Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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O discurso do PT é soberbo e arrogante


Publicado em 01 de novembro de 2020
Por Jornal Do Dia


Pintura de Hortência Barreto

Líder nas pesquisas, o prefeito Edvaldo 
Nogueira (PDT), candidato à reeleição, se 
transformou em alvo principal de todos os adversários, inclusive do PT, que agora resolveu deixar de lado os candidatos conservadores e bolsonaristas e concentrar críticas na gestão do antigo aliado. A coordenação de campanha entende que Márcio Macêdo só tem chances de passar para o segundo turno se crescer entre os eleitores de Edvaldo.
O PT acha que Edvaldo não tem voto e que só está no comando da Prefeitura de Aracaju com os votos do partido. Em 2016, Eliane Aquino, a viúva de Marcelo Déda, foi a candidata a vice-prefeita e durante os dois anos que ficou no cargo – renunciou em 31 de dezembro de 2018 para assumir a vice-governadoria do estado – comandou toda a área social da administração municipal. Da mesma forma que Márcio Macêdo chefiava a Funcaju até o rompimento do partido em janeiro deste ano.
O PT usa as boas administrações de Marcelo Déda na capital, de 2001 a 2006, e o apoio do ex-presidente Lula como exemplos durante a campanha eleitoral, e diz que o que foi feito nas gestões de Edvaldo foi estabelecido pelo partido. Faz bem em explorar a imagem de seus líderes, mas erra feio ao atacar de forma desonesta, inclusive com palavras chulas, quem esteve ao seu lado a até bem pouco tempo.
Critica também a ampla coligação firmada pelo prefeito seguindo o modelo adotado pelo mesmo Déda na campanha pela reeleição ao governo do estado em 2010, ou mesmo o próprio Lula que administrou com o Centrão, hoje nos braços de Bolsonaro. Em 2010, o então governador Marcelo Déda montou uma aliança bem parecida com a que Edvaldo mantém em sua administração, inclusive com a participação dos irmãos Amorim e o então deputado André Moura. Reeleito, Déda entregou a presidência da Assembleia para os Amorim e abriu espaços para todos os aliados na composição do governo, se não em cargos destacados, mas como adjuntos e algumas diretorias de órgãos públicos. Hoje, os Amorim estão no palanque da Delegada Danielle.
Em 2012, ainda em boas condições de saúde, Déda viu o seu candidato perder a disputa para prefeito de Aracaju, em primeiro turno, para o mesmo João Alves Filho que ele derrotou na sua primeira eleição para o governo em 2006 e também em 2010. Após a morte de Déda, no final de 2013, o partido se manteve ao lado dos partidos que hoje apoiam Edvaldo, acompanharam Jackson Barreto em 2014 e Belivaldo Chagas em 2018.
Para quem se considera dono do eleitorado de Aracaju, o PT deveria lembrar do resultado do pleito passado: no primeiro turno da eleição presidencial de 2018, Haddad obteve 85.316 votos (28,42%) em Aracaju; Bolsonaro alcançou 119.781 votos (39,90%). No segundo turno, quando todos os partidos de oposição passaram a apoiar a candidatura de Haddad, ele venceu na capital: 155.892 votos (52,76%) contra 139.603 votos (47,24%) de Bolsonaro.
Uma coisa é certa: o Brasil está passando por mudanças surpreendentes e Aracaju não está de fora desse contexto. Da mesma forma que há eleitores perplexos com o desmonte da estrutura social do trabalhador brasileiro através de projetos do presidente Bolsonaro, outros aprovam não apenas esses, mas outros retrocessos, inclusive na legislação trabalhista, previdência social e meio ambiente.
A estratégia de centralizar as críticas em Edvaldo e deixar de lado candidaturas como as de Danielle Garcia (Cidadania) e Rodrigo Valadares (PTB) mostra que o PT sergipano perdeu o rumo. Na situação atual, esse discurso de soberba não passa de mera arrogância.

