O CERCO SE FECHA, O NÓ APERTA E A CORRELAÇÃO DE FORÇAS DECIDE

* Rômulo Rodrigues

Parece contraditório, mas não é. É como nos ensina a física ótica; depende do ponto de vista de onde está o observador.
E o observador sensato, consciente e democrático, pode até começar de um ponto qualquer, mais distanciado, pela interpretação da “Hermenêutica Bíblica” já que estamos às vésperas da Semana Santa.
Não é justo calar ou adotar a passividade quando se sente o avanço progressivo da Teologia da Dominação contaminando as mentes vazias das massas na fixação de um pensamento único para a destruição moral e política de um Homem, eleito inimigo nº1.
Desde quando a extrema direita intensifica seus ataques, repetindo táticas e práticas que vêm desde 2013, com a chegada da embaixadora dos EUA, Eliana Ayalde, que fez aliança com a iniciante organização criminosa de Curitiba, que viria ser a quadrilha da lava jato, que a Teologia da Dominação vem sendo aplicada, com objetivo, método e disciplina.
O foco nunca foi combater a corrupção; era e ainda é, impedir o protagonismo crescente do Brasil no mundo e já tentava impedir a vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves no 2º turno da eleição de 2014.
Os resultados da chegada da embaixadora que tinha articulado 2 golpes de estado, um na América do Sul e outro na América Central, foi de legitimar uma guerra híbrida no Brasil a partir de um decálogo aprovado pelo Departamento de Estado Americano.
O primeiro passo foi intensificar a campanha de combate à corrupção para cooptar a classe média. Os passos seguintes foram consolidar a aliança com o partido midiático para ganhar a classe média conservadora e dar credibilidade à força tarefa à disposição, a lava jato, para dar ar de legalidade a todos os crimes que viessem a ser cometidos para destruir o pré-sal, fatiar a Petrobras, acabar com a indústria nacional, semear o antipetismo impedir a reeleição de Dilma Rousseff e ou, derrubá-la da presidência, prender Lula e colocar o PT na ilegalidade.
A Parte mais acintosa do roteiro elaborado em 2013 foi concluída em 31 de agosto de 2016, com a correlação de forças a favor, sem disparo de um único tiro, num grande acordo, com o supremo, com tudo e consolidado c em outubro de 2018 com a eleição de umsupra sumo da mediocridade intelectual em forma de gente, com a eleição de Jair Bolsonaro.
O estrago foi enorme e está sendo recuperado gradualmente com o retorno do Presidente Lula ao comando da nação em 1º de janeiro de 2023, dando cabo do estrago planejado pela embaixadora e executados pela lava jato que provocou o desemprego de 4,44 milhões de pessoas e que será superado, ainda neste governo.
A quebra da indústria pesada já está em recuperação com o novo PAC do fortalecimento da indústria e os investimentos de R$ 63 bilhões, só com montadoras.
A organização criminosa lava jato, que está sendo, ainda, exaltada, pelo baronato midiático, ainda cumpre seu papel de subalternidade como fez para desmantelar o pré-sal, impedindo que os dividendos gerados pelo lucro fossem aplicados na educação e na saúde, porque continuam defendendo que sejam distribuídos com acionistas americanos, seguindo o mesmo padrão de mentiras usadas contra o governo de João Goulart.
O eixo ideológico é o mesmo; o Brasil não poderá se desenvolver e alcançar soberania política e econômica e o maior crime dos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores é ter trazido o País para o protagonismo da agenda mundial e ter alcançado a 6ª posição na economia mundial.
Eles sabem que a corrupção se instalou com toda força com um militar do exército com pouca capacidade cognitiva que botaram no comando do governo do País para que muitos deles voltassem a se locupletar, como está sendo denunciado por membros da própria cúpula militar.
Sabendo que todos toleraram e incentivaram os motins em frente aos quartéis como tática de uma estratégia de assalto ao poder e os que podiam fazer e não fizeram, estão tirando os corpos fora e prestes a serem aclamados como Heróis.
Que fique claro que não tem heróis. Tem heroína, a primeira dama Janja que pelo seu vasto conhecimento da ciência, da filosofia, da antropologia e vivência na militância política, quando sugeriram ao presidente decretar a GLO foi incisiva; GLO não! GLO é o que eles querem para legitimarem o golpe.

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político