esperado primeiro disco do seresteiro, que ele não pôde lançar em vida. Intitulado “Meu Canto é Livre”, o álbum terá a voz original de Antônio Teles, extraída de antigos registros, com novos arranjos feitos pelo maestro James Bertisch, com base instrumental do Grupo Brasileiríssimo. 
Uma longa espera que valeu a pena: “Durante quase 40 anos guardei uma fita K7 e os vídeos deixados por Antônio Teles com o sonho de um dia transformar aquilo em álbum”, conta o filho.
O projeto também prevê a produção de documentário sobre a vida do músico e a história boêmia de Aracaju à época, com o surgimento do rádio, segmento em que Antônio Teles teve grande notoriedade, e da TV. 
“Paralelo à gravação do disco, juntamos todo o material histórico, com pesquisas e entrevistas para o documentário, retratando a sua história, que se confunde com a própria história do rádio sergipano, onde Antônio Teles atuou por longo período. E também registros históricos do seu programa TeleSaudade, na TV Aperipê, com nomes consagrados da música, como Djalma, João Melo, Carnera, Luiz Ouro e outros”, completa Henrique Teles.
 
O show – O Grupo Brasileiríssimo apresentará ao público belas interpretações de chorinho, seresta e bolero. No repertório, clássicas canções como “Naquela Mesa”, “As rosas não falam”, “Começaria tudo outra vez”, “Quando eu me chamar saudade”, “Odeon”, “Tico tico no fubá” e “Brasileirinho”. A noite contará com participações especiais do médico e músico Paulo Leal e da cantora Silvina.
Outra participação especial será do irmão de Antônio Teles, Paulo Teles, que entoará canções com sua voz tão forte quanto a própria família Teles. Todas as músicas serão executadas pelo Grupo Brasileiríssimo, formado por Helder Batata no pandeiro, Fernando Freitas no Bandolim, Felipe Freitas no Clarinete, Barata do Cavaquinho no cavaquinho e Manoel Neto no violão de sete cordas.
 
Antônio Teles – A noite de homenagens e celebração, vem rememorar a importante trajetória e contribuição de Antônio Teles para a música popular local. Antônio Teles deixou sua marca em todos os bairros e estratos sociais de Aracaju, sendo um artista singular e um símbolo de uma era da boemia sergipana. Com uma voz inesquecível, interpretações cativantes e notável talento como multi-instrumentista, Antônio Teles cativou o público sergipano.
Filho de maestro, Antônio Teles nasceu em 1935 e cresceu entre irmãos cantores e instrumentistas. Adolescente, já em Aracaju, Antônio teve sucesso com a chegada do rádio em Sergipe, ganhando posição de destaque em programas radiofônicos pela beleza da sua voz. 
Em 1985, já na TV Aperipê, Antônio comandou o programa TeleSaudade com interpretações de canções memoráveis. Em 1986, Antônio Teles deixava família e amigos com saudades, partindo jovem, aos 51 anos, mas permanecendo vivo na memória de várias gerações. O álbum e o projeto chegam para eternizar a voz e a história desse talentoso sergipano.
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