Líder nas pesquisas, o prefeito Edvaldo  Nogueira (PDT), candidato à reeleição, se  transformou em alvo principal de todos os adversários, inclusive do PT, que agora resolveu deixar de lado os candidatos conservadores e bolsonaristas e concentrar críticas na gestão do antigo aliado. A coordenação de campanha entende que Márcio Macêdo só tem chances de passar para o segundo turno se crescer entre os eleitores de Edvaldo.
O PT acha que Edvaldo não tem voto e que só está no comando da Prefeitura de Aracaju com os votos do partido. Em 2016, Eliane Aquino, a viúva de Marcelo Déda, foi a candidata a vice-prefeita e durante os dois anos que ficou no cargo – renunciou em 31 de dezembro de 2018 para assumir a vice-governadoria do estado – comandou toda a área social da administração municipal. Da mesma forma que Márcio Macêdo chefiava a Funcaju até o rompimento do partido em janeiro deste ano.
O PT usa as boas administrações de Marcelo Déda na capital, de 2001 a 2006, e o apoio do ex-presidente Lula como exemplos durante a campanha eleitoral, e diz que o que foi feito nas gestões de Edvaldo foi estabelecido pelo partido. Faz bem em explorar a imagem de seus líderes, mas erra feio ao atacar de forma desonesta, inclusive com palavras chulas, quem esteve ao seu lado a até bem pouco tempo.
Critica também a ampla coligação firmada pelo prefeito seguindo o modelo adotado pelo mesmo Déda na campanha pela reeleição ao governo do estado em 2010, ou mesmo o próprio Lula que administrou com o Centrão, hoje nos braços de Bolsonaro. Em 2010, o então governador Marcelo Déda montou uma aliança bem parecida com a que Edvaldo mantém em sua administração, inclusive com a participação dos irmãos Amorim e o então deputado André Moura. Reeleito, Déda entregou a presidência da Assembleia para os Amorim e abriu espaços para todos os aliados na composição do governo, se não em cargos destacados, mas como adjuntos e algumas diretorias de órgãos públicos. Hoje, os Amorim estão no palanque da Delegada Danielle.
Em 2012, ainda em boas condições de saúde, Déda viu o seu candidato perder a disputa para prefeito de Aracaju, em primeiro turno, para o mesmo João Alves Filho que ele derrotou na sua primeira eleição para o governo em 2006 e também em 2010. Após a morte de Déda, no final de 2013, o partido se manteve ao lado dos partidos que hoje apoiam Edvaldo, acompanharam Jackson Barreto em 2014 e Belivaldo Chagas em 2018.
Para quem se considera dono do eleitorado de Aracaju, o PT deveria lembrar do resultado do pleito passado: no primeiro turno da eleição presidencial de 2018, Haddad obteve 85.316 votos (28,42%) em Aracaju; Bolsonaro alcançou 119.781 votos (39,90%). No segundo turno, quando todos os partidos de oposição passaram a apoiar a candidatura de Haddad, ele venceu na capital: 155.892 votos (52,76%) contra 139.603 votos (47,24%) de Bolsonaro.
Uma coisa é certa: o Brasil está passando por mudanças surpreendentes e Aracaju não está de fora desse contexto. Da mesma forma que há eleitores perplexos com o desmonte da estrutura social do trabalhador brasileiro através de projetos do presidente Bolsonaro, outros aprovam não apenas esses, mas outros retrocessos, inclusive na legislação trabalhista, previdência social e meio ambiente.
A estratégia de centralizar as críticas em Edvaldo e deixar de lado candidaturas como as de Danielle Garcia (Cidadania) e Rodrigo Valadares (PTB) mostra que o PT sergipano perdeu o rumo. Na situação atual, esse discurso de soberba não passa de mera arrogância.

Protocolo a [não] ser cumprido

O que se temia está ocorrendo nesta campanha eleitoral. Os candidatos não estão cumprindo os protocolos sanitários estabelecidos pela Justiça Eleitoral para evitar o aumento da covid-19. Em Sergipe, o TRE baixou a Portaria Conjunta 20/2020, no início do processo eleitoral, determinando que juízes eleitorais e membros apliquem as regras do Protocolo Sanitário de Regulação para as Atividades Eleitorais, produzido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O Protocolo Sanitário regula atividades político-eleitorais, em ambientes públicos e privados, por candidatos, partidos e coligações, referentes às eleições municipais de 2020, que implicam em atos presenciais e possuem risco sanitário.

A situação é calamitosa, mas a justiça vem fechando os olhos, com raras exceções. O juiz da 14ª Zona Eleitoral, Roberto Flávio Conrado de Almeida, acatou o pedido de tutela antecipada do Ministério Público Eleitoral que proíbe eventos de aglomeração em cinco municípios sergipanos. De acordo com a decisão, os municípios de Maruim, Rosário do Catete, General Maynard, Carmópolis e Divina Pastora estão proibidos de realizar comícios, carreatas, passeatas e caminhadas, bem como qualquer evento que concentre mais de 30 pessoas. A multa por cada ato de descumprimento é de R$ 50 mil. O pedido foi feito pela promotora Joelma Santana.

É bom que depois da campanha eleitoral não seja necessário adotar novos procedimentos para o fechamento da economia. Isso poderia provocar uma revolta generalizada.

