Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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O desabafo de Jackson


Publicado em 07 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


Nas várias entrevistas que concedeu ontem à imprensa, um dia após as eleições em que foi reeleito governador do Estado com 53,52% dos votos válidos, Jackson Barreto (PMDB) colocou para fora todas as suas mágoas na campanha eleitoral.

A maior delas foi com o comportamento das televisões (TV Sergipe e TV Atalaia), cujos proprietários são os Franco, que tiveram filhos candidatos majoritários nas eleições deste ano. A TV Sergipe teve Ricardo Franco, filho do ex-governador Albano Franco, candidato a primeiro suplente da senadora Maria do Carmo Alves (DEM). Já a TV Atalaia teve como candidato a vice-governador de Eduardo Amorim (PSC) o filho de Walter Franco, o Augusto Franco Neto.

Segundo Jackson, as televisões tentaram lhe prejudicar, esconderam pesquisas. "O pais precisa exercer o direito da concessão pública, para que não façam dos números a defesa dos seus interesses pessoais. A democracia está destruída pelos donos de comunicação", afirmou, lamentando que ele, que foi para as ruas lutar pela democracia no período da ditadura militar, tendo sido até preso, tenha que conviver com isso hoje.
Denunciou que o candidato a senador Rogério Carvalho (PT) foi "injustiçado" pelas pesquisas. "As pesquisas foram manipuladas, principalmente pelas redes de televisão que mentiram para enganar o povo.

Manipularam do começo ao fim para o Senado", alfinetou, enfatizando que o resultado foi Maria do Carmo ganhando para Rogério por apenas 3%.
Jackson voltou a criticar Edivan Amorim. "O irmão do candidato [Eduardo Amorim] se achava o rei da cocada preta. Se achava o maior líder, o mais estratégico. Respeite o povo. Ele enganou a todos. Todos têm que ser enganados por esse malandro que quer mexer em tudo. Tudo ele sabe. Vá ajustar suas contas com a Justiça", disparou.

JB também não poupou críticas ao seu desafeto político, o deputado federal André Moura (PSC). Chegou a dizer que ele não assumirá novo mandato em Brasília, porque não terá sua candidatura deferida pelo TSE e STF por já ter se criado Jurisprudência sobre o Ficha Limpa.
O governador reeleito mirou ainda em ex-aliados que lhe traíram nessas eleições. Em Macambira, criticou o prefeito Ricardo Sousa (PSD) e o ex-prefeito Carivaldo Souza, a quem o chamou de "ditador" por ter ficado com Eduardo Amorim. Disse que em 2016 vai apoiar para prefeito no município o Luciano do PT, que votou com ele para deputado federal e agora para governador.
Em Muribeca, Jackson chamou de traidor o prefeito Fernandinho Franco.  "Esse rapaz está muito mal. Ele está sendo orientado por Zé Franco e André Moura, por isso não vai para nenhum lugar. Se depender de mim esse rapaz não se elege mais em Muribeca", alfinetou.

JB também externou sua mágoa com os vereadores de Nossa Senhora do Socorro: Maria da Taiçoca, Paulo do São Braz, Paulo da Piabeta, Aldon da Taboca e Jó do Sobrado. Disse que todos votavam com ele, mas mudaram de lado após receberem "docinho de Edivan Amorim". Contou que foi em cada povoado desses vereadores em Socorro dizer ao povo que fossem pegar o "docinho dado por Amorim".
Ele também não poupou criticas ao ex-prefeito de São Cristovão, Armando Batalha, enfatizando que acabou sendo a melhor coisa não ter tido mais o seu apoio no município, pois acabou ganhando com mais de 5 mil votos. E ao empresário Augusto Franco Neto, dizendo que "foi na usura achando que seria eleito", e a Albano Franco (PSDB), que trabalhou para que a família se aliasse aos Amorim.
Quem bem conhece Jackson Barreto sabe que ele jamais vai esquecer os nomes dessa lista, mesmo dizendo que sai da eleição sem guardar ódio …

Fim da carreira 1
O governador reeleito Jackson Barreto (PMDB) afirmou ontem que concluirá os quatro anos do seu governo e não será candidato ao Senado em 2018. "Já vou avisando que ninguém me peça para ser candidato ao Senado, mesmo havendo duas vagas, porque não serei. Vou encerrar minha vida pública como governador e deixar espaço para as novas lideranças", garante.
Fim da carreira 2
Segundo Jackson, ele vai se dedicar aos quatro anos de governo. "Quero governar com todas as forças que me levaram ao governo, de forma livre, levando em consideração o povo e aliados. Nunca fui desleal nem enganei ninguém. Não quero governar com uma espada na cabeça. Deus me deu o que queria. Terminar minha vida pública como governador eleito, o primeiro eleito pelo PMDB, como o mais votado e ganhando em Aracaju, que sempre foi a minha paixão".

Projeto
Sobre o novo governo, a partir de 1º de janeiro de 2015, JB disse que pretende trazer dois técnicos de fora para ajudar nesses dois meses no planejamento administrativo. Reafirmou que deseja extinguir oito secretarias; formar sua equipe com reformulação do secretariado que se enquadre dentro do projeto do novo governador, sem abandonar os partidos aliados; vai cuidar primeiro da saúde pelo recado que recebeu nas ruas; e tocar as obras iniciadas.

