O coração de Tia Ruth
Publicado em 26 de julho de 2012
Por Jornal Do Dia
Em 1982, um impulso de bondade levou Maria Ruth Wynne Cardoso a realizar visitas diárias aos pacientes internados na Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia, localizada próximo à sua residência.
Sensibilizada pelo sofrimento dos enfermos da ala de oncologia e pela carência de recursos pessoais e hospitalares, ela começou a atuar naquele setor levando lanches, agasalhos e palavras de conforto. Após algum tempo, abriu as portas da própria casa, funcionando informalmente como primeira Casa de Apoio. Tudo isso com a ajuda de alguns amigos que se uniram à causa. Há 25 anos, nascia a Avosos.
Ao longo do tempo, mais pessoas se juntaram à luta de Tia Ruth e, aos poucos, constituiu-se um grupo que passou a ter reconhecimento junto à comunidade, recebendo doações de mantimentos e roupas. Diante desse trabalho, o grupo formado por 17 pessoas sentiu a necessidade de se oficializar.
Desde a sua fundação, o voluntariado é peça fundamental para o trabalho desenvolvido na entidade. Com o crescimento da instituição, o funcionário também se tornou imprescindível para a realização das ações desenvolvidas na instituição. Hoje, além de um número estimado de 120 voluntários, a instituição conta com profissionais das mais diversas áreas, dedicados a uma assistência global e de qualidade.
Abundantes, os números atestam a importância da instituição. Em 2011, a Avosos atendeu 398 pacientes, realizou 11.601 hospedagens e 8.922 atendimentos na assistência social, forneceu 10.042 passagens intermunicipais, 2.243 passagens interestaduais e 14.145 vales-transporte, além de ter disponibilizado 14 cadeiras de rodas e muletas, 63 óculos e 669 encaminhamentos para redes externas e 4.613 medicamentos.
Atualmente, o Complexo Avosos atende mais de 400 crianças e adolescentes e seus acompanhantes. As atividades da Casa são elaboradas visando a desenvoltura sócio-psico-pedagógica dos assistidos e de seus familiares e se tornou uma peça fundamental na assistência oncológica. Não dá nem pra imaginar a cidade sem o coração de Tia Ruth.