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O custo da energia velha
Publicado em 30 de novembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
O período chuvoso mais intenso encheu as barragens das usinas hidrelétricas, barateando o custo global da geração de energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acendeu a luz verde. O período chuvoso mais intenso encheu as barragens das usinas hidrelétricas, barateando o custo global da geração de energia em território nacional.
Melhor assim. O modelo de bandeiras tarifárias foi pensado em clara alusão aos semáforos de trânsito. Para o consumidor brasileiro, importunado pelas luzes de advertência que sinalizam a cobrança de taxas extras, a recomendação para pisar no freio é tão inoportuna quanto qualquer pedágio.
O sistema de bandeiras tarifárias entrou em vigor em 2015, quando as distribuidoras do sistema elétrico passaram a cobrar um valor adicional nas contas de luz pelo uso da energia gerada em termelétricas, em função das condições meteorológicas. Não agradou ao consumidor. Considerada a dependência em relação a produtos eletrônicos, além do consumismo crescente, estimulado pelo próprio Governo Federal durante anos a fio, tudo levava a crer, como de fato ocorreu, que o vermelho seria a cor do ano.
Por ora, não será preciso apelar para a energia mais cara das usinas termelétricas. Mas o contexto favorável não pode nublar a verdade. O Brasil ainda está em vias de explorar todo o seu potencial energético, com a devida ênfase em fontes renováveis. Até lá, a dependência da energia gerada em usinas hidrelétricas e termelétricas, a um custo altíssimo, há de cobrar muito caro pela letargia do poder público.