Pesquisas e redes sociais

Ao longo dos anos os institutos de pesquisas têm cometido erros crassos nas eleições no estado de Sergipe. A começar pela eleição de 1994, quando o Ibope apontava uma vitória acachapante de Albano Franco contra Jackson Barreto, e ele amargou uma derrota por 12mil votos no primeiro turno.

Hoje, com as redes sociais, o trabalho de levantamento de dados pelos institutos fica muito mais difícil, porque não é possível acompanhar qual o candidato utiliza melhor essas ferramentas. Em 2018, por exemplo, os institutos acertaram no resultado da disputa para o governo do estado, mas não perceberam a arrancada do senador Alessandro Vieira, campeão de votos, que centralizou a sua campanha nas redes sociais. Nem o crescimento de Rogério Carvalho (PT), o outro eleito. Pelas pesquisas, Jackson Barreto, Valadares e André Moura é que disputariam as duas vagas.

Já foram feitos até ensaios sobre a personalidade do eleitor sergipano, sempre levando em conta a possibilidade de que ele mentiria aos entrevistadores. Ou será que os institutos é que teriam compromissos com os seus contratantes?

Clima de guerra em Canindé

Depois que o jornalista Luiz Eduardo Costa e a Rádio Xingó declararam apoio à candidatura de Kaká Andrade (PSD) a prefeitura de Canindé do São Francisco, a emissora passou a ser alvo de ataques, ainda não se sabe de quem, a pedradas. Elementos se esconderam num matagal e atiraram pedras contra a sede da emissora, atingindo veículos e quebrando vidraças.

Luiz Eduardo é um dos principais responsáveis pela pacificação política em Canindé, a partir de 2.000, após o assassinato do radialista Zezinho Cazuza, quando liderou um movimento para afastar o então prefeito Genivaldo Galindo, acusado de envolvimento no crime, culminando com uma intervenção estadual. O município virou alvo de forasteiros em função do aumento de arrecadação provocado pela usina hidrelétrica de Xingó, mas só apresentou crescimento a partir da eleição de Orlandinho Andrade, morto em 2017 no início do seu terceiro mandato.

Ao declarar apoio a Kaká Andrade, irmão de Orlandinho, Luiz Eduardo não fechou os microfones da Xingó para os outros candidatos e todos têm tratamento equânime. A reação violenta remete aos tempos de Galindo, pré-intervenção, e requer uma ação imediata das forças de segurança.

Moderninho

 "O Futuro é Agora", slogan de campanha da Delegada Danielle (Cidadania), nos remete ao início dos anos 1980. A frase era a marca do governo Augusto Franco (1979-1982), cuja comunicação era chefiada pelo jornalista Theotônio Neto, hoje no Tribunal de Contas.

Edvaldo está focado na economia e na geração de emprego

O prefeito Edvaldo Nogueira, candidato à reeleição pelo PDT, está muito focado nos planos de retomada da economia de Aracaju. Na extensa agenda que cumpriu na última semana (três entrevistas de rádio – Cultura AM, Fan FM e Xodó FM – e dois encontros com o setor empresarial – na CDL e no evento do Fórum Empresarial com Acese), ele defendeu que a capital sergipana precisa encontrar sua vocação econômica. Edvaldo também tem apresentado, com entusiasmo, como pretende revitalizar o Centro e sobre seu projeto de economia sustentável para a Zona de Expansão.

Ao tratar dos impactos provocados pela pandemia da covid-19 na área econômica, o prefeito destacou o plano de estímulo e retomada da economia lançado no início deste mês, um pacote de investimentos que contempla o fomento ao setor turístico, obras de infraestrutura e refinanciamento de débitos tributários. "Com os investimentos que estamos fazendo na economia, vamos gerar cerca de 19 mil empregos diretos e indiretos. Nós não estamos propondo ideias inexequíveis. O que propomos já está em prática e é uma realidade. Nosso plano de retomada da economia é um dos mais robustos do país", enfatizou Edvaldo.

Para a Zona de Expansão, Edvaldo tem dito que pretende investir na região cerca de R$ 1 bilhão (recursos que ele já afirmou que é possível conquistar através de financiamentos). Com esta verba, o prefeito pretende dotar a região de toda a infraestrutura necessária (drenagem, terraplanagem e pavimentação) e estimular iniciativas de economia sustentável, que englobem a instalação de empresas, foco no turismo ecológico, entre outras ações.

É com todo este conjunto de projetos que Edvaldo tem feito o alerta de que "Aracaju não pode ser entregue na mão de qualquer um". "É preciso que as pessoas que estejam à frente da Prefeitura, tenham capacidade, conheçam a Prefeitura, saibam o que tem que fazer, tenham boas ideias, mas também capacidade de colocá-las em prática", afirmou.

Com agências

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