Obstáculos
Reconheceu que vai enfrentar muitas dificuldades porque os recursos do Estado mal dão para pagar a folha de pessoal, teve uma queda na receita de R$ 15 milhões em setembro. Sobre as Fundações de Saúde disse que não é "imexível" no governo, que vai rever contratos e que é preciso respeitar quem fez concurso.

Poder Legislativo
JB disse que estava satisfeito por ter feito a maioria na Assembleia Legislativa: 13 deputados estaduais. E que está confiante que poderá ter uma bancada de 15 a 16 deputados a partir do próximo ano, por acreditar que não terá problema algum em trazer alguns deputados eleitos na oposição para apoiar os projetos do governo. Um desses nomes é Goretti Reis (DEM), que foi reeleita na coligação de Eduardo Amorim, mas, junto com sua família, apoiou a reeleição do governador.

Expectativa 1
Declarou ainda que acredita que o ex-prefeito Manoel Sukita (PSB), que concorreu a eleição sub judice, assuma a vaga na Assembleia Legislativa. "A situação de Sukita é diferente. Ele não foi condenado em nenhuma instância. De sorte que eu tenho certeza que assumirá, possibilitando aumento da nossa bancada e a redução da bancada de oposição", afirmou, enfatizando que ainda esta semana acredita que o TSE julgará o recurso de Sukita.

Expectativa 2
Disse o governador eleito que espera governar com mais tranquilidade a partir de 2015, com a nova bancada, sem as "humilhações" sofridas por  Marcelo Déda e as lágrimas que derramou. Enfatizou que deseja a harmonia entre os dois Poderes.

 Royalties
Jackson afirmou que vai discutir com a Assembleia um projeto de antecipação dos royalties para a previdência social. "São 70 milhões por mês que o Estado tem que tirar mensalmente dos cofres públicos para o Ipes da Previdência. Esse dinheiro inviabiliza qualquer administração. Com o projeto esses R$ 70 milhões podem ser investidos na saúde e segurança pública", defende.

 Mendonça
Afirmou que nessa campanha o deputado federal reeleito Mendonça Prado (DEM) foi muito importante na consciência coletiva do povo sobre os irmãos Amorim. "Foi muito corajoso, sofreu represálias, foi perseguido no uso do horário eleitoral. Estou feliz com a sua reeleição. Não podia ficar de fora, pois teve a coragem de mostrar a Sergipe inteiro o que são os Amorim".  
Maior bancada
O PMDB e o PSD foram os partidos que mais saíram fortalecidos nas eleições deste ano em Sergipe. O PMDB elegeu o governador, quatro deputados estaduais (Zezinho Guimarães, Luiz Garibalde, Luciano Bispo e Robson Viana) e um deputado federal (Fábio Reis). Já o PSD elegeu três deputados estaduais (Luiz Mitidieri, Gustinho Ribeiro e Jeferson Andrade) e um federal Fábio Mitidieri.

 Satisfação
Quem está satisfeito com a reeleição de Jackson e os parlamentares eleitos do PSD é o ex-deputado estadual e secretário geral da legenda, Jorge Araujo. Lembra que durante a formação do partido em Sergipe, o saudoso governador Marcelo Déda prometeu ao presidente nacional Gilberto Kassab que o partido elegeria um deputado federal em Sergipe. "Esta missão foi cumprida com o excelente trabalho de Fábio Mitidieri eleito com mais de 83 mil votos".
 
Compromisso
Jorge também destacou o compromisso do partido com a eleição de Jackson Barreto, relatando que era prioridade de Marcelo Déda. "O PSD foi implantado em Sergipe com posição definida de apoio a presidente Dilma e a eleição de Jackson Barreto", frisou.

 No parlamento
Com a vitória nas urnas dos vereadores Robson Viana (PMDB/Estadual) e Pastor Jony (PRP/Federal) assumem a Câmara Municipal de Aracaju, a partir de janeiro, os suplentes Bigode e Bertulino Menezes.

Veja essa…
De um aliado de Jackson Barreto: "Eduardo Amorim arrotou os últimos quatro anos dizendo que teve mais voto para senador que o então governador Marcelo Déda. Ironicamente Rogério Carvalho obteve para o Senado mais votos que ele. Rogério, que não foi vitorioso, teve 416.988 votos, enquanto Amorim obteve 415.641 votos".

Curtas
Ao discursar na festa da vitória de Jackson Barreto, no domingo à noite, na Barão de Maruim, Rogério Carvalho adotou uma postura de quem quer assumir a liderança da condução no PT em Sergipe.

 Em seu discurso, Rogério falou da sua votação expressiva para o Senado, onde conquistou 45,52%, Disse que chegou junto e ficou claro que os institutos de pesquisa erram feio, prejudicando a ele e a população.

 Jackson Barreto viajou ontem a Brasília para um encontro hoje com a presidente Dilma Rousseff, para discutir o segundo turno das eleições presidenciais.
 De Brasília seguirá para Fortaleza para tratar com o Banco do Nordeste sobre o patrocínio para a obra de reforma da Catedral Metropolitana.

 Após o resultado das urnas, no domingo à noite, Jackson Barreto antes de ir para a festa da vitória na Barão de Maruim foi até o Comitê Eleitoral de Mendonça Prado cumprimentá-lo pela reeleição.

O governador estava tão confiante na vitória no primeiro turno que na quarta-feira passada, último dia do programa eleitoral gratuito no rádio e televisão, dispensou toda a equipe de marketing da campanha e efetuou o pagamento.

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